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A Macroeconomia Heterodoxa

Por:   •  26/8/2022  •  Trabalho acadêmico  •  713 Palavras (3 Páginas)  •  102 Visualizações

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No artigo “ Uma tentativa de integração entre Keynes e Kalecki: investimento e dinâmica” Os autores fazem um estudo onde buscam detectar coesões entre Keynes e Kalecki, ambos foram os primeiros a atribuir modelos dinâmicos baseados no Princípio da  Demanda Efetiva (PDE) e atribuírem o investimento fundamentação central.

Conforme o artigo, a dinâmica capitalista compreende dois movimentos que são os ciclos e tendencias.  Os ciclos que é o objeto deste trabalho  tem periodicidade regular e irregular (sujeitos a flutuações, instabilidades e crises/choques).

Os modelos que adotam o PDE atribuem o investimento como papel crucial, pois é considerado a variável principal para compreender a dinâmica capitalista.

No Modelo elaborado por Kalecki (1977,1954), uma vez  defasados o efeito demanda e capacidade, estes em conjunto criam a dinâmica de investimento, e consequentemente alteram os índices de produção e emprego.

No Modelo de Keynes a eficiência Marginal do Capital (EMgK) e de taxa de juros são essenciais para decisão de investir, embora as decisões terão que ser tomadas em um ambiente de incertezas no qual não é possível atribuir probabilidade objetiva de eventos futuros, a sociedade está em constantes transformações e o ambiente é reflexo destas transformações, onde decisões errôneas podem ser tomadas e refletir no investimento, tornando-o volátil refletindo no produto e no emprego.

Kalecki  foi considerado por alguns autores pós-keynesianos ter contribuído para construir um modelo mecanicista, onde são definidos comportamentos de flutuações “bem comportadas”, mas que não ofereceu bases para sustentar flutuações regulares e não regulares. Por outro lado Keynes devido as incertezas na decisão de investir, sugeria revisões de expectativas e sendo assim tornava as projeções não confiáveis, resultando em projeções indeterminadas.

Pode-se observar que os dois autores concordam que existe uma regularidade nas flutuações produto, emprego e massa de lucro, mas que eventualmente há uma súbita quebra, causando instabilidade.

Para os autores o grau de confiança associa-se as expectativas, e contribui para explicar as súbitas e amplas flutuações.

Conforme os autores Keynes esclarece no Cap. 12 da TG, as expectativas de longo prazo estão fundamentadas em bases objetivas, onde se considera e dá mais peso ao presente, e que em momentos de normalidades os fatos presentes tem mais peso e confiança em relação ao futuro, adotando este para projeções futuras.

No modelo de Kalecki eassumindo momentos de normalidade, a decisão de investir é considerada de forma convencional para  tomada de decisões, seguindo uma dinâmica com padrão definido, e em momentos de mudanças repentinas o modelo não consegue explicar e torna-se incompleto. Uma solução para o problema seria atribuir confiança às expectativas com base na “teoria prática do futuro”, embora a confiança depositada nestas expectativas seja tão frágil e volátil, necessariamente são variáveis das quais não há controle,  e sujeitas a mudanças, e geram oscilações no investimento causando instabilidade no sistema econômico.         A análise dois autores nos faz compreender que  a dinâmica econômica capitalista é composta por duas fases:

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