RESENHA DO FILME: PRIMAVERA DAS MULHERES
Por: Giullya Anne • 12/4/2018 • Resenha • 773 Palavras (4 Páginas) • 328 Visualizações
RELATÓRIO DO FILME “PRIMAVERA DAS MULHERES”
Antes do início do filme houve uma homenagem a governadora Marielle Franco executada no dia 14 de março de 2018. As mulheres na roda de debates relataram a situações vividas por mulheres no Brasil em diversos âmbitos, do Direito, o das mídias sociais e etc. O filme é um documentário onde diversas mulheres são entrevistadas e falam sobre feminismo e suas experiencias pessoais em relação a esse tema, além de serem mostrados diversos vídeos feitos por youtubers falando sobre o mesmo. Todas as mulheres mostradas no filme são de diversas classes sociais e idades diferentes.
Primeiro fala-se sobre o feminismo na internet, nas redes sociais e a ampliação de movimentos feministas a partir desses meios de comunicação, além da democratização de debates que são feitos agora com mulheres de diversos grupos sociais, locais de moradia e etnias diferentes. São citados casos que repercutiram na internet, como o da Valentina uma menina de 14 anos que foi assediada por diversos homens através de redes sociais, a #MeuPrimeiroAssédio que serviu como forma de juntar o relato de diversas mulheres sobre assédios sofridos durante suas vidas, a #MeuAmigoSecreto que foi usada como forma de mostrar as diversas formas de machismo que se vivenciam no dia a dia, além do de movimentos que traspuseram a barreira virtual e foram para as ruas como “Mulheres Contra Cunha” e “Ni Una a Menos”. O filme nos faz perceber a tomada de consciência feminista que a internet propiciou por ser um espaço aberto ao compartilhamento de histórias e experiencias que facilitam a identificação e empatia.
No momento em seguida são mostradas Jovens do Colégio Pedro II, que participaram da ocupação em 2016 falando sobre a importância dessas redes para jovens comecem a fazer parte dos movimentos, além de falarem sobre o preconceito e tabu atribuído a palavra feminismo onde o que se pedem são apenas direitos iguais para homens e mulheres.
Outro debate retratado é sobre assédio que ainda é uma forma de violência banalizada, é o elogio que constrange, é medo de olhar para o lado que aprisiona e por causa disso causa privação. A romantização do assédio ainda faça com que este seja mais difícil de combater, mas o real motivo do medo do assédio é que esse ultrapasse o limite de palavras e torne-se o físico. Por esse motivo o assédio é um dos principais causadores desse medo constante vivido pelas mulheres no dia a dia, além do estupro. O estupro é bandeira mais permanente do feminismo, porém, é impossível saber se há aumento dos estupros ou de notificações, isso só se agrava mais quando se leva em conta o aparelho estatal dominador, onde uma maioria de homens representa o estado, por isso foram criadas as delegacias especiais da mulher.
Fala-se ainda sobre a dificuldade na criação de políticas públicas, principalmente aquelas destinadas a mulheres negras as mais prejudicadas em toda cadeia social. Isso ocorre porque quem legisla são homens brancos, hétero normativos que não apoiam a causa feminista. Isso pode ser visualizado no exemplo da legislação aborto que criminalizava apenas o terceiro e retrocedeu em 1990 fazendo com que a mulher que prática aborto seja criminalizada também.
Diversas entrevistadas falam sobre a solidão das mulheres negras, são essas as que estão
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