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Motivação e objetivos

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Por:   •  8/11/2014  •  Seminário  •  699 Palavras (3 Páginas)  •  245 Visualizações

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Motivação e objetivos

A arte do antigo Egito serve políticos e religiosos. Para compreender a que nível se expressam estes objetivos é necessário ter em conta a figura do soberanoabsoluto, o faraó. Ele é dado como representante de Deus na Terra e é este seu aspecto divino que vai vincar profundamente a manifestação artística.

Deste modo a arte representa, exalta e homenageia constantemente o faraó e as diversas divindades da mitologia egípcia, sendo aplicada principalmente a peças ou espaços relacionados com o culto dos mortos, isto porque a transição da vida à morte é vista, antecipada e preparada como um momento de passagem davida terrena à vida após a morte, à vida eterna e suprema.

O faraó é imortal e todos seus familiares e altos representantes da sociedade têm o privilégio de poder também ter acesso à outra vida. Os túmulos são, por isto, dos marcos mais representativos da arte egípcia, lá são depositados as múmiasou estátuas (corpo físico que acolhe posteriormente a alma, ka) e todos os bens físicos do cotidiano que lhe serão necessários à existência após a morte.

Estilo e normas

Pintura de oferendas na câmara tumular de Menna.

Pintura na câmara tumular de Nefertari, mulher de Ramsés II.

Todas as representações artísticas estão repletas de significados que ajudam a caracterizar figuras, a estabelecer níveis hierárquicos e a descrever situações. Do mesmo modo a "simbologia" serve à estruturação, à simplificação e clarificação da mensagem transmitida criando um forte sentido de ordem e racionalidade extremamente importantes.

A harmonia e o equilíbrio devem ser mantidos, qualquer perturbação neste sistema é, consequentemente, um distúrbio na vida após a morte. Para atingir este objetivo de harmonia são utilizadas linhas simples, formas estilizadas, níveis rectilíneos de estruturação de espaços, manchas de cores uniformes que transmitem limpidez e às quais se atribuem significados próprios.

A hierarquia social e religiosa traduz-se, na representação artística, na atribuição de diferentes tamanhos às diferentes personagens, consoante a sua importância. Como exemplo, o faraó será sempre a maior figura numa representação bidimensional e a que possui estátuas e espaços arquitectónicos monumentais. Reforça-se assim o sentido simbólico, em que não é a noção de perspectiva (dos diferentes níveis de profundidade física), mas o poder e a importância que determinam a dimensão.

As cores

A arte egípcia, à semelhança da arte grega, apreciava muito as cores. As estátuas, o interior dos templos e dos túmulos eram profusamente coloridos. Porém, a passagem do tempo fez com que se perdessem as cores originais que cobriam as superfícies dos objetos e das estruturas.

As cores não cumpriam apenas a sua função primária decorativa, mas encontravam-se carregadas de simbolismo, que se descreve de seguida:

• Preto

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