Inflação

Inflação

A inflação teve seu início segundo Friedman (1992) quando o papel moeda passou a ser multiplicada indefinidamente, a um custo insignificante onde apenas é necessário imprimir números mais altos nos mesmos pedaços de papel.

Segundo Thompson (2005) inflação é um processo pelo qual ocorre um aumento dos preços de bens e serviços, levando a uma desvalorização da moeda, com isso, à medida que inflação aumenta, diminui o valor da moeda e diminui também a condição dos consumidores que dependem de valores fixos. Sua origem é na economia de mercado, onde muitas vezes é estimulada pela oferta e pela demanda. No âmbito internacional, a inflação pode ser entendida como uma desvalorização da moeda local frente às outras. Laidler e Parkin (1977) destacam que a inflação não se refere a uma situação estática de preços altos, mas a um processo dinâmico de preços crescentes.

A inflação está diretamente ligada com a renda da população. De acordo com Blanchard (2009), um aumento no nível esperado de preços leva a um aumento igualitário no nível de preços efetivo. Se os fixadores de salários esperam um nível de preço mais alto, fixam um salário nominal mais alto, o que leva a um aumento no nível de preços. Uma maior taxa de aumento de nível de preços em um determinado período implica uma inflação mais alta. Um aumento no nível de preços esperado gera uma inflação esperada mais alta. Então um aumento da inflação esperada leva a um aumento da inflação.

A Inflação pode ser classificada de duas formas:

1. Inflação de demanda

Uma inflação é denominada de demanda quando tem como causa a elevação das quantidades de bens e serviços que os consumidores estão dispostos a adquirir aos níveis de preços existentes. Se o aumento dos preços não corresponder a uma expansão equivalente da oferta agregada, os preços tendem a aumentar causadas pela taxa que é considerada como inflacionárias.
Segundo Souza (2001) a inflação é de natureza fiscal sendo causada pelo déficit público financiado por emissão monetária. Neste caso, o nível de gastos públicos sendo maior que nível de impostos estaria gerando um crescimento na demanda agregada, acima do produto de pleno emprego, o que acarretaria um aumento do nível de preços, podendo ser classificada como uma inflação de demanda.

O governo pode agir para diminuir os impactos da inflação de demanda, podendo diminuir seus gastos ou aumentando os impostos e desenvolvendo políticas que desencorajam o consumo e o investimento privado da população.

1. Inflação de custos

Podendo ser definida como uma inflação de oferta, ocorrendo um aumento dos preços de oferta. É gerada por um deslocamento para cima da curva de oferta, o que gera um excesso de demanda ao nível inicial de preços, o que gera um aumento nos preços, mas reduz o produto de equilíbrio.

O Brasil possui vários marcos históricos que mostram a hiperinflação que foram enfrentadas pelo país. As causas da hiperinflação costumam ser relacionadas ao aumento dos gastos públicos durante o governo militar e pela elevação do endividamento externo, agravado pela crise mundial que teve como causa o aumento do preço do petróleo e pela retração na taxa de expansão da economia, a política de substituição das importações aumentou os gastos públicos, e o conhecido "milagre econômico" que ocorreu entre o final dos anos 60 e o início da década de 70, período que a economia brasileira cresceu à média de 10% ao ano, terminou com o Brasil financiado por empréstimos internacionais.  A partir de 1973, quando aconteceu a crise internacional do petróleo fazendo o custo do barril aumentar de forma exorbitante, a economia brasileira passou a apresentar taxas de inflação crescentes. O PIB não cresceu da mesma forma o que resultou em inflação, dívida externa elevada e uma indústria defasada.