Porque Devemos Estudar a Economia

Porquê devemos estudar Economia?

Porquê estudar Economia perguntam os meus alunos?

Ora vejamos, todos os dias ao acordarmos defrontamo-nos com uma infinidade de circunstâncias que se prendem com a Economia.

Logo pela manhã acordamos, vamos logo para a casa de banho, abrimos a torneira para o duche, em seguida tomamos o pequeno-almoço, depois saímos e abastecemos o carro com gasolina ou tomamos a autocarro ou chapa para irmos ao trabalho ou a escola, depois gostaríamos de comprar algo mas não temos dinheiro suficiente. Na escola ou no serviço, na hora do lanche gostaríamos de comprar algo, mas não temos dinheiro suficiente.

Cada opção individual de consumo ou de investimento acaba sempre por medir o custo e compará-lo com o seu possível benefício: será que vale a pena utilizar o meu dinheiro para comprar este ou aquele outro bem?

No fundo todos nós gostaríamos de atingir os nossos objectivos, consumindo sempre mais, com o menor esforço possível, o que influencia as decisões “económicas” do nosso dia-a-dia.

Vivemos em um mundo onde os recursos são escassos. Reparem que todos nós consumimos, e nunca estamos satisfeitos.

Mas é verdade que face aos nossos desejos, ou necessidades, citando um termo mais económico, defrontámo-nos com recursos que não chegam para todos, ou seja, que são escassos e que para obtermos custam dinheiro.

Assim a Economia prende-se com a forma como o Homem cria e utiliza bens escassos com vista a satisfação das suas necessidades e ao aumento do seu bem-estar.

Assim, quando realizamos todas essas actividades nem sempre reconhecemos que os problemas do mundo de hoje são problemas de natureza fundamentalmente económica, que estes problemas têm, no entanto implícita esta dimensão económica. A produção, a repartição do rendimento, o consumo e a poupança, estão presentes no nosso quotidiano, isto é, no nosso dia-a-dia, e constituem assim os fenómenos estudados pela Ciência económica.

Por outro lado, numa escala maior, verificamos que as relações económicas entre os povos decorrem, hoje em dia, no contexto da mundialização, a tal chamada globalização, originando efeitos em tudo e todos, pelo que a interdependência entre economias, culturas e povos de diferentes países é um facto bem evidente na sociedade moderna dos nossos dias.

Na verdade, todos os fenómenos económicos são decorrentes da actividade económica, ou seja, da actividade decorrentes da produção de bens escassos para satisfazer as necessidades ilimitadas do Homem, esse mesmo Homem que consome, produz, poupa, e recebe remuneração pelo seu trabalho.

Com a internacionalização do comércio e da actividade produtiva, da circulação de capitais, a dimensão dos problemas económicos assume uma escala planetária. De facto, as economias dos diferentes países estão cada vez mais dependentes umas das outras e integradas em espaços comuns tais como a União Europeia, a SADC, a Mercosul, etc… falando-se, por isso no fenómeno da mundialização ou globalização da economia.

E tudo isso nos remete a situação actual da economia de Moçambique!

Crise da dívida, desvalorização cambial, inflação disparada e desaceleração do crescimento econômico. Ao menos um desses quatro desafios será encontrado nos resultados de qualquer pesquisa atual sobre a situação econômica de Moçambique. O país passa hoje por um período que, embora prometa ser breve, gera uma forte instabilidade econômica. Dentre as causas desse cenário, estão incluídas as quedas dos preços internacionais de matérias-primas, a adoção de políticas fiscais mais restritas, um período de seca que prejudicou a produção agrícola e o abrandamento econômico de alguns dos principais parceiros comerciais de Moçambique.