O crescimento da economia do Brasil
Artigo: O crescimento da economia do Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: deisoncarmo • 14/11/2013 • Artigo • 540 Palavras (3 Páginas) • 481 Visualizações
INTRODUçãO
Nos últimos 25 anos a economia brasileira vem crescendo a uma taxa média
de 2,6% a.a., valor bastante inferior a média observada no período 1947-1980
(7,1% a.a.) e abaixo da taxa média de crescimento obtida por outros “grandes”
países emergentes, como, por exemplo, China e índia1
. Tendo em vista um cresci-
mento populacional da ordem de 1,5% a.a o PIB per capita tem crescido nos últi-
* Professor do Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB) e Pesquisador Nível I do
CNPq. E-mail: joreiro@unb.br; Professor da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade do
Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Pesquisador Nível I do CNPq. E-mail: luizfpaula@terra.com.br;
Professor do Instituto de Economia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). E-mail: guilherme-
jonas@yahoo.com.br; Economista do Departamento Nacional de Produção Mineral. E-mail: queve-
doam@yahoo.com.br. Os autores agradecem as sugestões de dois pareceristas anônimos, isentando-os
de erros e omissões remanescentes. Submetido: 15/Setembro/2009; Aprovado: 7/Novembro/2011.
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No período 1999-2006 as taxas de crescimento médio da China, índia e Rússia foram, respectivamente,
9,3%, 6,8% e 6,7%, enquanto o Brasil cresceu a 2,8% (cf. Paula, 2008a, p. 52).
Revista de Economia Política, vol 32, nº 4 (129), pp 557-579, outubro-dezembro/2012Brazilian Journal of Political Economy 32 (4), 2012 558
mos anos a uma taxa pouco superior a 1% a.a. Nesse ritmo levará quase 70 anos
para que a renda per capita brasileira dobre de tamanho, igualando-se ao nível de
renda per capita prevalecente hoje em dia em países como Portugal e Espanha. Uma
das causas dessa situação de semiestagnação é a reduzida formação bruta de capi-
tal fixo como proporção do PIB. Conforme Oreiro et al. (2005), para que a econo-
mia brasileira possa crescer a uma taxa de 5% a.a. no longo prazo, sem gerar
pressões inflacionárias, a taxa de investimento deveria aumentar para, pelo menos,
25% do PIB; ou seja, é necessário um aumento de 32% na formação bruta de ca-
pital fixo como proporção do PIB com respeito a média dos últimos 15 anos.
Nesse contexto, a pergunta relevante a ser feita é: como gerar um aumento
dessa magnitude na formação bruta de capital fixo como proporção do PIB? Em
outros termos, por que razão a taxa de investimento observada
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