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Resenha do filme Eron

Por:   •  23/5/2018  •  Resenha  •  1.130 Palavras (5 Páginas)  •  342 Visualizações

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O filme retrata a história de uma das maiores falhas corporativas da América, e fala também sobre uma tragédia humana que trouxe grande frustração para colaboradores, investidores e pessoas que tinham ligação com a grande empresa norte americana Enron.

A ascensão e queda da Enron é o foco de numerosos artigos, que vão desde a literatura empresarial a literatura acadêmica, e, além disso, a produção do filme que forma a base deste trabalho.

A empresa Enron foi criada em 1986 a partir de uma fusão de Houston Gás Nacional e InterNorth, a empresa gasoduto de gás natural, com Ken Lay como seu presidente. Então, em 1988 a desregulamentação dos mercados de energia elétrica entrou em vigor, e a Enron transformou-se de uma tradicional empresa de energia de gás natural focada na entrega de energia através de gasodutos de gás em uma grande empresa de energia que trouxe compradores e vendedores diversos. Ela foi transformada em uma empresa de alta tecnologia global que se diversificou em comercialização de energia, água, derivados do clima, de banda larga e eletricidade.

Logo nos primórdios, os problemas da Enron emergiram. Houve uma investigação de dois executivos da unidade de negociação de petróleo em Valhalla, Nova York, que revelou contas fraudulentas e livros falsos da Empresa. A Enron já mostrava sinais de abuso da personalidade, bem como características de ilicitude, porém, foram “mascarados” e a mesma continuou seu processo de “evolução”.

Entre 1998 a 2000, a receita bruta da Enron subiu cerca de US $ 31 bilhões para mais de US $100 bilhões. A Enron foi a sétima maior empresa dos Estados Unidos e uma das maiores empresas de energia do mundo. Mas como bem mencionado no documentário a empresa se mostrava como um castelo de cartas que poderia ruir a qualquer momento.

Na história da Enron, conforme mostra o documentário havia envolvimento de não apenas os sócios e administradores, mas de investidores ou terceiros como advogados, contadores e até bancos renomados. Difícil acreditar que uma empresa deste porte para conseguir disfarçar suas fraudes não tivesse um aparato “sofisticado” e pessoas fazendo “vista grossa” para suas ações. Alguns dizem que o legado da Enron está baseado no fato de, em 1992, Jeff Skilling, então presidente das operações comerciais da Enron, ter convencido fiscais federais a permitirem que a Enron usasse um método contábil conhecido como "mark to market". Esta técnica era usada por empresas de corretagem e importação e exportação. Com este tipo de contabilidade, o preço ou valor de um seguro é registrado em uma base diária para calcular lucros e perdas. O uso deste método permitiu a Enron contar ganhos projetados de contratos de energia a longo prazo como receita corrente. Este era dinheiro que não deveria ser recolhido por muitos anos. Acredita-se que a técnica foi usada para aumentar os números de rendimento manipulando projeções para rendimentos futuros. O uso desta manobra,bem como outras práticas questionáveis da Enron, criaram dificuldades para que o mercado visse como a Enron realmente fazia dinheiro. Os números estavam nos livros contábeis e as ações continuaram altas, mas a Enron não estava pagando impostos altos. Robert Hermann, o conselheiro geral de impostos da empresa na época, foi avisado por Skilling que o método contábil permitia que a Enron fizesse dinheiro e crescesse sem trazer muito dinheiro possível de taxação para a empresa.

A Enron comprava quaisquer novos empreendimentos que pareciam promissores. Suas aquisições estavam crescendo consideravelmente. A Enron também formava empresas para movimentar débitos para fora de seus balanços e transferir riscos para seus outros negócios. Estas novas unidades eram também estabelecidas para manter o crédito da Enron em alta, o que era muito importante em suas outras áreas de negócios. Como os executivos acreditavam que o valor das ações da Enron a longo prazo permaneceriam altos, eles procuraram várias maneiras de usar as ações da empresa para dar cobertura aos investimentos nestas outras entidades.

O caso da fraude Enron como se pode perceber é extremamente complexo. E os acordos firmados pela empresa foram tão complexos que ninguém pode realmente determinar o que era legal e o que não era.

Porém um dia o castelo

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