Resenha Sobre o filme Édipo Rei
Por: Bianca Monteiro Antonio • 23/11/2021 • Trabalho acadêmico • 1.215 Palavras (5 Páginas) • 243 Visualizações
Resenha sobre o filme Édipo Rei - Pier-Paolo Pasolini referente a matéria de Filosofia II
A história de Édipo Rei contada no filme foi uma criação de Sófocles para uma peça grega por volta de 470 a.C. e mais para frente serviu como exemplo nas teses de Freud para estudar a psicanálise, para relacioná-los é preciso entender o que acontece na história de Édipo.
Na versão contada por Pier Paolo Pasolini o pai de Édipo com inveja da atenção que sua mulher dedicava ao filho mandou que o levassem para longe e o matassem, mesmo ele sendo apenas uma criança inocente, o capataz a quem o menino foi designado levou ele amarrado pelos pés e pelas mãos até o deserto e o deixou por lá pois não teve coragem para matar uma criança. Nessa parte da história não mostra se alguém julgou o pai por abandonar o próprio filho e também não se sabe dizer a reação da mãe que parecia até então muito apegada ao menino, ao decorrer do filme é perceptível que as razões apontadas pelo pai poderiam ser consideradas normais para a época e em contraste com os tempos atuais seria um ato considerado de tamanha crueldade.
Um senhor que passava por lá viu a cena toda e escutou o choro da criança então depois que o capataz se afastou ele desamarrou e levou o menino até o seu superior, como se fosse um presente, e então ao ver o menino e saber que haviam abandonado ele mostrou-se tremendamente feliz em adotar e criar Édipo como se fosse seu próprio filho, os anos passam e a vida de Édipo continua, os pais que o adotaram deram de tudo para ele que cresceu sem problemas ou preocupações, praticamente como um príncipe em um lar com muito amor, e mesmo assim sentia que algo estava faltando e que não pertencia aquele lugar principalmente quando tinha pesadelos que tinha durante a noite. Essa parte da narrativa é muito interessante já que mesmo sem saber Édipo sentia e tinha sonhos que lhe mostravam a verdade, e como nas teorias de Freud, o subconsciente despertava involuntariamente em lapsos e sentimentos de quando era tão pequeno que a memória normal não daria conta de guardar.
Para se livrar dos pesadelos que vinham perturbando-lhe por algum tempo Édipo decide fazer uma viagem até outra cidade e sozinho para visitar o oráculo achando que o mesmo poderia ajudá-lo, e chegando lá ele descobre sobre a profecia de que mataria o seu pai e casaria com sua mãe trazendo desgraça para os que perto dele conviviam, claramente abalado e sem saber o que fazer Édipo decide que não voltaria para casa e começa a andar de cidade em cidade conhecendo outras culturas. A figura do oráculo ou vidente era muito importante para a cultura da época e nem por um segundo as pessoas pensaram em desconfiar da veracidade deles, analisando a história toda é perceptível que talvez o desejo que cresceu em Édipo de matar o pai e se casar com a mãe só tenha surgido por causa da profecia, lógico que ele sabia desde o começo que alguma coisa estava errada com ele, mesmo assim só o seu subconsciente não seria capaz formular essa profecia sem a ajuda de um terceiro, e esse terceiro ser justamente uma figura considerada sábia e que nunca errava pode ter causado um impacto ainda maior.
Enquanto andava sem rumo pela estrada Édipo se depara com uma carroça escoltada por seguranças vindo na direção oposta e ao chegar perto dele o senhor de barba branca que se mostrava como o superior entre eles ordena por contato visual e gestos com a cabeça que Édipo saia da estrada para que ele possa passar, e por achar a forma como o senhor ordenou extremamente arrogante ele não obedece e continua até que a carroça tenha que parar, o soberano com raiva da rebeldia de Édipo ordena que seus soldados o matem, mesmo estando em maioria eles não conseguem e são todos brutalmente assassinados por Édipo assim como o soberano que querendo se mostrar em posição de poder põe sua coroa de rei antes de enfrentá-lo, só um senhor covarde que estava na carroça junto com o soberano consegue escapar e se esconder, todos os outros morrem pelas mãos de Édipo. Ele foi meticuloso e impiedoso mesmo quando poderia deixar um sobrevivente não o
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