O papel do empreendedor

O papel do empreendedor vem se configurando, de maneira significativa, como impulsionador e gerador de riqueza para a sociedade, visto que exerce uma influência positiva e fundamental no desenvolvimento econômico do país. Segundo Dornelas (2001, p. 40), a habilidade de empreender é resultado “da percepção, direção, dedicação e muito trabalho dessas pessoas especiais, que fazem acontecer. Onde existe este talento, há a oportunidade de crescer, diversificar e desenvolver novos negócios”.

Os empreendedores, portanto, possuem um perfil arrojado e inovador, conseguem reconhecer uma oportunidade disfarçada e, na maioria das vezes, a transforma em um bom negócio, calculando e assumindo os riscos que os possam gerenciar. Da mesma intensidade que criam novos negócios, podem inovar dentro dos empreendimentos já existentes. São pessoas que sabem explorar ao máximo as oportunidades, buscam o conhecimento contínuo através de diálogos, cursos ou até mesmo experiência prática, além de planejar, sucessivamente, o seu negócio.

A alta concorrência no mercado de trabalho brasileiro e, efetivamente, a dificuldade encontrada por muitos homens e mulheres em inserir-se nesse ambiente competitivo da qual exige, cada vez mais, uma mão de obra especializada, tornou-se pilar para a ascensão do empreendedorismo no Brasil. Assim, como forma de alternativa de ocupação, o homem busca tornar-se um pequeno empresário, constituindo seu próprio negócio, embora, atue, muitas vezes, sem nenhum conhecimento profundo, planejamento amplo e referências, sendo gradativamente afetado pela sua notória falta de informação técnica.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2009), as micro e pequenas empresas são essenciais para a economia nacional visto que empregam cerca de 60% das pessoas economicamente ativas e respondem por 20% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional. Assim, seu papel ativo local na geração de empregos engendra uma contribuição no fortalecimento da economia do Brasil (INDRIUNAS, 2009).

Salienta-se que essas empresas de porte mínimo quando inseridas no tumultuoso cenário mundial, da qual competem e buscam sua consolidação, deparam-se com certas dificuldades, muitas vezes, intrínsecas ao empreendimento, porém, não observadas. Esse mercado visivelmente desigual exige, de maneira significativa, a alta competência da gestão visto que a elevada sensibilidade à concorrência, à oscilação de preços, à excessiva carga tributária e à instabilidade do mercado financeiro contribui para o enfraquecimento e, assim, o declínio do negócio.