Socialismo de Mercado Implementado na Economia Chinesa

Características do Socialismo de Mercado implementado na Economia Chinesa desde a década de 1970 até o momento atual.

A economia da China é a que mais avança em todo o mundo, tanto que se tornou a segunda maior potência econômica do mundo, superando os países como Reino Unido, Japão, Alemanha e aproximando-se dos Estados Unidos. Esse acontecimento reservou uma grande atenção para o modelo chinês de crescimento econômico, o tão conhecido Socialismo de Mercado. O Socialismo de Mercado é um sistema que mescla algumas características socialistas na área política com as características da economia de mercado. Ou seja, os países que seguem este modelo, possuem raízes socialistas, entretanto, aos poucos, foram introduzidas práticas capitalistas. Uma economia de mercado é aquela em que as principais decisões na economia são controladas pela oferta e demanda que são principais fatores que influenciam nos preços dos produtos. 

Algumas das características principais do Socialismo de Mercado é que o controle político é exercido através de um único partido. Exemplo disso é o Partido Comunista, que é a instituição central do Estado chinês, que se inspira numa visão leninista de Estado. Esse partido governa a China desde 1949. Além disso, nesse modelo há o controle de preços, dos salários de cada cidadão e controle dos sindicatos. Outra característica importante é a questão de estímulos, como incentivos fiscais e manutenção de uma mão de obra barata, voltados para a instalação de multinacionais no país, já que as mesmas buscam esses atributos para se instalarem em um determinado local.

No Socialismo de Mercado, não há democracia, ou seja, ao contrário do Brasil, nos países que possuem esse modelo econômico, não há liberdade. Exemplo disso é o uso limitado da internet na China, ou seja, o conteúdo oferecido é totalmente restrito, e os sites de busca só mostram o que é permitido pelos censores. Outro atributo observado no Socialismo de Mercado é a presença de uma

Política cambial voltada para a desvalorização da moeda nacional, objetivando o aumento das exportações. A desvalorização apresenta algumas vantagens, isso porque ela aumenta a economia nacional e acarreta numa maior disputa em relação aos produtos no mercado estrangeiro. Em contrapartida, a valorização cambial concebe ema queda na questão das exportações, afinal, haverá uma elevação nos preços. Além disso, a valorização cambial abre portas para o crescimento das importações, o que por consequência, irá acarretar em um aumento da inflação.

O controle social é feito pelo governo, através da censura dos veículos de comunicação e repressão aos opositores. Utilizando novamente o exemplo da China, através do órgão de notícias oficial, o governo determina como deve ser feita a cobertura de determinados eventos, filtrando o que deve ou não ir ao ar. Este órgão de notícias produz as matérias, e a maior parte dos outros veículos reproduz esse conteúdo, que, na maioria das vezes, é entendido como um ato de autocensura. Assim, quase tudo o que se lê ou vê na China é produzido pelo governo. No dia 24 de março, a ONG Repórteres Sem Fronteiras efetuou um protesto contra a repressão chinesa no local da passagem da tocha olímpica. Entretanto, o que apareceu no noticiário dos chineses foram imagens de esculturas gregas em vez do protesto.