Projeção
Resenha: Projeção. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Ricardo252 • 30/3/2014 • Resenha • 763 Palavras (4 Páginas) • 198 Visualizações
homem faz do Universo, das suas leis, o papel que lhe cabe neste vasto teatro,
reflete-se sobre toda a sua vida e influi em suas determinações. É segundo
essa Idéia que traça para si um plano de conduta, fixa um alvo e para ele
caminha. Por isso procuraríamos em vão esquivar-nos a tais problemas, pois
eles por si sós se impõem ao nosso espírito, dominam-nos, envolvem-nos em
suas profundezas e formam o eixo de toda a civilização.
Toda vez que uma concepção nova do mundo e da vida penetra o Espírito
humano e, aos poucos, se infiltra em todos os meios, a ordem social, as
instituições e os costumes ressentem-se logo.
As concepções católicas criaram a civilização da Idade Média e modelaram
a sociedade feudal, monárquica, autoritária. Então, na Terra como no céu
dominava o reinado da graça e do favor. Tais concepções já viveram; porém,
hoje, não mais encontram lugar no mundo moderno. Abandonando as velhas
crenças, a época presente não soube substitui-las. O Positivismo, materialista
e ateu, não enxerga na vida mais que passageira combinação da matéria e da
força; nas leis do Universo somente vê um mecanismo brutal. Noção alguma
de justiça, de solidariedade, de responsabilidade. Dai um afrouxamento geral
dos laços sociais. Dai um cepticismo pessimista, um desprezo a qualquer lei e
a qualquer autoridade que nos pudesse erguer dos abismos.
As doutrinas materialistas levaram uns ao desãnimo outros à
recrudescência da cobiça; por toda parte induziram ao culto do ouro e da
carne. Sob sua influência, uma geração nasceu desprovida de ideal, sem fé no
futuro, sem energia para a luta, sem perseverança nos atos, duvidando de si
mesma e de todos.
As religiões dogmáticas, conduzindo-nos à arbitrariedade e ao despotismo,
atiram-nos, lógica e inevitavelmente, à anarquia, ao niilismo. Eis por que
devemos considerá-la um perigo, uma causa de decadência e de relaxamento.
Acharão talvez excessivas estas expressões e tentarão tachar-nos de
exagerados. Mas, em tal caso, bastará referirmo-nos às obras dos materialistas
eminentes e citar as suas próprias conclusões. Eis, por exemplo, entre outros,
o que
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