RESENHA SOBRE O FILME: ATÉ QUE A SORTE NOS SEPARE III
Por: Bruna Oliveira BW • 19/7/2018 • Resenha • 1.594 Palavras (7 Páginas) • 954 Visualizações
RESENHA SOBRE O FILME "ATÉ QUE A SORTE NOS SEPARE III"
Aluna: Bruna Grazielle Pereira Oliveira
“Após perder a herança da família em Las Vegas, Tino procura um emprego fixo, sem sucesso. Um dia é atropelado por Tom, filho do homem mais rico do país, Rique Barelli. Ao acordar, depois de sete meses em coma, se surpreende com a notícia de que sua filha e o rapaz estão apaixonados. Convidado para fazer parte do conselho da empresa do pai de seu genro, Tino aceita trabalhar para juntar dinheiro que usará para bancar o casamento. Mas, mais uma vez, Tino consegue o inimaginável: falir a empresa, a maior do Brasil – o que gera um colapso na economia nacional.”
A família de bilionários é claramente inspirada na de Eike Batista. O personagem de Rique Barelli é uma extensa sátira a Eike Batista: o homem mais rico do Brasil com uma companhia chamada KHX, assim como Eike Batista, o bilionário do filme também nomeia sua empresa com uma sigla que termina em "X", a KHX. A personagem Malu que utiliza uma gargantilha com o nome do marido e que foi capa de revista masculina, faz referência à ex-mulher do Eike Batista, que utilizou um item similar em um carnaval, e que também foi capa de revista masculina. O atropelamento de Tino pelo filho do bilionário também faz alusão a algo relacionado a Eike, cujo filho atropelou e matou um ciclista.
Há também referências à politica do Brasil. O roteiro de Paulo Cursino aproveita o cenário político pelo qual o Brasil passa. Inclusive com uma cena em que Tino e Amauri são recebidos pela presidente em Brasília. Os atores, Mila Ribeiro e Bemvindo Sequeira, imitam a Dilma Rousseff e Nestor Cerveró. Faz-se ainda, citações à momentos da presidenta, numa bicicleta "dando suas pedaladas", dizendo ser uma mulher sapiens e saudando uma mandioca, e escândalos políticos de 2015 como a Operação lava-jato e os desvios de dinheiro da Petrobras, já que o Nestor Cerveró é ex-diretor da Petrobras e foi condenado pela Operação Lava-Jato.
Em suma, o filme faz uma sátira ao empresário Eike Batista e aos crimes praticados, no qual, foi condenado, de acordo com o G1 (03/07/18) a 30 anos de prisão por pagar propina ao Ex-governador Sergio Cabral e garantir que suas empresas fossem beneficiadas pelo governo do Cabral. O filme é uma paródia da crise econômica brasileira de 2015. Considerando que o lançamento do filme coincidiu com o Brasil sendo atingido por uma recessão econômica, o roteirista Paulo Cursino chegou a dizer que "brincamos de Nostradamus nesse filme”, de acordo com alguns sites de pesquisa. O empresário Batista, cometeu graves crimes contra o mercado de capitais, utilizando-se de informações privilegiadas e manipulação do mercado. O que afetou a imagem da economia do País e o desempenhou da economia brasileira.
De acordo com as revistas, GALILEU, ISTOÉ e FOLHA DE SÃO PAULO, a crise das empresas do grupo “X”, do empresário Eike Batista, atrapalharam o desempenhou da economia brasileira e afetou a imagem da economia do País, conforme notícias abaixo.
“Nos últimos anos, Eike Batista marcou um “X” no mundo dos negócios brasileiros. O empresário era um dos mais admirados e invejados no país, recebendo elogios por sua capacidade de administrar e atrair empreendimentos milionários. Só que em 2013, a maré mudou para as empresas com “X” no nome — sua marca registrada.
Em poucas palavras: Eike prometeu muito e entregou pouco. Ao mostrar grandes projeções de lucro de suas iniciativas, ele convenceu investidores e o governo a abrirem o bolso — e aí entrou até dinheiro do BNDES. O problema é que as projeções não se mostraram verdadeiras. Uma boa parte disso se deve ao fato de que o grupo EBX apostou muitas de suas fichas no petróleo.
O conglomerado montou negócios em áreas como logística, mineração, construção naval e petróleo. Em todas, o investimento inicial é alto — assim como os riscos. Só que todas as iniciativas dependiam do sucesso da petroleira OGX para também prosperarem. O problema é que neste ano (2013) a OGX revelou que seus campos renderiam menos que o prometido. A estimativa passou de 1,8 bilhão de barris de petróleo para apenas 315 milhões. Eike já sabia disso desde 2012.
Muita gente havia investido dinheiro na OGX e resolveu pular fora, o que desvalorizou a empresa na bolsa e a fez pedir concordata em novembro. Sozinha, ela deve mais de US$ 11 bilhões. A quebra da empresa responsável por cerca de dois terços do valor do grupo EBX causou um efeito dominó nas outras companhias e no prestígio de Eike”. (REVISTA GALILEU, 2013)
“Os tropeços da petroleira OGX e o calote – amplamente previsto – do empresário Eike Batista fazem vítimas Brasil afora. Um dos abalos imediatos causados pela crise do conglomerado X de Eike Batista é a perda de credibilidade do País no mercado internacional. Internamente, o estrago já era visível na bolsa de valores e agora sobrou também para a Petrobras, hoje às voltas com a tarefa de driblar a desconfiança de gigantes do ramo de petróleo e gás, o mesmo da OGX. “Para quem está lá fora é todo o mercado emergente chamado Brasil que está ruim”, disse à ISTOÉ o economista Nelson de Souza, professor de finanças do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec-RJ). No balanço de prejuízos, perde também, e muito, o Rio de Janeiro, que vê projetos importantes, como o das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), desfalcados de R$ 20 milhões anuais, a quantia que Eike Batista destinava à Segurança antes do estrondo.
O impacto negativo no estado fluminense — onde o mineiro Batista se radicou — é enorme. Além do projeto das UPPs, ele apoiou a campanha para o Rio sediar as Olimpíadas 2016, doando cerca de R$20 milhões. Também colocou R$30 milhões na construção do Hospital Pro Criança Jutta Batista, nome de sua mãe, já falecida. Empreitadas como a despoluição da Lagoa Rodrigues de Freitas, na zona Sul da capital, foram interrompidas sem a ajuda X.” (REVISTA ISTOÉ, 2013)
No site do JUSBRASIL, foram abordados os crimes praticados pelo empresário Eike Batista, conforme abordado abaixo e a relação com o governo Brasileiro.
“A BM&F BOVESPA identificou em 2013 aproximadamente cem mil operações com indícios de irregularidades. Todavia, em virtude de diversas deficiências tanto da BSM como da CVM poucas denúncias são oferecidas. Uma dessas poucas denúncias foi oferecida semana passada, pelo Ministério Público Federal contra o empresário Eike Batista. Alega-se que o fundador do grupo EBX tenha praticado os crimes de uso indevido de informação privilegiada (art. 27-D, Lei 6.385/1976) e manipulação do mercado (art. 27-C, Lei 6.385/1976).
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