Resenha do filme trabalho interno

Resenha do filme Trabalho Interno

Trabalho interno se trata de um documentário no qual Charles H. Ferguson expõe a maior crise financeira do século XXI, o filme se desdobra em cinco partes, sendo elas: como chegamos aqui, a bolha, a crise, responsabilidade, e por último, onde estamos agora. Ganhador do Oscar de melhor documentário em 2011, o enredo tem como objetivo relatar como os Estados Unidos se deixou levar pelo centro financeiro do país, Wall Street, e como os investimentos de alto risco provocaram isso. Podemos dizer que a desregulamentação foi a principal causa desse conflito, pois foi dado o crédito imobiliário sem nenhuma análise específica, resultando em calotes, ou seja, o indivíduo pegava um empréstimo para comprar sua casa própria mais alto do que sua renda, e com taxas de juros bem mais pesadas do que o seu dinheiro poderia pagar.

A partir de 1993 os preços dos imóveis começaram a subir, formando assim a famosa bolha imobiliária, que só veio estourar em 2008. O governo criou duas empresas paraestatais, dois bancos especializados no mercado imobiliário, sendo assim, como esses bancos tinham privilégios, proteção e não tinham exposição no mercado, logo se algo de risco acontecesse eles teriam o socorro do governo. Eram bancos que usavam dinheiro público para comprar hipotecas, dado os empréstimos o governo percebeu que pessoas negras, com baixa renda ou com o histórico de pagamento não muito bom, não conseguiam tão facilmente um empréstimo, então o governo começou a pressionar esses bancos para que eles disponibilizassem créditos para essas pessoas. Como se tornou muito fácil pegar esses empréstimos, e com o preço dos imóveis subindo cada vez mais e os juros diminuindo, as pessoas começaram a fazer hipoteca dos seus próprios imóveis, pois sabiam que a cada ano o preço ia aumentar, sendo iludidas por esse dinheiro de mentira e aumentando cada vez mais a bolha que ia se formando. Em 2006 quando os imóveis e os juros voltaram a se estabilizar as pessoas começaram a ver os primeiros sinais da crise, e então veio os calotes.

Para evitar tais dívidas, a seguradora AIG criou seguros contra o risco de calotes e em seguida os mesmos bancos de investimentos começaram a comprar esses seguros, sendo assim os investidores estavam disputando contra os seus próprios clientes. Com empréstimos feitos e dívidas a serem pagas os bancos com o medo da falência acionaram os seguros, deixando assim a AIG em estado crítico. Os empréstimos foram se tornando cada vez mais impagáveis por conta das taxas de juros cada vez maiores o que veio a gerar dívidas em grande escala.

Por último o filme não poupa vítimas, e ataca vários governos e mostra que mesmo sendo uma das maiores causas disso, a Wall Street e muito dos investidores e responsáveis pela crise não só saíram impunes como também mais ricos.

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