Comentários The Economist

Comentários: The Economist 2009 e 2013

Em um cenário promissor, a edição de novembro de 2009 da revista britânica The

Economist destacou o crescimento da economia brasileira frente à crise econômica mundial.

Comentando do fortalecimento do sistema financeiro depois de ter sido atingido por diversas

crises no passado, a revista faz boas previsões para o crescimento econômico, utilizando a

exploração do pré-sal e a demanda por alimentos e commodities vinda da Ásia como

responsáveis principais. Apostando, até, que a economia brasileira seria a quinta no mundo

em 2014.

Porém, alertas citados na mesma edição foram alguns dos responsáveis pela não

confirmação das previsões. O aumento dos gastos públicos, a falta de investimento em

infraestrutura e educação contribuíram para que o crescimento de 7,5% do ano de 2010 fosse

derrubado nos anos que se seguiram, deixando a economia estagnada e levando a capa de

setembro de 2013, com o Cristo Redentor em queda.

A edição de 2013 afirma que o Brasil “estragou tudo”, perdendo uma oportunidade

excelente de crescimento e atribui parte da responsabilidade a gestão de Dilma Rousseff por

pontos como o baixo investimento do PIB em infraestrutura, espantando os investimentos do

setor privado. Os protestos da população durante junho de 2013 também são citados como

uma revolta da população com o alto custo de vida e a corrupção dos políticos que

representam o país.

Tal afirmação da revista britânica se mostra correta quando se analisa as projeções

realizadas há cinco anos e a situação da economia atual. Aumento de inflação, crescimento de

apenas 0,9% no ano passado, crise de infraestrutura são apenas alguns pontos que confirmam

o estado econômico. Mas, ainda é possível uma recuperação. Por mais difícil que se possa

parecer, é possível a retomada da aceleração com uma série de medidas, que devem partir da

gestão do país. Reformulação dos gastos públicos é, talvez, um dos principais pontos para que

seja retomado o caminho do crescimento. É um passo difícil, porém essencial para que seja

alterado o curso econômico brasileiro. Caso não haja nenhuma ação de mudança, novas capas

deverão ser publicadas em breve.