A Política Macroeconômica ou Macroeconomia
Pesquisas Acadêmicas: A Política Macroeconômica ou Macroeconomia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: admin25 • 1/11/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 3.209 Palavras (13 Páginas) • 249 Visualizações
Economia
A política monetária exerce um papel de grande relevância na vida das empresas e das pessoas. Através da forma como é ela executada, a economia pode expandir ou retrair, com reflexos diretos no desempenho das empresas, na atividade produtiva e no nível de emprego. A política monetária, juntamente com as políticas fiscal, de rendas, cambial e comercial compõe a chamada Política Macroeconômica.
Entender esse conjunto e suas peculiaridades é de grande importância para compreender a relevância da Taxa SELIC, do crescimento econômico-que se traduz através das taxas do Produto Interno Bruto (PIB) - e conseqüentemente o desempenho das empresas.
A Política Macroeconômica ou Macroeconomia
“A macroeconomia estuda o desempenho global, ou seja, a economia como um todo. Produção de bens e serviços, taxas de inflação, taxas de desemprego, poupança, consumo, investimentos e governo. É a economia das cidades, nações, dos grandes sistemas econômicos. É ela que estuda e propõe soluções, por exemplo, para situações de desempregos em massa, ou grandes crises de um dado mercado.”
Vasconcelos e Garcia em seu livro Fundamentos de Economia assim a define:
“A Macroeconomia estuda a economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento de grandes agregados, tais como: renda e produto nacionais, nível geral de preços, emprego e desemprego, estoque de moeda e taxas de juros, balanço de pagamentos e taxa de câmbio.”
A Política Econômica de Dilma Rousseff
Podemos definir um regime como um conjunto de condições e políticas e sua interação, inserido num contexto social e político, com as características estruturais e instrucionais historicamente especificas, sujeitas às estratégias dos diversos grupos de interesse e dos formuladores de políticas. Portanto, utilizo o termo regime para me referir a um contexto institucional e a condições mais persistentes, e não sujeitas a mudanças de curto prazo na economia, mas estáveis para o médio prazo (de cinco a dez anos). Ou seja, condições e aspectos das políticas com efeitos mais longos do que fases de um ciclo econômico de expansão ou de contração. Desta forma, um regime não depende apenas da vontade dos formuladores de política, mas do contexto histórico e de condicionantes sociais e políticas. Neste sentido, com a crise financeira nos Estados Unidos e na Europa, que está desencadeando uma mudança paradigmática com múltiplas dimensões, muda radicalmente o contexto global de inserção da economia brasileira, com importantes desdobramentos internos e no regime de política. Da mesma forma, a ruptura demográfica a que estamos assistindo, desde 2004, que transformou radicalmente o nosso mercado de trabalho, e a ascensão da nova classe média, associada ao novo dinamismo da demanda doméstica, trouxe rupturas que estão mudando os rumos da economia e da política brasileiras.
Na análise de um regime, o foco deve ser o médio prazo, resultado seqüencial de curtos prazos e que dependem da correspondente e específica constelação histórica. O longo prazo é tão incerto que quase sempre traz generalizações inúteis. Por isso, o longo prazo da teoria econômica é uma ficção, sem conteúdo empírico, pois se trata de uma situação ideal ou pura e independente, na qual tudo se ajusta perfeitamente, em equilíbrio.
Como afirmamos acima, uma das condicionantes do regime de política macroeconômica, que é o contexto global, está mudando radicalmente devido à crise financeira de 2007-2008. O colapso do Lehman Brothers, no final de 2008, desencadeou um fenômeno com conseqüências em múltiplas direções. De início, a crise financeira, que tirou as economias americanas e européias da normalidade, passando a ser regida pela lógica da desalavancagem e do balance sheet recession, com persistente incerteza e instabilidade que deverão perdurar por mais uma década.
Uma crise financeira tão profunda como a atual, a exemplo do que aconteceu com a grande crise dos anos 1930, semeará mudanças paradigmáticas impactando a economia mundial por longo período.
Já é visível a crise política e social nos países em crise, pois se rompeu o consenso ou acordo que prevalecia previamente, e o poder hegemônico da plutocracia financeira foi corroído com a perda de legitimidade e força política. O sistema financeiro, o regime de política econômica, as instituições e a ideologia que as justificavam tornaram-se disfuncionais, exigindo constante e crescente intervenção do Estado. O paradigma liberalizante que vigorava desde 1980, entrou em crise e passou a ser questionado pelos fatos, pela necessidade de respostas pragmáticas, não convencionais, rápidas, e pela crescente insatisfação, tanto na academia como na população. A ortodoxia e o pensamento econômico dominantes estão se desfazendo, abrindo espaço para novas idéias e teorias, antes consideradas heterodoxas.
O aspecto mais interessante do ponto de vista de um país periférico como o Brasil é que a atual crise financeira poderá vir a ter um significado histórico similar ao longo período que vai da Grande Depressão do final do século XIX até a crise da década de 1930. Foi neste período que o Brasil desenvolveu o seu projeto de constituição de uma moderna sociedade urbana e industrial, com a abolição da escravatura e proclamação da República, desencadeando transformações sucessivas e fundamentais na economia brasileira.
A atual crise está centrada nos Estados Unidos e é uma crise no próprio centro do sistema global de poder e da hegemonia exercida desde os anos 1980 pela sua plutocracia financeira. A ascensão do neoliberalismo, a partir dos anos 1980, significou a retração do Está-nação na sua função reguladora e controladora e fim do domínio de doutrinas, como a de mercado eficiente, que automaticamente se auto-equilibrar e sempre está em equilíbrio. Foi também sob o domínio da doutrina de mercado livre que se acelerou a globalização. O mercado transformou-se no princípio de organização da economia capitalista, em contraposição ao Estado-nação.
Estado-nação e função reguladora
Hoje, a maioria reconhece o absurdo da idéia de mercado eficiente diante do fantástico poder destrutiva que o mercado financeiro desregulado mostrou ter. Se não fossem a massiva intervenção
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