Análise do Macro e Micro Ambiente - São José Futebol Feminino
Por: Aline Prado • 1/3/2016 • Trabalho acadêmico • 3.251 Palavras (14 Páginas) • 1.519 Visualizações
Trabalho Integrado de Marketing - Grupo Favo
Etapa: Análises ambientais
São José Esporte Clube Feminino
ANÁLISE MACRO AMBIENTAL
4.1 Econômico
Atualmente, a economia Brasileira tem passado por momentos de crise, um dos fatores que confirmam esta hipótese é o aumento descontrolado da inflação, de acordo com o Jornal Estadão (2015) com dados retirados do IBGE (2015) a inflação acumulada durante o ano chega a 8,52% sendo considerada a maior desde 1996.
Ainda na reportagem, segundo a organização para cooperação de desenvolvimento econômico, o Brasil vive um momento crítico e devido às altas dívidas públicas, a estimativa é que a economia encolha 3,5 % em 2015 e 1,5 % em 2016 e a inflação final chegará a 9,4%, porém cairá pela metade em 2016.
Contudo, em um aspecto regional é valido ressaltar que, apesar da crise, de acordo com os dados da Prefeitura de São José dos Campos, cidade onde está situado o time feminino de mesmo nome, é conhecida como um dos maiores centros industriais do país, sempre atraindo novos empreendimentos em seu polo industrial, contando com grandes empresas como Embraer e GM e de acordo com o IBGE (2012), o produto interno bruto do município é de R$ 43.643,51, o oitavo do estado e vigésimo primeiro PIB mais alto do Brasil.
Os primeiros sinais da crise atual foram divulgados oficialmente em agosto de 2014 quando, de acordo com o IBGE (2014), o Brasil entrou em recessão técnica e em concordância com Leandro Henrique (2014), no segundo trimestre do ano, o número de empresas abertas no país começou a ter um encolhimento significativo de 13,4% se comparado ao mesmo período de 2013.
Um dos muitos setores atingidos pela Recessão em 2014 foi o futebol, segundo um levantamento realizado pela consultoria Pluri (2014), a receita dos clubes acompanhou os resultados baixos de 2013 e não cresceu, a estimativa constatou uma queda de 7% no crescimento dos clubes. Entretanto, apesar desta queda, o futebol brasileiro, de acordo com Deloid (2013) era até então, o sexto mais rico do mundo sendo que a renda com marketing contribuiu com 19%, através acordos como o de patrocínio de camisas, que em alguns times chegou a movimentar mais de 30 milhões.
Apesar dos altos investimentos, a participação do futebol feminino na economia do esporte é muito pouca, de acordo com a jogadora Marta (2015), o futebol feminino não é tão valorizado quanto o masculino, mas algumas medidas provisórias para solucionar este problema foram tomadas pelo ministério do esporte que lançou um programa de incentivo segundo a revista Fórum (2015) citando as palavras da Presidente Dilma: “Na MP do Futebol, novas regras vão permitir aos clubes condições para renegociar suas dívidas. Em troca, os clubes terão de investir no futebol feminino, mantendo e incentivando as equipes e as atletas”.
Contudo, apesar da crise, a maior parte dos investimentos atuais no esporte é alta e é realizada em grandes times, como por exemplo, a parceria feita entre o Flamengo e a Adidas, que segundo o Estadão, este girou em torno dos 38 milhões.
Análise:
Pode-se analisar que o mercado financeiro brasileiro está passando por crises, mas que mesmo assim o setor do futebol cresce e ganham investimentos altos ao longo do ano. Por ser uma paixão nacional e ganhar cada vez mais seguidores, as empresas sempre procurem investir em patrocínio neste setor esportivo, por isso apesar das crises que o país sofre, o crescer ainda ganha altos investimentos.
4.2 Político-legal
Algumas leis interferem na administração de um time de Futebol fazendo com que o grupo de gestão do clube sempre esteja ligado em o que pode ou não fazer, saber os limites da parte administrativa deste. Como também algumas leis estão ligadas diretamente entre o esporte e problemas sociais. De acordo com Falcone (2006), algumas leis podem ajudar tanto os clubes com que eles chamem atenção para serem mais reconhecidos, como também o futebol em si pode interferir e mudar a realidade social trazendo uma educação diferenciada e ligada ao esporte para as crianças e jovens de comunidades carentes.
Segundo Silva (65-67,1995) a Lei Zico n° 8.672 de 6 de julho de 1993 “estabelece o esporte como prioridade nacional [...] com a finalidade de alcançar o desenvolvimento integral e a formação da cidadania de nossas crianças e jovens, ligando a interação esportiva com a comunidade sem alguma discriminação. É obrigação do estado estimular o desenvolvimento do lazer como forma de promoção social” (Revista.min.Educ.Fís.Viçosa,:65-67,1995)
De acordo com Sinedino (2008) para alguns donos de clubes de time de futebol, a Lei Pelé n° 9.615 de março de 1998 foi um desmotivador para a realização dos trabalhos na gestão dos jogadores, pois a lei defende e estimula uma “liberdade” maior aos jogadores, fazendo com o que ele seja dono da prestação de seu próprio trabalho, além disso, a lei defende um tipo de exploração que ocorria muito antes da lei ser revigorada, a lei permite que apenas jogadores acima de 16 anos tenham contrato com clubes. Contratos com jogadores com uma idade menor que está é considerado um contrato ilegal segundo as normas da Lei.
A desmotivação dos gestores vem exatamente pelo fato dos jogadores não poderem ser mais propriedade dos clubes podendo sair de qualquer clube e indo para outros, inclusive clubes do exterior quando desejar.
Em concordância com Castellani (2012), o público feminino começou a praticar esportes, especificamente o futebol em meados de 1940, mas o preconceito e discriminação eram persistentes até que ocorreu uma proibição de mulheres praticaram qualquer tipo de esporte. Com isto, em 1979 o CND revogou a deliberação n°7/65 que concedia o direito as mulheres praticarem esportes em qualquer modalidade sem diferenciação ao sexo masculino, fazendo com o que o futebol feminino se desenvolvesse no ano seguinte da deliberação (1980).
Na cidade de São José dos Campos existe uma lei complementar que visa apoiar os projetos esportivos e culturais da cidade, é a Lei de Incentivo Fiscal – LIF n°192/99 de 30 de setembro de 1999. O objeto dessa lei é ajudar financeiramente o desenvolvimento de diversos projetos no munícipio, sendo eles esportivos ou culturais que tem como foco a interação social com pessoas de baixa renda.
Análise:
Mesmo com algumas leis que interferem na gestão de um clube esportivo, pode-se
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