Alternativas locais e alternativas tecnológicas para a empresa
Tese: Alternativas locais e alternativas tecnológicas para a empresa. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Barbis • 5/2/2015 • Tese • 5.436 Palavras (22 Páginas) • 357 Visualizações
1. Alternativas Locacionais e Alternativas Tecnológicas do Empreendimento
1.1. Alternativas Locacionais
No EIA do gasoduto Paulínia-Jacutinga foram feitas 3 alternativas de traçados distintas, sendo em cada uma delas analisadas suas características técnicas, econômicas, sociais e ambientais, de modo que o produto final, o gás natural, possa ser disponibilizado aos seus consumidores de forma menos impactante, oferecendo segurança para o meio ambiente e para a população, além de se apresentar economicamente viável.
Figura 1 Alternativas de traçados
Na etapa inicial do projeto, foram feitos estudos a partir de bases cartográficas e imagens de sensoriamento remoto digitais, além de avaliações de campo através de sobrevôos, que em conjunto com modelagens digitais dos terrenos de implantação permitiram simulações dos traçados locacionais. Após a determinação da melhor alternativa feita na etapa anterior, são realizados aerolevantamentos para detalhamento do terreno. Para que seja possível a realização de todos esses métodos, SIGs (Sistemas de Informação Geográfica) e softwares de visualização em 3D são ferramentas indispensáveis para a conclusão das etapas descritas.
As 3 alternativas de traçados foram baseadas nas diretrizes da norma PETROBRAS N-2624 – Implantação de Faixas de Dutos Terrestres, as quais serão especificadas mais adiante nesse resumo.
A comparação das alternativas para a escolha do traçado preferencial foi feita de acordo com os aspectos físicos, bióticos e antrópicos, como já citado. Serão detalhados os segmentos a seguir.
• Aspectos físicos
o Comprimento: 3 alternativa é a mais adequada, apresentando o menor comprimento de 91,81 km.
Tabela 1 Comprimento das Alternativas
o Geomorfologia: o relevo da alternativa 3 é o com ondulações mais suaves, com menor declividade e menor susceptibilidade de erosões, se tornando o mais adequado.
Tabela 2 Classes de declividade das Alternativas
o Conclusão: relacionado aos aspectos físicos, a alternativa 3 é a menos impactante para o ambiente.
• Aspectos bióticos
o Todas as alternativas interferem de modo semelhante nos biomas Cerrado e Mata Atlântica, não havendo preferência entre elas nesse aspecto.
o Em relação ao uso e ocupação do solo, percebe-se que as alternativas 3 e 1 possuem menores interferências em fragmentos florestais em comparação à alternativa 2. O quadro abaixo mostra também que qualquer das alternativas terá baixo impacto sobre a vegetação, sendo que os traçados interferem majoritariamente em áreas agropecuárias.
Tabela 3 Porcentagens de classes de uso do solo em relação a cada alternativa
o Foi detectada uma única unidade de conservação, a APA dos rios Piracicaba e Juqueri-Mirim. A alternativa 3 é a que menos a interceptaria e a alternativa 2 é a que mais a interceptaria.
o Em relação às ARIEs (Área de Relevante Interesse Ecológico), todas as alternativas situam-se a menos de 10km dessas unidades de conseração, porém, a alternativa 1 é a que menos intercepta esse raio.
o Relacionado às Áreas Prioritárias do Ministério do Meio Ambiente, nenhuma alternativa as intercepta.
o Conclusão: a alternativa 1 é a que menos impacta o ambiente do ponto de vista biótico.
• Aspectos antrópicos
o A alternativa 1 interfere no menor número de municípios pelos quais passa.
Tabela 4 Municípios pelos quais passam as alternativas
o A interferência das alternativas nas lavouras de café, feijão e soja, nas pastagens e plantações de cana-de-açúcar são mínimas.
o Não há interferência de nenhuma alternativa com patrimônios culturais e artísticos, não há pressão sobre infra-estrutura de educação, saúde e comunicação e as estruturas e dinâmicas municipais não serão afetadas pela presença das alternativas.
o Conclusão: a alternativa 1 é a que menos impacta o ambiente de acordo com os aspectos socioeconômicos.
Baseados nos estudos dos aspectos acima, a alternativa com menor impacto ambiental foi a Alternativa 1, escolhida por sua vez principalmente pelos quesitos socioeconômicos, a qual apresenta uma rota que desvia de aglomerados urbanos.
1.2. Alternativas Tecnológicas
O projeto do gasoduto foi planejado através da utilização de tecnologias de sistemas automatizados. Dentre os principais sistemas e instalações tecnológicos, se encontra um Sistema de Proteção Catódica, o qual previne a corrosão provocada pelo revestimento externo da tubulação. Ao longo do gasoduto serão instaladas ainda 5 válvulas de bloqueio intermediárias automáticas (SDV), as quais irão minimizar a quantidade de gás emitido à atmosfera em casos de vazamentos. Em casos de baixa pressão do duto ou alta velocidade de queda da pressão, os atuadores farão os fechamentos das válvulas. Dispersores serão instalados nas válvulas, para que seja possível realizar a despressurização de trechos em caso de necessidade.
A limpeza e inspeção interna do duto serão feitas através dos pigs, introduzidos e posteriormente impulsionados pelo próprio gás natural. Os pigs serão lançados na estação em Paulínia e recebidos na estação de Jacutinga, antes do Ponto de Entrega. As estações de lançamento e recebimento deverão ser devidamente equipadas com bacias de contenção e tubuções de drenagem para líquidos e águas pluviais com válvula de bloqueio e caixa de coleta.
O gás transportado passará por alguns processos antes de chegar ao Ponto de Entrega. Primeiramente, haverá uma filtração para a remoção de impurezas. Posteriormente o gás será aquecido para compensar as quedas de pressão do sistema, evitando assim a formação de gelo nos tubos e consequentes danos nos materiais, mantendo-o numa temperatura em torno de 20°C e num mínimo de 5°C (em casos de defeito dos aquecedores). O gás passará por um sistema de regulagem de pressão, onde a mesma é mantida dentro dos limites estabelecidos
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