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A HISTÓRIA DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA

Por:   •  15/3/2016  •  Artigo  •  4.223 Palavras (17 Páginas)  •  371 Visualizações

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CAPÍTULO 1 – A HISTÓRIA DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA

História da Indústria Farmacêutica

De acordo com Hadzovic (1997) a indústria farmacêutica nasceu através da primeira farmácia que ficava em Bagdá. A partir do momento em que houve separação das diciplinas de Medicina e Farmárcia, outras farmácias começaram a surgir ao longo de todo o Oriente Médio e a Europa.

As farmácias, portanto, tiveram seu desenvolvimento no século 19 e grande parte delas tornaram-se multinacionais da indústria farmacêutica. Dentre elas se destacam a farmácia dos irmãos John e Frank Wyeth, fundada em 1860 que, posteriormente, foi a indústria pioneira na produção de medicamentos em grande escala como expõe WYETH (2008); a indústria do coronel Eli Lilly, que em 1886 foi o primeiro a contratar um “cientista em tempo integral” com a função de aperfeiçoar técnicas de avaliação de qualidade e a Bayer AG, fundada por Friedrich Bayer e Johann F. Wstkott em 1863, lançou em 1897 seu primeiro importante produto, o ácido acetilsalicílico, ainda hoje comercializado. Portanto, o desenvolvimento da indústria farmacêutica ocorreu a partir da metade do século XIX, quando pequenos estabelecimentos farmacêuticos expandiram seu escopo de atuação, partindo do campo da medicina experimental para o investimento em pesquisa, desenvolvimento de novas moléculas e a produção industrial para mercados internacionais.

Nas décadas de 1920 e 1930 houve inovações como a penicilina e a insulina, que foram fabricados e distribuidos em grande quantidade para o mundo inteiro. Já na década de 1940 a indústria farmacêutica consistia na manufatura de produtos já existentes e cerca de apenas seis produtos novos eram lançados anualmente. A indústria fornecia os princípios ativos para a formulação artesanal pelas farmácias locais, que eram responsáveis pela apresentação final dos medicamentos para o consumidor.

Segundo Italiani (2006), nas décadas de 1940 e 1950, os avanços tecnológicos e científicos ajudaram o segmento farmacêutico a incorporar o processo denominado integração vertical, associando a produção de matérias primas, a pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos, além da formulação e comercialização, especialmente na década de 1950, a economia mundial começa a fase de crescimento que só foi interropido pela crise do petróleo em 1973 e o setor farmacêutico começa a ganhar destaque com relação à lucratividade. Com isto, a indústria ganhou impulso e competitividade, quando grandes empresas se internacionalizaram. O processo de desenvolvimento envolveu desde novas técnicas científicas como a biotecnologia, técnicas de produção mais sofisticadas, até formas de competição pela diferenciação de produtos, do marketing e da comercialização da produção. Inúmeras drogas importantes foram desenvolvidas e comercializadas durante as décadas de 1950 e 1960, incluindo contraceptivo oral, cortisona, medicamentos para controle de pressão sangüínea, entre outros, que contribuíram para mudar o estilo e qualidade de vida da sociedade.

De acordo com Angell (2008), nas décadas de 1960 a 1980 a indústria teve um aumento de vendas de medicamentos sob prescrição médica e com isso esteve em constante lucratividade. Os números, portanto, atraíram investidores e valorizaram os preços das ações de empresas da indústria farmacêutica.

“Apesar de a indústria farmacêutica ter passado a década de 1980 pressionada pela economia, uma série de leis norte americanas, aprovadas durante o governo de Ronald Reagan, facilitou a entrada de novos medicamentos no mercado, mesmo tendo que se adequar às várias novas regulamentações referentes à segurança e ao meio ambiente. A década de 80 também foi marcada por uma série de aquisições de pequenas empresas de biotecnologia por grandes indústrias. Estas, já pressionadas por seus investidores a manter o pipeline de lançamentos com produtos novos e inovadores.” ANGELL, 2008.

Na década de 1990 surge um novo ambiente empresarial no qual se caractezia um processo acelerado de concentração, a partie de uma série de fusões e aquisições de empresas entre grandes grupos e que tem continuado até período recente. A indústria farmacêutica é confrontada por um clima empresarial mais exigente devido às forças do livre mercado e da globalização. Entretanto, as indústrias farmacêuticas conseguiram aprovar nos EUA leis como, por exemplo, a extensão do prazo efetivo das patentes para 14 anos que, serviu para garantir o retorno dos investimentos com o desenvolvimento e marketing do produto.

“Aqui o lobbying no governo e órgãos reguladores além do marketing para a classe médica (e também para o público leigo) começou a serem mais ativos e isto se tornou essencial para a sobrevivência das grandes corporações.” ANGEL, 2008.

A partir dos anos 2000, surge o Projeto Genoma Humano, que tem como objetivo melhorar e individualizar o diagnóstico, tratamento e prevenção das doenças com grandes benefícios para a humanidade. Atualmente as indústrias farmacêuticas continuam entre as mais lucrativas em escala global.

”A posição conquistada pela indústria tem sido defendida de forma agressiva por meio de barreiras de entrada, principalmente pelo uso extensivo dos direitos do período de patente, do processo de reestruturação empresarial – mediante fusões e aquisições –, com grandes investimentos em lobbying e marketing.” ANGEL, 2008.

Mercado atual da indústria farmacêutica

O mercado da indústria farmacêutica representa um dos mercados de maior importância no cenário mundial tanto pelo volume de vendas, que teve um faturamento anual de cerca de R$57 bilhões em 2013 de acordo com a Folha (2013), quanto pela importância à saúde da população em geral.

Historia da Indústria Farmacêutica no Brasil

Os jesuítas que desembarcaram na nova colônia portuguesa, foram os que começaram a prática farmacêutica no Brasil, uma vez que eles atuavam como boticários, preparando remédios e tratando doentes. A colônia portuguesa, contudo, permitiu o funcionamento de boticas no territorio da colônia em 1640, melhorando o comércio local de medicamentos.

No século XIX, as boticas passaram a ser denominadas farmácias e foi quando a profissão de farmacêutico começou a se institucionalizar na Europa e no Brasil e é então neste período que a farmácia e a insdústria começam a se destinguir. O período de transição do comércio para a indústria aconteceu na segunda metade do século XIX, quando as farmácias manipulavam,

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