LEGISLAÇÃO CACHAÇA

HISTÓRIA DA CACHAÇA.

Os primeiros colonizadores que vieram para o Brasil apreciavam a Bagaceira portuguesa e o vinho. Assim como a alimentação, toda a bebida era trazida da Corte. Em 1532 na capitania de São Vicente surgiu o vinho de cana-de-açúcar que ficava ao relento em cochos de madeira para os animais, vinda dos tachos de rapadura. Os Senhores do Engenho passam a servir o tal caldo, denominado Cagaça, para os escravos. Pouco tempo depois iniciou-se o processo de destilação do produto passando a denominar-se cachaça.

Dos meados do século XVI até metade do século XVII a Cachaça torna-se moeda corrente para compra de escravos na África. Alguns engenhos passam a dividir a atenção entre o açúcar e a Cachaça. Incomodada com a queda do comércio da Bagaceira e do vinho portugueses na colônia a Corte proíbe várias vezes a produção, comercialização e até o consumo da Cachaça. Como a proibição não deu certo, a metrópole portuguesa resolve taxar o destilado.

Com o passar dos tempos melhoram-se as técnicas de produção, porém no século XVIII instala-se, com a economia cafeeira, a abolição da escravatura e o início da república, um grande e largo preconceito a tudo que fosse relativo ao Brasil, sendo assim a cachaça foi deixada de lado. Século

Sendo a bebida mais consumida no Brasil, in natura ou misturada com outras frutas, é muito apreciada no exterior, estima-se que o Brasil veio a produzir em 2001 cerca de 1,3 bilhões de litros de cachaça, é a maioria desse produto veio dos estados de São Paulo, Paraíba, Minas Gerais, Ceara. Nesse mesmo período exportou-se cerca de 11milhões de litros de cachaça, principalmente para a Alemanha Estados Unidos, França, Portugal. Um setor que é responsável por 600 mil empregos diretos e indiretos, no Brasil (INSTITUTO BRASILEIRO DA CACHAÇA, 2013).

Existem vários tipos de cachaça, o que difere entre eles é o modo de como são processados, sendo classificadas como amarelada, que indica que a cachaça foi armazenada ou envelhecida em madeira e apresentou alteração substancial na sua coloração. Nesse caso o produtor poderá adicionar à marca a expressão ouro. Branca A cachaça pode ou não passar por madeira. É importante destacar que a cachaça não pode ter nenhuma alteração de cor. Nesse caso, o produtor poderá adicionar a marca as expressão Clássica, Tradicional ou Prata (MAPA DA CACHAÇA, 2013).

Hoje, há várias marcas de alta qualidade figuram no comércio nacional e internacional e estão presentes nos melhores restaurantes e adegas residenciais pelo Brasil e pelo mundo.

LEGISLAÇÃO DA CACHAÇA.

Ate à década de 80 a cachaça, não possuía uma legislação especifica do produto. Porém a partir de 1997, o estado de Minas Gerais iniciou o processo legalização para fins de exportação, principalmente para a Europa.

Sendo assim efetuou-se um decreto que as expressões `` cachaça`` ou `` cachaça do Brasil`` como indicações geográfica . (BRASIL apud. GOMES, 2011). (decreto n*4052 de 21 de dezembro de 2001).

A cachaça tem que possuir um teor alcoólico de 38 a 54% (v/v) a 20°C, podendo ser adicionado no máximo 6g/L de açúcares. Este álcool tem que ser proveniente do destilado alcoólico simples de cana de açúcar, ou pela destilação do mosto fermentado de cana-de-açúcar. Por