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Questões - Do Amor e outros Demônios

Por:   •  2/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.515 Palavras (7 Páginas)  •  396 Visualizações

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1) Como pode ser descrita a relação de Sierva Maria com seus pais?

Sierva Maria tem 12 anos de idade, e muito embora seja filha do Marquês de Casalduero e de Bernarda Cabrera sem títulos, uma plebéia, tinha uma relação nada afetuosa, e sem o mínimo de respeito entre eles. Era odiada por esta, desde a primeira e única vez que lhe deu de mamar, Bernarda a odiava por ter sido fruto de um golpe, que foi influenciado por seu pai para conquistar o marquês. Desde o seu nascimento com apenas 7 meses, Sierva Maria foi rejeitada por sua mãe e totalmente ignorada por seu pai. Sierva Maria de Todos los Ãngeles, foi então criada por escravos africanos, sob a influência e cultura destes.

2) Como se deu a influência da cultura dos escravos negros colombianos no comportamento de Sierva Maria? Cite alguma passagem do livro em que fica caracterizada essa influência.

Sierva Maria falava que de branca só tinha a pele, foi criada pelos escravos africanos, em especial por Dominga de Adviento que inclusive a amamentou, logo que foi rejeitada por sua mãe. Sierva Maria gostava da cultura, dos hábitos e comidas, se sentia à vontade com aqueles que lhe consideravam como um deles, respeitando-a, lhe ensinando sobre as coisas e lhe dando a atenção e carinho que não recebia de seus pais. Diversas passagens do livro nos deixa claro e nos faz perceber tal preferência da menina, como nas seguintes:

“... Dominga de Adviento a amamentou, batizou em Cristo e consagrou a Olokun, divindade ioruba de sexo incerto, cujo rosto se presume tão temível que só se deixa ver em sonhos, e sempre de máscara. Criada no pátio dos escravos, Sierva María aprendeu a dançar antes de falar, aprendeu três línguas africanas ao mesmo tempo, a beber sangue de galo em jejum e a esgueirar-se entre os cristãos sem ser vista nem pressentida, como um ser imaterial...”

“... Naquele mundo opressivo em que ninguém era livre, Sierva María o era: só ela e só ali. Por isso era ali que se celebrava a festa, em sua verdadeira casa e com sua verdadeira família...”

“.. Não obstante, naquela tarde procurou Sierva Maria nos pátios de serviço. Ela estava ajudando a esfolar coelhos, o rosto pintado de preto, descalça e com o turbante vermelho das escravas...”

3) Qual a relação de Sierva Maria com Martina Laborde?

Martina Laborde é uma ex-freira condenada à prisão perpétua, por ter matado a facadas duas outras freiras do convento em que vivia, nunca confessou o motivo dos crimes, e temia ter que cumprir sua pena e ficar enclausurada até o último dia de sua vida, por isso era mais conhecida por suas fugas frustradas. Martina Laborde e Sierva Maria, desde o primeiro encontro, onde Martina a visitou em sua cela, tiveram uma relação amigável e de compreensão, pois ambas eram discriminadas e excluídas por todos. Martina ensinou a Sierva Maria a arte de bordar, realizavam suas refeições juntas, conversavam, e encontraram além de meios de se distraírem um pouco daquele terrível mundo em que viviam, características que a assemelhavam, como o ar de mistério que as envolvia, o medo e o receio que despertavam nas pessoas, e ao mesmo tempo a vontade de serem tratadas ao menos com um mínimo de respeito e de afeto, o que acabaram por encontrar de certa forma, uma na outra.

4) Como pode se descrever o comportamento da mãe de Sierva Maria no decorrer do romance e como ela fez e gastou sua fortuna?

Bernarda Cabrera pouco se importava com sua filha. Era uma mulher sedutora, farrista e insaciável, era viciada em cacau e mel fermentado. Vivia atrás de coisas que suprissem talvez a sua necessidade do amor. Não gostava de seu marido e tinha um amante por quem tinha imenso desejo e loucura, tal chamava-se Judas Escariotes. Depois de perdê-lo, e já decaída como ser humano, perdeu igualmente sua beleza e vitalidade, se afundou ainda mais em seus vícios, onde conheceu coisas novas nas tabernas que frequentava, como a maconha da índia, a trementina de Chipre, o peyote do Real de Catorce, e pelo menos uma vez o ópio chinês trazido por traficantes filipinos. Devido a tantos exageros, e por gastar inteiramente sua fortuna com tais vícios e escravos escolhidos a seu gosto, estava se definhando, tendo delírios e acabaria por morrer na solidão.

5) Como se deu e qual a justificativa do comportamento da Igreja para manutenção do cárcere de Sierva Maria?

Aos 12 anos de idade, em um passeio pela cidade com uma escrava, com o intuito de comprar guizos para o seu aniversário, Sierva Maria é mordida por um cachorro que contraía a raiva. Ela sofrendo com os sintomas da doença, seu pai procura o médico Abrenúncio de Sá Pereira Cão, e depois de sua ineficaz ajuda e de algum tempo, Sierva Maria passa a ter desvarios e febres, o Marquês então apela para outros três médicos formados, seis boticários, onze barbeiros sangradores e um sem-número de curandeiros e mestres em feitiçaria que também havia na cidade q que teriam escapado do Santo Ofício naquela época de Inquisição. Ainda sem resultados, a contragosto e influenciado pelo bispo da diocese, dom Toribio, de Cáceres y Virtudes, que estava apenas preocupado com o vexame público, internou Sierva Maria no convento de Santa Clara, pois acreditava se tratar de um caso de possessão demoníaca. A partir de sua chegada no convento, coisas estranhas começam a acontecer por lá, todas atribuídas a Sierva Maria de los Angeles ou a Maria Mandinga, como assim identificou-se para as escravas

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