TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Indugencias

Por:   •  14/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.009 Palavras (5 Páginas)  •  207 Visualizações

Página 1 de 5

Resumo: As cidades de Fernand Braudel

Segundo Braudel, as cidades não nasceram de uma divisão do trabalho, entre as atividades do campo e as urbanas. Está oposição de atividades se inicia com a passagem da barbárie para a civilização, das tribos ao Estado. O autor também retrata que a cidade é uma corte, e com o surgimento da escrita, aparece em cena o que hoje denominamos de história.

Todos os grandes momentos da história que conhecemos, estão ligados a uma explosão urbana. E com essa afirmação que nos levamos à questão: será que as cidades são a causa do crescimento? Contudo conseguimos compreender que a cidade é uma via de mão dupla, onde se cria o crescimento, e onde a própria é criada por ele.

Uma cidade sempre possuiu realidades e processos. Pois ela não existe sem uma divisão de trabalho, como também não existe divisão avançada do mesmo sem a interferência da própria cidade. Não há cidade sem mercado, como também não existe comércio regional e nacional sem a própria cidade.

O autor critica a posição de Fhillios Abrams de que “uma cidade é sempre uma cidade”, Braudel acredita que as cidades não são todas parecidas, porém que a maioria fala uma mesma linguagem, que seria: o diálogo com o campo, a existência de pessoas, o orgulho da própria cidade e a sua articulação com outras cidades.

 Uma cidade sempre está acompanha de outras, e utiliza um sistema de hierarquia onde uma manda e as outras são submissas. Pois para garantir a subsistência da cidade é extremamente necessário que ela possua aldeias, e poções de vida rural anexa, que são responsáveis pelo abastecimento da mesma.

Uma cidade é a concentração de pessoas e de casas próximas, porém ela nem sempre está cheia de gente. Para os franceses é necessário no mínimo 2 mil habitantes para que haja uma cidade, já para os ingleses esse número é maior 5 mil pessoas aglomeradas. Supõe-se que destes habitantes a metade more na cidade e outra metade no campo, porém é quase impossível classificar o grau de urbanização das diversas regiões da Europa.

Desde a origem e também com o passar dos anos, o problema principal das cidades foi sempre o mesmo, uma divisão do trabalho mal definida entre o campo e os centros urbanos. A cidade é claramente o mais forte dos lados deste impasse, porém nem sempre ganha essas lutas de classes. O meio rural é detentor do processo de produção, que progride constantemente, e que de certa forma autoriza a cidade a se sobressair sobre o mesmo. Em relação ao povoamento acredita-se que tanto nas cidades quanto no meio rural ocorreu no mesmo momento, e o rural até mesmo antes.

Uma vez que existe a cidade, à agricultura propaga-se rapidamente em seus arredores. Cidade e campos obedecem a certos conceitos de convivência: “eu te crio, tu me crias; eu te domino, tu me dominas; eu te exploro, tu me exploras” (BRAUDEL, 2005, p. 444 e 445).

No século XVII, abandona-se a busca por lucros nos mares e investe-se cada vez mais nos campos. Portanto o campo e a cidade se tornaram simultaneamente a mesma esfera, com aproximações e separações. Contudo, o campo possuiu uma grande responsabilidade que é a de abastecer a cidade e seu comércio, pois quanto maior for o número de habitantes maior deve ser a produção de recursos.

Havia diversas pequenas cidades, onde a atividade rural predominava. Porém no período da colheita toda a população (homens), abandonava seus trabalhos cotidianos e partiam para ajudar nas atividades do campo. O que é certo é que a cidade nunca abandonou completamente o campo, e que o campo nunca deixou de certa forma as atividades industriais.

Uma cidade não pode existir sem que haja o fornecimento adequado de pessoas. Indivíduos que em sua maioria são atraídos até as cidades pelos melhores salários e pela suposta liberdade, entre outras coisas. Neste momento os estrangeiros são responsáveis pelos trabalhos pesados e sofridos, porém, estas cidades não recebem somente os miseráveis, existiam recrutas que traziam de outras cidades pessoas de alto escalão.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (6.2 Kb)   pdf (85.1 Kb)   docx (12.9 Kb)  
Continuar por mais 4 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com