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OS OITO PRINCIPAIS CONCEITOS DA PSICANÁLISE

Por:   •  18/3/2017  •  Resenha  •  1.237 Palavras (5 Páginas)  •  420 Visualizações

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5. OS OITO PRINCIPAIS CONCEITOS DA PSICANÁLISE

A psicanálise acredita que nossos sentimentos e emoções são controlados por desejos do inconsciente. E para analisar os argumentos inconscientes, é preciso acessar anseios e impulsos que fornecem energia para as ações. Segundo Sigmund Freud, o inconsciente é fonte de energias, desejos reprimidos e velhas lembranças e partindo desse pressuposto a psicanálise tem diversos conceitos dos quais iremos argumentar.

  1. Inconsciente

  Freud não criou o inconsciente. Autores como Leibniz, Von Hartimann e Schoupenhauer já haviam descrito sobre a existência do inconsciente no sentido do que não é consciente; a diferença é que Freud conceitua o inconsciente como um topos. Na primeira tópica, Sigmund fala sobre o inconciente, pré consciente e consciente. Na segunda  fala sobre os conceitos de Ego, Id e super Ego.Inconsciente é o que não sabemos de nós mesmos, o que esquecemos, o que ficou para trás e mesmo assim continua existindo.

  1. Desejo

  O ser humano pode  ter um desejo consciente, como querer algo e saber se quer ou não. Mas também pode aspirar desejos que são lúgrubes, não por serem intrinsecamente negativos ou maus, e sim porque deles o individuo não sabe ou não quer saber. Esses desejos estão na base da formação dos sonhos, dos atos falhos, criações artísticas e sintomas.

  1. Formação de Compromisso

  Esse conceito reúne todas as formações em um mesmo alicerce teórico. Uma parte da psique quer uma coisa e a outra parte quer outra coisa então por isso o pesadelo é uma realização de desejo e um sintoma.

  1. Sexualidade Infantil

  Para a psicanálise, a sexualidade é pensada de maneira ampla e não se resume no ato sexual e nem muito menos tem inicio na puberdade. Desde a infância, o ser humano vivencia o prazer em seu corpo nas zonas erógenas. A libido fixa nessas zonas integra-se com os sintomas psicopatológicos da neurose, psicose e perversão.

  1. Complexo de Édipo

  O sujeito se forma a partir das identificações com outras pessoas. Esse conceito é bastante conhecido, a idéia de que o menino tem afetos pela sua mãe e rivalidade com seu pai.

  1. Estruturas da Psique

  A partir das relações com o mito grego, a personalidade de cada ser humano é formada por três possíveis resultados: neurose, psicose e perversão e conseqüentemente significa que a normalidade para a psicanálise não é uma questão de não ter uma estrutura psicopática, mas sim de ter sintomas que são menos graves.

  1. Transferência

  No processo de análise, o sujeito deitado na divã passa a associar livremente. A técnica consiste em falar tudo o que vem a mente procurando afastar qualquer resistência. Assim o paciente transfere relações anteriores de sua vida para o analista.

  1. Pulsão de Morte

  No início da psicanálise, Freud tinha a idéia de que a psique buscava o prazer mas em 1920 ele entendeu que o funcionamento último da psique vai mais além. Assim, concluiu que existe uma tendência que busca o desprazer e a repetição do desprazer.

6. AS APLICAÇÕES DA PSICANÁLISE

  Partindo do início da psicanálise ou do ponto em que ela, propriamente, ainda não existia, deparamo-nos com o momento em que começava a nascer o primeiro psicanalista: Freud.

A diferença das noções de aplicação à terapêutica e psicanálise em aplicações e intenções permitem reexaminar as condições nas quais a psicanálise pode ser praticada engloba o incurável sintoma e na formação do praticante. A psicanálise abrange diversas aplicações como aconselhamento e orientações, base para psicoterapias ,auxiliando no trabalho com grupos, instituições e instrumento para análise e compreensão.

   

7. A PSICANÁLISE PODE IR ALÉM?

Freud no decorrer da sua obra não economizou esforços para demonstrar sua teoria e seus conceitos através de sua observação pela prática clínica e de trabalhos. Em Psicoterapia da histeria, Freud já começava a questionar-se sobre o que fazer com os pacientes para os quais o método catártico

parecia não fazer nenhum efeito (FREUD, 1895[1893]/1996, p. 282). A mudança da posição de Freud começa a se consumar quando percebe, já em

Psicoterapia da Histeria (1895[1893]/1996), que se nem todos os pacientes são

acessíveis à hipnose, isso se deve ao fato de suas próprias características.

Vale ressaltar que Freud confirmou os méritos do método catártico com muitos pacientes e assim novos sintomas tomavam o lugar dos que foram suprimidos. Para ele o caminho era chegas às causas da neurose e ao insistir que seus pacientes sabiam o motivo de sua neurose ele pôde fazer a relação entre recalcamento e resistência.

 Freud apresenta o tema Psicanálise e Psiquiatria afirmando: “Não desejo suscitar convicção; desejo estimular o pensamento e derrubar preconceitos”  (FREUD, 1917b[1916]/1996, p. 289). Psicanálise é fruto de um trabalho atento e investigativo, cujas hipóteses foram exaustivamente trabalhadas. Assim, Freud melhor seria ouvido se o público, despojado de preconceitos, permitisse que atuasse o saber.

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