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INFLAÇÃO

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Por:   •  29/9/2014  •  Relatório de pesquisa  •  530 Palavras (3 Páginas)  •  277 Visualizações

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Em 2010, quando Dilma foi eleita, o Brasil cresceu 7,5%. Para este ano, a média das expectativas dos analisas já foi revisada para baixo dez vezes, chegando a 0,86%.

O governo atribui a desaceleração ao contexto internacional menos favorável.

No discurso da oposição, ela é resultado da falta de estímulos aos investimentos e ausência de reformas para reduzir o "custo Brasil". O modelo de crescimento baseado em consumo teria se esgotado sem que se tivesse impulsionado um modelo baseado em investimentos.

Para Melo, do Insper, tal cenário contribui para que esta possa ser a eleição mais concorrida desde 1989, quando Fernando Collor venceu Lula no segundo turno.

"Quando a economia vai mal, as pessoas tendem a ser mais críticas ao governo, embora não esteja claro se a oposição será capaz de se apresentar como uma alternativa viável", diz.

O cientista político Fernando Limongi, da USP, concorda. "Um eleitor pode gostar menos do governo e, ainda assim, não querer arriscar seus ganhos econômicos trocando o certo pelo incerto com um voto em na oposição."

Ele lembra que, em 1998, o governo Fernando Henrique Cardoso estava bastante desgastado, e mesmo assim, foi reeleito.

"O grande desafio dos candidatos da oposição é transformar a crítica em esperança, mostrar que são capazes de formular soluções para a questão do crescimento", resume o economista Armando Castelar, da FGV.

INFLAÇÃO

"A inflação é um tema sensível, pois mexe com a memória daqueles que viveram a experiência da hiperinflação e com o bolso dos eleitores", diz Perissinotto, da UFPR.

A alta de preços tem ficado muito próxima ao teto da meta definida pelo Banco Central, de 6,5%.

O governo enfatiza que está sob controle.

Já a oposição argumenta que só não extrapolou a meta porque os preços administrados, como energia e combustível, estariam sendo segurados artificialmente – e teriam de ser elevados em 2015 para equilibrar as contas da Petrobrás e das distribuidoras de eletricidade.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, nega que se esteja preparando um "tarifaço" para o ano que vem. Economistas, porém, concordam que algum ajuste será necessário.

"Eu apostaria em um ajuste gradual - até porque nenhum governo vai querer um grande impacto na inflação em 2015", diz André Biancarelli, da Unicamp.

POLÍTICAS SOCIAIS

Castelar, da FGV, acredita que esse é um tema sobre o qual não haverá embate, porque a oposição também está se colocando a favor de programas de renda mínima.

Tanto Aécio quanto Campos têm prometido ampliar o Bolsa Família, por exemplo.

Limongi, da USP, e Biancarelli, da Unicamp ressaltam que há outras políticas com as quais o governo conta para lhe ajudar a angariar votos, como a expansão do sistema de previdência para trabalhadores rurais.

"Dilma também ampliou muito o crédito aos estudantes e as vagas no ensino técnico dentro do programa Pronatec – então deve tentar fazer dessas políticas as marcas de seu governo", diz Biancarelli.

Para

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