Introdução à Economia - Gregory Mankiw - Os dez Princípios da Economia
Resenha: Introdução à Economia - Gregory Mankiw - Os dez Princípios da Economia. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: AdrianeGG • 30/7/2014 • Resenha • 1.414 Palavras (6 Páginas) • 593 Visualizações
Introdução à Economia - Gregory Mankiw - Os dez Princípios da Economia
Economia: O estudo de como a sociedade se organiza para decidir a dinâmica de alocação dos recursos escassos.
COMO AS PESSOAS TOMAM DECISÕES
Princípio 1 - As pessoas enfrentam tradeoffs
Tradeoff é o termo econômico para uma situação de escolha conflitante. Aonde se conquista o uso de um recurso escasso, mas se perde outro. (ex: comprar manteiga no mercado, ganha-se a manteiga, mas perde-se o dinheiro). Um tradeoff clássico é o que se dá entre "Armas e Manteiga". Quanto mais uma sociedade deve gastar em defesa nacional (armas), menos se gasta em bens de consumo (manteiga).
Outro tradeoff clássico: entre a eficiência e a igualdade. A Eficiência econômica se traduz por quanto mais a sociedade consegue aproveitar de um recurso escasso, e a igualdade é a distribuição dos mesmos entre os indivíduos dessa sociedade. Exemplo: O Imposto de Renda exige que quem ganha mais contribua mais com o governo, que tenta distribuir melhor essa renda. No caso, a eficiência do recurso é diminuida, enquanto a distribuição é maior. Não significa que um seja melhor que o outro, nesse caso, mas significa que reconhecendo estetradeoff, podemos combinar a melhor forma de ajuste entre os dois lados.
Princípio 2 - O Custo de Alguma Coisa é Aquilo de que Você Desiste Para Obtê-la (Custo de Oportunidade)
A partir do tradeoff, a tomada de decisões exige a comparação entre os custos e benefícios das possibilidades de ação. Exemplo: você trabalha vendendo lenha e está precisando de um carro novo. É melhor você comprar uma caminhonete com menos conforto e que possa carregar madeira, ou é melhor você comprar um carro luxuoso, porém sem caçamba?
Um aspecto interessante a ser pensado, é que se é uma necessidade básica (exemplo: casa, alimentação, ou gasolina para andar com a sua caminhonete) só deverá ser considerado Custo de Oportunidade, caso ele fique com o valor monetário maior que o utilizado anteriormente, ou a sua eficiência econômica seja reduzida em relação ao anterior. O Custo de Oportunidade é o que você abre mão para obter um item. Exemplo: o custo de Oportunidade de cursar uma universidade é o salário que não se ganha enquanto se estuda.
Princípio 3 - As Pessoas Racionais Pensam na Margem
Uma ação nunca é apenas preto e branco. Ela envolve diversos tons de cinza. Identificar a margem é justamente saber identificar os diversos tons de cinza de cada situação, e tomar as decisões de acordo com o Custo de Oportunidade e avaliando o tradeoff envolvido. Um exemplo: uma loja adquiriu mercadorias no valor de 100.000, ao vender a metade das mesmas ela já conseguiu o retorno dos 100.000, portanto, o que ela vender de agora pra frente é lucro. Assim, não é considerado prejuizo se ela vender uma peça com 70% de desconto, já que ela vai lucrar 30% ainda. Esse princípio é o que define que as pessoas pensam de forma marginal para tomar suas decisões.
Esse fenômeno explica alguns fatos interessantes: por exemplo, porquê a água, mesmo sendo um bem essencial para a vida, é menos valorizada que o diamante, que tem apenas valor como bem de consumo? Pois um copo a mais não faz diferença, já que a água existe em abundância, portanto o seu benefício marginal é baixo, porém, diamantes são raros e portanto, considerados com um alto benefício marginal.
Um tomador de decisões racionais executa uma ação se, e somente se, o BENEFÍCIO MARGINAL ULTRAPASSA O CUSTO MARGINAL.
Princípio 4 - As Pessoas Reagem a Incentivos
"As pessoas respondem a incentivos, o resto são comentários". Por exemplo: quando o preço da maçã aumenta, as pessoas optam por comprar menos maçãs. Ao mesmo tempo, os fazendeiros decidem contratar mais trabalhadores e colherem mais maçãs. Resumindo: o preço alto de um produto no mercado incentiva que menos pessoas comprem um produto e os produtores aumentem a produção. Exemplo de incentivo: IPI Baixo no Brasil, para incentivar a compra de eletrodomésticos e carros.
Um livro de 1960, chamado Unsafety at any speed, de Ralph Nader, gerou uma preocupação pública sobre a segurança na direção. Aí o congresso norte-americano definiu as leis de segurança do transito. Obviamente, os acidentes com vítimas fatais diminuiram, mas por outro lado, os acidentes se tornaram mais comuns. Pois as pessoas tinham o incentivo de ser menos prudentes, já que estavam mais seguras. Os incentivos são fatores externos que influenciam na tomada de decisão das pessoas.
COMO AS PESSOAS INTERAGEM
Nos quatro primeiro princípios, foi apresentado como as pessoas tomam decisões, agora vamos ao estudo que demonstra como as pessoas interagem entre si em um sistema econômico.
Principio 5 - O Comércio Pode Ser Bom Para Todos
A concorrência é um fator interessante. Digamos que eu tenha duas empresas, Apple e Sony, ambas concorrem pelo mesmo tipo de cliente em determinado setor, a concorrência entre as duas promove produtos mais elevados, maiores opções de escolha, e diminuem o preço. Ou seja: a competição é boa, pois as empresas são tão concorrentes quanto parceiras.
Princípio 6 - Os Mercados São Geralmente uma Boa Maneira de Organizar a Atividade Econômica
A tentativa e o fracasso do sistema econômico da União Soviética prova que não há razão em tentar regular o mercado manualmente.
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