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Analise De Investimentos

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Por:   •  9/9/2014  •  1.417 Palavras (6 Páginas)  •  233 Visualizações

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CONTEXTO ECONÔMICO

1.1 EVOLUÇÃO DO PIB NACIONAL

O PIB (Produto Inter Bruto) tem como objetivo medir o ritmo da atividade econômica de um país (produção, investimento, consumo, etc).

Pode ser calculado de três formas: somando tudo o que é produzido no país (indústria, agropecuária e serviços), ou somando tudo o que é comprado no país (famílias, governo, investimentos) ou ainda a soma de todas as remunerações do país (salários, aluguéis, lucros e juros). Independente da escolha do cálculo, todos os resultados devem ser iguais.

De acordo com o FMI, o Brasil atualmente é a 7ª maior economia do mundo, atrás apenas dos EUA, China, Japão, Alemanha, França e Reino Unido.

Nos primeiros semestres de 2009 o PIB sofreu uma queda, mas logo se recuperou nos 2 últimos trimestres, e desde então vem apresentando uma variação positiva. Em 2012 o volume do PIB totalizou R$ 4,4 trilhões, e em 2013 R$ 4,84 trilhões, ou seja, um aumento de aproximadamente 10%. O gráfico 1 mostra a variação trimestral do PIB brasileiro.

Gráfico 1 – PIB Valores Correntes – Variação (%)

FONTE: IBGE.

Pode-se notar que desde o 2º trimestre de 2009 que o PIB Brasileiro não apresenta um decrescimento, porém, a variação vem sendo cada vez menor, e, segundo dados do Boletim Focus publicado pelo Banco Central em 22 de Agosto, a expectativa do crescimento do PIB é de 0,7% e 1,2% para os anos de 2014 e 2015, respectivamente, ou seja, uma continuação na queda da taxa de crescimento anual.

1.2 EVOLUÇÃO DA TAXA DE JUROS BÁSICA DA ECONOMIA (SELIC)

A Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) é um dos principais instrumentos de política monetária do país, é a taxa que incide sobre os financiamentos diários lastreados a títulos públicos. A Tabela 1 mostra o histórico da taxa Selic nas últimas 9 reuniões do Copom (Conselho de Política Monetária), que é o órgão que estabelece as diretrizes da política monetária.

Tabela 1 – Histórico das taxas de juros

Observa-se neste período de aproximadamente um ano, a taxa subiu 2,5%. Os possíveis efeitos no curto prazo são:

- aumento na rentabilidade dos fundos DI pós-fixados, pois normalmente estes fundos seguem a Selic.

- um aumento na Selic, leva um aumento das taxas de captação dos bancos e instituições financeiras e assim, cobram mais pelos seus empréstimos.

Portanto, quando o Copom decide aumentar a Selic, sua intenção é de conter a demanda, estimulando a poupança, e permitindo um maior controle sobre a inflação.

1.3 EVOLUÇÃO DA INFLAÇÃO

A inflação é um aumento generalizado no nível de preços em determinado período de tempo. Isto pode ocorrer principalmente por 3 motivos:

- Inflação Monetária: quando há uma grande e descontrolada emissão de moeda por parte do governo.

- Inflação de Demanda: quando há uma demanda por determinado produto muito grande, maior do que a capacidade produtiva do país.

- Inflação de Custos: quando há um aumento nos custos de produção de alguns produtos (máquinas, mão-de-obra).

No Brasil, existem diversos índices diferentes para medir a inflação de determinado período, alguns deles são: IGP (Índice Geral de Preços), IPC (Índice de Preços ao Consumidor), INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

No caso do IPC, é calculado a partir da variação dos preços de produtos e serviços das 6 principais cidades do país.

O INPC mede a alteração de preços de produtos e serviços em uma faixa salarial mais baixa (até 5 salários mínimos), pois a alteração dos preços é mais sensível nesta faixa.

E o IPCA, índice que utilizaremos para análise, abrange famílias com rendimentos mensais entre 1 e 40 salários mínimos das principais cidades e regiões metropolitanas do país, abrangendo 90% das famílias brasileiras.

Devido à alta inflação e a queda do crescimento da economia nos anos 80, que se estendeu até a década de 90, o Banco Central resolveu estabelecer metas para a inflação, como mecanismo de combate a alta inflação. Neste sentido, o Banco Central deve atuar de tal forma que mantenha a inflação dentro desta meta.

O Gráfico 2 a seguir mostra a evolução da inflação nos últimos anos.

Gráfico 2 – Inflação Efetiva (IPCA % a.a)

FONTE: IPEADATA

Pode-se observar que no ano de 2011 a inflação chegou ao limite do teto da meta. Quando isso ocorre, a economia brasileira sofre tanto interna quanto externamente. Alguns dos efeitos são:

- Desvalorização do real: a moeda nacional vai perdendo o seu valor, e os trabalhadores, que não contém reajustes constantes, não conseguem mais consumir os produtos ao preço anterior. Com isso, a moeda estrangeira fica mais cara, encarecendo assim as importações.

- Elevação da taxa de juros: é utilizado como forma de conter a inflação. Juros altos, menor consumo, forçando os preços a caírem. Porém, isto desestimula o financiamento, prejudicando os investimentos internos no setor da produção, no mercado imobiliário e na venda de bens duráveis.

- Redução de investimentos: os empresários preferem alocar os seus recursos em instituições financeiras do que investir no setor produtivo, pois dá a ideia de que o dinheiro está rendendo mais.

- Aumento da especulação financeira: especuladores em busca de retornos maiores investem nos países que estão com altas taxas de juros. Esta entrada e saída rápida de capital é prejudicial, pois gera uma instabilidade no mercado de câmbio.

- Aumento do desemprego: quando ocorre a redução dos investimentos no setor da produção, consequentemente ocorre um aumento da taxa de desemprego.

1.4

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