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Macroeconomia neoclássica contemporânea: novos keynesianos x novos clássicos

Por:   •  18/4/2017  •  Resenha  •  3.421 Palavras (14 Páginas)  •  354 Visualizações

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A ESCOLA CLÁSSICA – UMA VISÃO HISTORICO ARGUMENTATIVO

INTRODUÇÃO

O período que envolve a partir da metade do sec. XVII transmite uma reação ao conceito trazido até o momento pelos ideais mercantilistas, que agora, estão em um momento de transição. A liberdade era algo cada vez mais presente no anseio da população, a qual entendia que essa dependência e interferência exagerada do governo, que impunha restrições, era extremamente prejudiciais, e precisava haver uma alteração.

Essas e outras ideias foram se desenvolvendo aos poucos na sociedade, a entender de modo geral que o sistema econômico “é um organismo autônomo de autogeração que não exige administração vinda de cima, funcionamento melhor quando pode regulamentar-se por si próprio” (RIMA 1977).

Outro pensamento disseminado no período era a filosofia hedonista de ganho material e prazeres, em contraposição ao apresentado pela era medieval de renuncia daquilo que fosse material. Posteriormente surge o pensamento do progresso em virtude do auto-interesse de Adam Smith, bem como a doutrina expressada através do Laissez-faire, e a auto-regulamentação do mercado.

Essas e outras diretrizes vão possibilitar a fundamentação de outras discussões que ao longo do tempo dão base e estrutura à economia a qual encontramos nos dias atuais.

A ESCOLA CLÁSSICA – UMA VISÃO HISTORICO ARGUMENTATIVO

  1. Uma visão histórica

No início do Sec XIX, a França é quem detinha a escola de economista teóricos, denominados fisiocratas, as quais possuíam algumas teorias que seriam aprimoradas ou rebatidas por uma nova evolução de pensamento que se insurge. Os fisiocratas segundo Rima (1977), “concebiam Economia politica como a ciência que buscava as leis que regem a distribuição de riqueza.

Quem vem a discutir sobre este aspecto é Jean Baptiste Say, o qual busca por meio do método dedutivo o instrumento para derivar as leis que regem a produção, distribuição da riqueza, método este que provavelmente é introduzido na Inglaterra através de James Mil. Posteriormente James Mil, ensina seus conhecimentos a Ricardo, cujo trabalho passa a ser uma inicial referencia na busca pelo descobrimento de leis universais para a produção troca e distribuição. Posteriormente ocorreram outras contribuições para o refinamento do trabalho de Ricardo, com as contribuições de Nassau Senior, John Stuarte Mill, Elliot Cairnes e J.R. McCulloch, em conjunto com as contribuições dos fisiocratas, Smith e Say.

Apesar de todo esforço demandado pelos autores na compilação e refinamento das contribuições, houve menos repercussão no que diz respeito à atração popular do que a própria obra de Smith com a riqueza das nações. Para os clássicos, o que haviam estudado e discutido até o momento foi feito mediante o método cientifico, e era de maneira universalmente aplicável independente de lugar, tempo ou instituições. Contudo as instituições estavam relacionadas ao que diz respeito à expressão simples e universalidade do comportamento humano, o que seria considerado irrelevante para a compreensão em relação ao funcionamento de sociedades específicas.

Posteriormente os membros da escola clássica que vieram em seguida, assumem a posição de que para que a Economia fosse considerada como ciência ela deve estar limitada em analisar como se dá o funcionamento do sistema econômico e não envolver-se em questões ligadas a formação de diretrizes e juízos de valor.

Desta forma, há a distinção entre economia pura e economia aplicada, sendo a primeira no que diz respeito ao estabelecimento de leis, enquanto a segunda é normativa e busca alterar os resultados gerados a partir das leis econômicas.

  1. As diretrizes da Escola Clássica

Influenciada por duas revoluções que ocorreram entre os Séculos de XVII e XVIII, uma mais avançada e outra apenas no início de suas mensurações, foram de grande valia para o pensamento econômico.

Segundo Batista a primeira é denominada de Revolução Científica. Com os grandes avanços proporcionados pela visão trazida por Newton a discussão, em que os corpos sempre tendem ao equilíbrio, reforça a ideia trazida pelos clássicos para as leis naturais e Laissez-faire, no sentido de deixar passar, deixar fluir, uma vez que para esses da mesma maneira que para os fisiocratas, os controles e restrições existentes no feudalismo e mercantilismo, não mais eram necessárias, justamente por que as leis naturais direcionariam o sistema econômico, bem como as ações das pessoas.

A segunda refere-se à Revolução Industrial. Embora estivesse apenas no inicio quando abordado as ideias clássicas, mas se intensificou posteriormente, sendo um fator de grande importância para o crescimento econômico.

A Escola Clássica durante seu desenvolvimento foi envolta em várias ideais e/ou teorias, e vários foram os autores que contribuíram para sua evolução, todos relevantes, porém alguns com mais outros com menos destaque.

Um dos grandes pensadores da época, e considerado Pai da Economia Moderna é um deles, não por que foi o mais importante ou por que teve teorias irrevogáveis, entretanto, porque trouxe uma nova forma de pensar a economia, uma nova perspectiva, e que sérviu de base para novas teorias e discussões.

Adam Smith, um dos principais autores da escola clássica, defendia uma diretriz quanto ao individualismo do homem e o liberalismo. Essa ideia partia da diretiva que o indivíduo, ao ir em busca ao próprio interesse, por consequência, estariam contribuindo para o bem estar social, o que ficou conhecido como o comportamento auto-interessado. Esse pensamento também permeava o homem no que diz respeito aos ganhos monetários em seus negócios na busca que maximiza-lo conforme trata Rima (1977):

Dessa forma, os clássicos visualizavam os homens de negócios como procurando diminuir os custos para maximizar os lucros e minimizar prejuízos, ao passo que os trabalhadores procuram aumentar os salários e trabalhar menos horas, e os senhores de terras e emprestadores buscam maximizar a renda da terra e os juros respectivamente.

Essa idéia foi “permitida” a partir do impulso proporcionado pela reforma protestante de João Calvino, a qual contravém as praticas da igreja católica contrária a estes ideais expostos, quanto à usura e a relação do trabalho e lucro, baseada no interesse individual. Nali aponta que a reforma protestante promovida por Joao Calvino, serviu de impulso ao individualismo, difusor do pensamento clássico, no instante em que trata o trabalho como uma vocação pessoal. Assim ao modo que todos trabalham duro para ganhar maior salario e lucro, aumenta de maneira reciproca a riqueza nacional, que por consequência gera empregos, maior arrecadação de impostos e desenvolvimento econômico.

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