O INDIVÍDUO E SEU COMPORTAMENTO NA COLETIVIDADE
Por: mateuspoli • 10/11/2017 • Trabalho acadêmico • 3.605 Palavras (15 Páginas) • 379 Visualizações
UNIRV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE
FACULDADE DE DIREITO
O INDIVÍDUO E SEU COMPORTAMENTO NA COLETIVIDADE
Orientador. Prof: CLAUDINO GOMES
Trabalho apresentado à disciplina de Direito do Trabalho II, como parte da obtenção parcial avaliativa do oitavo período, turma: “B”, do curso de Direito.
RIO VERDE – GO.
2017
INTRODUÇÃO
Desde os primórdios da civilização fica claro que o homem, ser humano tende a conviver agrupado em sociedades, de forma que para contribuir com a existência e com a vida em sociedade faz-se necessário o uso do trabalho, ou seja, cada pessoa sai de sua casa e trabalha para buscar sustentar a sua família através do trabalho serviçal. Assim começa uma cadeia onde uma pessoa trabalha para a outra, e na medida em que a comunidade vai aumentando a evolução vai ocorrendo, pessoas passam a comprar em maior quantidade, logo os produtores precisam produzir mais. Começam a surgir então as indústrias que empregam milhares de pessoas.
Assim chegamos ao tema proposto: O indivíduo e seu comportamento na coletividade são fáceis notar como uma pessoa sozinha tem reações diferentes ao momento em que é colocada em conjunto, e nos ambientes de trabalho a situação não se difere.
Ao ser contratado para realizar determinada atividade laboral, no início o trabalhador na maioria dos casos começa exercendo sua função de maneira excepcional, porém como ocorre em diversas empresas, com o passar do tempo, o empregado começa a fazer parte de um determinado grupo dentro da indústria, podendo fazer com que suas atitudes mudem, ou casos diversos, com diferentes razões podem ocorrer e fazer com que o mesmo tenha sua eficiência e produção em nível constante de queda podendo gerar até mesmo a demissão.
O presente trabalho tem como objetivo frisar alguns dos motivos pelos quais essas pessoas podem parar de produzir em alta escala, tende também a explicar como ocorrem as greves, manifestações, grupos organizados e até mesmo os chamados “rolezinhos” em horários de expediente, dessa forma haverá um entendimento de qual a relação de tais atos praticados pelo indivíduo frente ao comportamento do mesmo na coletividade, explanando ainda quais as possíveis consequências das ações realizadas.
1.0 COMPORTAMENTOS ORGANIZACIONAIS
Antes de falar em comportamento organizacional é importante falar sobre o que conhecemos como estrutura organizacional, esta que é baseada nas atitudes, crenças, valores e objetivos de cada organização.
Visto isso podemos conceituar como comportamento organizacional um conjunto de comportamentos e atitudes praticadas pelas pessoas que compõe a empresa, tanto funcionários quanto seus diretores, e o impacto que tais condutas e costumes têm sobre o andamento e desenvolvimento da organização. Dessa maneira o comportamento organizacional influencia todo o clima da corporação e pauta quais são as visões e impressões que as pessoas ligadas a ela possuem desse local de trabalho em questão. (Portal IBC, 2016)
Ou seja o comportamento organizacional será a forma como a empresa é vista, é a real impressão que passa diante da sociedade através da forma como seus funcionários agem, pois os funcionários são o corpo da empresa, assim é quando nos referimos a alguém que conhecemos por trabalhar em determinado local, mesmo que inconscientemente acabamos por relacionar certas pessoas á determinadas empresas, fazendo uma associação de atitudes entre uma e outra.
2.0 MUDANÇAS DO COMPORTAMENTO DO INDIVÍDUO
As pessoas no seu ambiente de atuação precisam tomar cuidados para preservar tanto aspectos físicos, quanto psíquicos e emocionais. A tendência do fluxo em absorver o ser humano em sua totalidade, causa muitas vezes a sobrecarga de atividades. Para evitar problemas futuros requer-se um balanceamento em diversos aspectos sociais, educacionais e culturais, entre os fatores que melhoram as condições do ambiente de trabalho estão o respeito, a solidariedade, o comprometimento e o cuidado com tudo e com todos. ( Revista ACB, 2002)
O regime imposto aos trabalhadores sacrifica o modo espontâneo do funcionamento mental, exigindo um grande esforço para que os mesmos possam adaptar-se, nesse sentido Souza (1992, p.70) estabelece que:
cada vez mais vai se consolidando o princípio segundo o qual a manutenção da saúde depende de que entre o trabalhador e o trabalho prescrito exista algum espaço de negociação, alguma possibilidade de ajustar o modo operatório ao perfil do executante. Quando a organização do trabalho se estrutura de forma rígida, ignorando a importância dos sistemas sócios técnicos e atribuindo primazia absoluta ao aspecto econômico, o resultado será um desajuste, uma incompatibilização entre trabalhador e o mundo operatório.
Com isso podemos observar que ao ingressar em um local de trabalho, o empregado veste uma máscara, transformando-se em outra pessoa, na minoria dos casos isso pode ser bom, fazendo com que a pessoa se torne uma pessoa melhor, mas na maioria dos casos como é visto o individuo ao estar sozinho tem certas atitudes que são próprias dele mesmo, essas que fazem parte de seus costumes e valores, porém quando encontra-se agrupado com diversas essas, por razões desconhecidas o mesmo acaba achando que está imune a tudo, começa a ter comportamentos que não são seus, de forma que age de acordo com o que é “ bem visto” pelo grupo que integra.
Essas pessoas ao mudarem suas identidades diante seu local de trabalho tomam atitudes diversas das que teriam normalmente, por acharem que talvez por estarem em maior quantidade possam estra protegidas, que nada poderá atingi-las, assim começam os problemas que dão causas a diversas demissões, suspensões, advertências ou até mesmo falência de certas empresas.
O sociólogo francês Émile Durkheim criou o conceito de consciência coletiva e é definido como o conjunto de características e conhecimentos comuns de uma sociedade, que faz com que os indivíduos pensem e ajam de forma minimamente semelhante. Corresponde às normas e às práticas, aos códigos culturais, como a etiqueta, a moral e as representações coletivas.
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