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O Governo de Ernesto Geisel

Por:   •  22/5/2018  •  Pesquisas Acadêmicas  •  528 Palavras (3 Páginas)  •  186 Visualizações

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Governo de Ernesto Geisel

O Governo de Ernesto Geisel foi o quarto dentro do Regime Militar brasileiro.

Ernesto Geisel

3/8/1907, Bento Gonçalves (RS) – 12/9/1996, Rio de Janeiro (RJ)

No dia 15 de março de 1974, Médici foi substituído na Presidência pelo general Ernesto Geisel (1974-1979), que assumiu prometendo retomar o crescimento econômico e restabelecer a democracia. Mesmo lenta e controlada a abertura política começava, o que permitiu o crescimento das oposições.

Nas eleições de 1974 a oposição aglutinada no MDB, obteve ampla vitória. Ao mesmo tempo, Geisel procurava conter o avanço da oposição. Em 1976, limitou a propaganda eleitoral.

No ano seguinte, diante da recusa do MDB em aprovar a reforma da constituição proposta pelo governo, o Congresso foi fechado e o mandato do presidente foi aumentado para seis anos.

A oposição começou a pressionar o governo, junto com a sociedade civil. Com a crescente pressão o Congresso já reaberto aprovou, em 1979, a revogação do AI-5. O Congresso não podia mais ser fechado, nem ser cassados os direitos políticos dos cidadãos.

Com a redução dos empréstimos estrangeiros e o aumento do petróleo, a economia brasileira estagnou de vez e gerou uma crise. Os trabalhadores estavam descontentes com os baixos salários e com o alto custo de vida. Com as greves proibidas pelo governo, os reajustes eram determinados pelos militares. A situação ficou tão caótica que gerou uma grande greve dos operários metalúrgicos da região do ABCD paulista. Dessa vez, o governo não conseguiu conter as reclamações e reivindicações.

O governo Geisel aumentou a participação do Estado na economia. Vários projetos de infraestrutura tiveram continuidade, entre elas, a Ferrovia do Aço, em Minas Gerais, a construção da hidrelétrica de Tucuruí, no Rio Tocantins e o Projeto Carajás. Diversificou as relações diplomáticas comerciais e diplomáticas do Brasil, procurando atrair novos investimentos.

Geisel escolheu como seu sucessor o general João Batista Figueiredo, eleito de forma indireta, assumiu o cargo em 15 março de 1979, com o compromisso de aprofundar o processo de abertura política.

No entanto, a crise econômica seguia adiante, e a dívida externa atingia mais de 100 bilhões de dólares, sem falar na inflação, que chegava a 200% ao ano.

As reformas políticas continuaram sendo realizadas, mas a linha dura continuava com o terrorismo. Surgiram vários partidos, entre eles o Partido Democrático Social e o Partido dos Trabalhadores. Foi fundada a Central Única dos Trabalhadores.

A Igreja Católica atuou nessa época como oposição aos governos militares. Membros importantes da igreja, como o cardeal-arcebispo Dom Paulo Evaristo Arns e o bispo Dom Helder Câmara, denunciaram diversos desaparecimentos, torturas e prisões

Em sua política externa, o Governo de Ernesto Geisel evitou o alinhamento incondicional aos Estados Unidos. Reconheceu regimes socialistas no mundo e reatou relações diplomáticas com a China, o que fez aumentar as críticas da Linha Dura. Geisel deixou a presidência no dia 15 de março de 1979 foi presidente da Norquisa-Nordeste e do Conselho de Administração da Companhia Petroquímica do

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