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Desenvol.vimento sustentavel

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Por:   •  1/11/2013  •  Relatório de pesquisa  •  6.004 Palavras (25 Páginas)  •  287 Visualizações

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Desenvol.vimento sustentavel

Resumo

Nos últimos tempos, as organizações empresariais e conseqüentemente a contabilidade, têm-se influenciada pelas incidências de novas variáveis: novas tecnologias, consideração primordial do ativo humano, na racionalização dos custos, gestão dos custos por atividades, etc., que vem contemplar e aperfeiçoar a doutrina existente. Neste sentido, a Contabilidade, vista como um sistema de informação da situação e da evolução patrimonial, econômica e financeira da empresa, deve incluir, em seus relatórios, todos os dados relacionados ao meio ambiente, facilitando o acesso a mais esta informação ao seu grande número de usuários, auxiliando-os no processo de tomada de decisão. O contador deve participar de forma ativa neste processo de planejamento, avaliação e controle das questões sociais e ambientais, registrando e divulgando as medidas adotadas e os resultados alcançados. Os contadores têm um papel fundamental nesta perspectiva, uma vez que depende desses profissionais elaborar um modelo adequado para esta entidade, incentivar às empresas a implementarem gestões ambientais que possam gerar dados apresentáveis contabilmente, nos balanços sociais, além de criar sistemas e métodos de mensuração dos elementos e de mostrar ao empresário as vantagens dessas ações.

1 - Introdução

A preocupação mundial em torno do meio ambiente caminha para um consenso em torno da adesão a um novo estilo de desenvolvimento que deve combinar eficiência econômica com justiça social e prudência ecológica. A combinação desses elementos somente será possível se houver um esforço conjunto de todos com objetivo de atingir o bem-estar geral no futuro.

Os assuntos ambientais estão crescendo em importância para a comunidade de negócios em termos de responsabilidade social, do consumidor, desenvolvimento de produtos, passivos legais e considerações contábeis. Nesse cenário, é cada vez mais árduas a tarefa do administrador no tratamento desses assuntos na Contabilidade e sua divulgação. A complexidade da atividade de certas empresas muitas vezes é fator que dificulta o tratamento a ser dado no registro e na divulgação de, principalmente, os chamados passivos ambientais. Este assunto envolve julgamento e conhecimento específico, daí a necessidade de envolver não somente a alta administração e a classe contábil, mas também engenheiros, advogados, juristas, etc.

Portanto, a participação da Contabilidade é de extrema importância, pois vai despertar o interesse para as questões ambientais, ajudando a classe empresarial a implementar, em sua gestão empresarial, a variável ambiental, não apenas para constar na legislação, mas por uma verdadeira conscientização ecológica.

Hoje, a Contabilidade mede somente os elementos que possuem preço. Conforme Gray (2003), a maioria desses elementos ambientais não carrega rótulo de preço e pode, portanto, ser ignorado. O mesmo autor diz que a primeira tarefa da contabilidade ambiental é compreender melhor este processo e os processos sociais relacionados. A segunda é buscar formas através das quais a Contabilidade possa ser ajustada dentro da atual ortodoxia, visando encorajar uma maior interação social e ambiental benigna.

Diante disto, a Contabilidade Ambiental é o processo que facilita as decisões relativas à atuação ambiental da empresa a partir da seleção de indicadores e análises de dados, da avaliação destas informações com relação aos critérios de atuação ambiental, da comunicação, e da revisão e melhora periódica de tais procedimentos.

Junto a essas variáveis, se encontra ainda o respeito ao meio ambiente, cuja incidência econômica, sócio-jurídica e cultural está fora de toda dúvida e cujo impacto deve ser reconhecido na Contabilidade.

2.– O desafio para a educação no século XXI – alfabetização ecológica - a educação para a sustentabilidade

Capra (2002) observa a integração entre o homem e o planeta, da comparação entre Oriente e Ocidente ao inevitável desenvolvimento sustentável e ecológico pelo qual milita hoje. Acredita em uma crescente importância da alfabetização ecológica neste século.

Nessa direção, o físico aponta a necessidade de uma reforma escolar que trate de desenvolver novos processos de se aprender e um novo processo de lideranças, envolvendo crianças, professores, pais e funcionários da nova escola, pois o novo ensino será uma troca cíclica e não uma relação hierárquica.

As crianças não são potes vazios à espera de serem enchidos. Como teoria a sustentar as aplicações práticas na nova escola, Capra (2002) elegeu o que chama de princípios de sustentabilidade, ou fatos básicos da vida, com que as crianças tomam contato nos seus projetos-piloto. Um postulado básico é “o que sobra de certas espécies alimenta outras”.

A ignorância ecológica é a principal responsável pelos problemas atuais, diz Capra. Ele considera que os crimes ecológicos são, em grande parte, produtos desta ignorância. Parte do princípio de que sendo alfabetizado ecologicamente, o ser humano trará, para o cotidiano, atitudes ambientalmente e socialmente corretas, na medida em que internalizará os princípios ecológicos. Esses conceitos ecológicos precisam ser aprendidos desde a infância, sendo incorporados a práticas como a alimentação, o consumo, o respeito à natureza, o trabalho cooperativo, o respeito a diversidade, entre muitos outros.

A aplicação prática compreende uma ponte, uma ligação entre o planejamento humano e os sistemas naturais, cujo postulado, por sua vez é “não extrair da natureza e sim conviver com ela”. A essa ponte ele chama de design ecológico, com uma experimentação de aprendizados no mundo real, em hortas domésticas, plantio, desenvolvimento, colheita e culinária, por exemplo.

Capra é o fundador do Centro de Ecoalfabetização de Berkley, na Califórnia. Ele taxa de “absolutamente injustificável” qualquer distância entre os movimentos sociais e os movimentos ecológicos. Com relação ao atual modelo econômico, aponta a necessidade de adotar novos valores que não estejam voltados exclusivamente para o lucro, mas que incorporem a dignidade humana e a sustentabilidade.

Salienta como fundamental que a ciência reveja sua ética e sua prática. “As atuais parcerias de cientistas com indústrias, voltadas para o lucro de grandes corporações, hoje vistas como vantajosas, iriam a julgamento em tribunal há 30 anos, por não privilegiarem

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