Adendo De Dendonda
Trabalho Escolar: Adendo De Dendonda. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: gigaporter • 1/9/2014 • 1.406 Palavras (6 Páginas) • 225 Visualizações
Como em todas as suas obras Chaplin aponta bastante para as situações reais do mundo em que vivemos hoje, e como sempre a história da humanidade agrega a herança e traços do passado, o filme Tempos Modernos mostra exatamente o que é o abusivo regime trabalhista, onde na época as pessoas trabalhavam muito e ganhavam muito pouco. Mostra a extrema diferença entre a classe trabalhadora e os burgueses em geral, deixando em forte evidência a exploração nas categorias operacionais das empresas. Através de exagerada carga horária de trabalho, produção apenas aumentando, e as condições subumanas a que essas pessoas eram expostas nos seus locais de trabalho. Mostra que essa luta por carga horária menor, o aumento de salário e boas condições para trabalhar não existe há pouco tempo, mas desde a Revolução Industrial. O filme salienta bastante que a exploração era grande para que a produção aumentasse, mas que o salário que essas pessoas recebiam pelos seus trabalhos muitas vezes não podia pagar o preço do produto que produziam, o que sem dúvida podia ser considerado como algo injusto. Também fala um pouco a respeito da troca de trabalho humano pelo trabalho de máquinas, onde haveriam muitos dispensados após adotarem a esse método de trabalho. O controle inflexível, mecanicista, elevou enormemente o desempenho das indústrias, todavia, igualmente gerou demissões, insatisfação e estresse para seus subordinados e sindicalistas. É um excelente filme sobre a história da Revolução Industrial retratando a abordagem básica da Escola Científica que se baseia nas tarefas, uma teoria iniciada no começo do século passado pelo Engenheiro Frederick W. Taylor teve inúmeros seguidores como Gantt, Gilbreth, Emerson, Ford e Barth. E com certeza é um filme que vale à pena assistir.
HISTÓRIA:
Trata-se do último filme mudo de Chaplin, que focaliza a vida urbana nos Estados Unidos nos anos 30, como se pode constatar no filme, se deu inicio imediatamente após a crise de 1929, quando a depressão atingiu toda sociedade norte-americana, levando grande parte da população ao desemprego e à fome.
O tema central do filme é o esmagamento sofrido pelo indivíduo em um mundo racionalizado e a impossibilidade de sobrevivência de um espírito livre e alegre no planeta da mecanização, dos grandes negócios, da polícia - braço direito opressor do Estado.
O personagem principal do filme é Carlitos, o personagem clássico de Chaplin, que ao conseguir um emprego em uma grande indústria, transforma-se por acaso em líder grevista, preso injustamente, acostuma-se com a vida de presidiário, quando solto conhece uma jovem, por quem se apaixona.
O filme focaliza a vida do proletariado na sociedade industrial caracterizada pela produção com base no sistema de linha de montagem e especialização do trabalho. É uma crítica à modernidade e ao capitalismo representado pelo modelo de industrialização, onde o operário é engolido pelo poder do capital e perseguido por suas idéias subversivas. Em vários momentos, o filme nos apresenta possibilidades de refletir sobre situações relativas ao trabalho no mundo industrial e as relações entre patrões e empregados.
Em apenas três anos após a crise de 1929, a produção industrial norte-americana reduziu-se pela metade. A falência atingiu cerca de 130 mil estabelecimentos e 10 mil bancos. As mercadorias que não tinham compradores eram literalmente destruídas, ao mesmo tempo em que milhões de pessoas passavam fome. Em 1933 o país contava com 17 milhões de desempregados. Diante de tal realidade o governo presidido por Herbert Hoover, a quem os trabalhadores apelidaram de "presidente da fome", procurou auxiliar as grandes empresas capitalistas, representadas por industriais e banqueiros, contudo, para reduzir o grau de miséria das camadas populares. A luta de classes se radicalizou, crescendo a consciência política e organização do operariado, onde o Partido Comunista, apesar de pequeno, conseguiu mobilizar importantes setores da classe trabalhadora.
Nos primeiros anos da década de 30, a crise se refletia por todo mundo capitalista, contribuindo para o fortalecimento do nazifascismo europeu. Nos Estados Unidos em 1932 era eleito pelo Partido Democrático o presidente Franklin Delano Roosevelt, um hábil e flexível político que anunciou um "novo curso" na administração do país, o chamado New Deal. A prioridade do plano era recuperar a economia abalada pela crise combatendo seu principal problema social: o desemprego. Nesse sentido o Congresso norte-americano aprovou resoluções para recuperação da indústria nacional e da economia rural.
Através de uma maior intervenção sobre a economia, já que a crise era do modelo econômico liberal, o governo procurou estabelecer certo controle sobre a produção, com mecanismos como os "códigos de concorrência honrada", que estabeleciam quantidade a ser produzido, preço dos produtos e salários. A intenção era também evitar a manutenção de grandes excedentes agrícolas e industriais. Para combater o desemprego, foi reduzida a semana de trabalho e realizadas inúmeras obras públicas, que absorviam a mão-de-obra ociosa, recuperando os níveis de produção e consumo anteriores
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