RESENHA FILME O PREÇO DO AMANHA
Por: Bruno Nunes • 6/4/2017 • Resenha • 315 Palavras (2 Páginas) • 1.609 Visualizações
O preço do amanhã
A história acontece num futuro próximo onde a humanidade conseguiu impedir o envelhecimento. Porém a fim de se evitar o efeito da superpopulação, o Estado limitou o crescimento aos 25 anos e depois disto o tempo literalmente é dinheiro, o tempo é a nova moeda de troca. Os mais ricos vivem séculos. Os mais pobres, têm de trabalhar todo dia enfrentando uma inflação que algum dia irá acabar os matando.
Supondo que neste filme o Estado fosse regido pela nossa mesma Constituição Federal de 1988, é fácil notar algumas políticas inconstitucionais, com enfoque as que vão de desencontro com o artigo quinto da constituição.
O Estado é contra o direito à vida, sua política de controle populacional está baseada na morte dos mais pobres, mesmo a pena de morte ser inconstitucional, salvo em casos de deserdação militar.
O Estado é contra a liberdade e contra o direito de ir e vir, no filme para se mudar de cidade é necessário pagar um pedágio com preços alternados, de tal modo que quem não tem dinheiro suficiente não consegue mudar de cidade, segregando assim as classes sociais.
O Estado é contra a igualdade, uma vez que após ter começado a cronometrar o tempo de vida restante e com a inflação sempre em alta, quem não recebe diariamente tempo acima do mínimo para sobreviver irá falecer.
O Estado é conivente a insegurança, tendo em vista que é possível roubar tempo dos outros, e que isto deve ter sido previsto quando criaram o dispositivo que “cronometra” o tempo de vida restante.
O Estado não garante o direito à propriedade, pois como a moeda de troca é o tempo, basta alguém ficar sem tempo que obviamente ele irá vender seus bens e propriedade para viver.
Portanto, é clara a conclusão que este Estado é totalmente contra o artigo quinto da Constituição Federal, e assim, que praticamente todos são diferentes perante a lei.
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