Economia Global
Por: Thales Nogueira • 2/6/2015 • Resenha • 1.828 Palavras (8 Páginas) • 415 Visualizações
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BI International
MBA em Gestão de Empresas e Negócios- Turma 23
Módulo O Sistema Econômico Global- Exercício Individual
Aluno: Thales Garcia Nogueira
- Resumo do texto “Déficits orçamentários não devem ser corrigidos com aumentos de impostos”
O texto enfatiza a visão peculiar de alguns economistas, liderados pelo expoente Paul Krugman, de que déficits orçamentários devem ser utilizados quando a economia está em recessão, ou seja, em períodos de queda na atividade econômica esse economistas defendem o aumento dos gastos públicos para que a economia volte a crescer. Por trás dessa visão particular, há a percepção de que o crescimento econômico é governado pela Demanda agregada. Dessa forma, a demanda desaquece quando as pessoas estão dispostas a gastar menos e, a partir disso, o governo deve intervir na demanda aumentando gastos e evitando que a demanda caia. Esses economistas acham essa ideia fantástica para a economia.
Para esse grupo de pensadores, segundo o texto, não existem evidências de que déficits orçamentários afetem o crescimento econômico. O problema desse raciocínio, defende o autor do texto, é que além de gerar inflação e a possibilidade de aumentar impostos, esse aumento nos gastos pode gerar o que os economistas chamam de efeito crowding-out, uma terminologia que significa que o investimento privado é suplantado pelo gasto público. O texto exemplifica o raciocínio dizendo que o incentivo para abrir uma empresa, por exemplo, é suplantado pela vantagem de se tornar um burocrata bem pago pelo dinheiro público. Disso decorre que é exatamente o setor privado um dos grandes financiadores do setor público.
Assim, defende o texto, é condição mais do que necessária, que um governo preocupado em crescer esteja também muito preocupado em controlar as contas públicas, não caindo na tentação de aumentar o déficit. Além disso, o autor diz: o governo não deve contrabalancear eventuais aumentos nos déficits aumentando tributos. O objetivo do governo é reduzir gastos, não equilibrar o orçamento. Para ele o que importa não é o tamanho do déficit mas sim o tamanho dos gastos. Defende que é melhor para economia um um déficit grande com gastos pequenos do que um déficit pequeno com gastos grandes.
Considerando que o governo não gera riqueza, quanto menos ele retira da economia, ou seja, quanto menos gasta, melhor. Uma elevação dos gastos do governo gera um aumento no confisco de recursos do setor produtivo, desviando-os para o governo, um não gerador de riqueza, e empobrecendo a economia. Portanto, aumento de gastos do governo para estimular demanda é uma péssima notícia para a economia. E, ao contrário do FMI e de Paul Krugman, que defendem menos déficits com aumento de impostos e mais gastos, respectivamente, a boa notícia para a economia e para a sociedade seria a redução dos gastos públicos. O que seria uma péssima notícia para os improdutivos que se beneficiaram do aumento dos gastos.
1.1 Resumo do texto “Considerações sobre o Hiato do PIB
O relatório do departamento de estudos econômicos do Bradesco concluiu, através de estimativas, que os vetores que impactarão os preços livres em 2015 e 2016 mudaram nos últimos meses. No cenário externo, com as boas perspectivas da economia americana, a tendência é de depreciação cambial, o fortalecimento do dólar perante outras moedas. Além disso, existe a expectativa de que o FED normaliza a política monetária e o fluxo de capitais para os EUA, impactando as moedas de países emergentes. Ainda segundo o texto, não obstante a isso, os termos de troca brasileiros aceleraram a tendência de queda nos últimos meses, por causa da queda nos preços das commodities agrícolas e do minério de ferro, o que demanda um taxa de câmbio de equilíbrio mais elevada.
No âmbito interno, a desaceleração da demanda doméstica e os efeitos sobre o hiato do PIB (a diferença entre o PIB potencial e o observado) foram nítidos, segundo o relatório. O Bradesco estima que esse hiato já se encontro fortemente negativo, o que quer dizer que o PIB brasileiro cresce bem abaixo de seu potencial, o que pode ajudar a trazer a inflação dos preços livres para baixo. Os autores discutem as diferenças no cálculo do hiato do produto, destacando que não um consenso sobre esse cálculo na literatura econômica. Eles escolhem a abordagem que decompõe o hiato do produto em hiato do mercado de trabalho e hiato de nível de utilização da capacidade instalada. Essa questão técnica é importante porque o hiato e a inflação de preços livres, dependerão de quão acima ou abaixo o NUCI e o desemprego estão de seus valores naturais. No caso do NUCI, destaca-se uma queda acentuada no segundo semestre de 2014, passando para o nível mais baixo desde 2003.
O desemprego elevação de 1% na margem da PEA. Isso fez com que a taxa de desemprego, sem as sazonalidades, subisse quase 1%, saindo de 4,4% para 5,4%, mostrando que o mercado de trabalho estava mais fraco do que os dados sugerem. O Bradesco entende que a evolução recente dos indicadores NUCI e desemprego colocaram o hiato do produto em patamar negativo no último trimestre de 2014. O banco simulou alguns cenários, considerando crescimento de 0,5% em 2015 e 1,6% em 2016 (otimista) e crescimento próximo de zero em ambos os anos. Ambas as estimativas sugerem que mesmo com recuperação em 2016, as defasagens do crescimento sobre o emprego devem manter o hiato em patamar bem negativo durante um bom período. No que tange a inflação, destacam que o baixo crescimento não produziria os efeitos desinflacionários na mesma magnitude do que no passado. Nos modelos de inflação a transmissão do hiato para os preços livres demora em média de um a três trimestres. Em assim sendo, considerando um cenário externo estável, o primeiro semestre de 2015 será preponderante para definir se a persistência inflacionária brasileira é fruto de um fator inercial ou diferenças no cálculo do hiato.
- Análise do texto “Déficits orçamentários não devem ser corrigidos com aumentos de impostos”
A discussão sobre o papel do Estado em momentos de recessão é antiga na economia. O texto enfatiza bem essa polarização onde um dos grupos defende veementemente o aumento da participação do Estado fazendo políticas anticíclicas quando necessário, mesmo que isso desemboque em aumentar indefinidamente os gastos públicos. A ideia de que o governo deve atuar como aquecedor da demanda agregada é perigosa, pois, conforme o texto evidencia muito bem, cria-se déficits orçamentários grandiosos e a necessidade de aumentar impostos para financiar esses gastos crescentes. Nós bem sabemos que a experiência brasileira não corrobora com essa tese, pois nos últimos 4 anos, principalmente em 2014, batemos recordes negativos nas contas públicas, com o Estado atuando em vários fronts com subsídios, empréstimos do BNDES, estímulo ao consumo, e, mesmo assim, tivemos um crescimento médio pífio e desanimador, além de adentrarmos numa situação fiscal alarmante, que já gerou a “necessidade” de aumentar impostos.
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