Atps De Contabilidade
Artigo: Atps De Contabilidade. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: souzaana • 14/10/2013 • 1.284 Palavras (6 Páginas) • 265 Visualizações
A Associação Americana de Contadores, AAA (1957 apud IUDÍCIBUS, 2009) define passivo
como sendo “os interesses dos credores reclamados contra a entidade e derivam de atividades
passadas ou eventos, que, usualmente, requerem, para sua satisfação, o gasto de recursos
corporativos”.
Para Sprouse e Moonitz (1962), o passivo representa as obrigações que uma entidade assume
perante terceiros para obter ativos ou realizar serviços e essas obrigações, normalmente, são
resultantes de transações que ocorreram no passado ou no presente, no entanto, devem ser
liquidadas no futuro. Contudo, essa definição ainda se apresenta limitada, pois conduz a idéia
de que o passivo é apenas decorrente de transações.
O conceito trazido por Most (1986), no entanto, apresenta a definição do passivo corrigindo
esta lacuna deixada, incluindo na definição a idéia de eventos. Para o autor, o passivo
representaria prováveis sacrifícios econômicos que ocorreriam no futuro que seriam
provenientes de obrigações atuais de uma entidade particular quando transferissem ativos ou
fornecessem serviços a outras organizações no futuro, como resultado de transações ou
eventos que ocorreram no passado.
A definição mais abrangente é aquela sugerida pelo FASB mediante o § 35 do SFAS 6 que
diz ser os passivos “sacrifícios futuros prováveis de benefícios econômicos resultantes de
obrigações presentes de uma entidade no sentido de transferir ativos ou serviços para outras
entidades no futuro em conseqüência de transações e eventos passados”. Esta definição
apresenta o fato gerador da obrigação como o ponto forte da determinação da ocorrência do
passivo e abrange o conceito ao falar de “transações e eventos”, considerando aspectos
ausentes nas definições preliminarmente abordadas, por isso, este conceito é o que é mais
aceito pela comunidade atualmente.
O reconhecimento de passivos ambientais torna-se cada vez mais relevante. Segundo Borba e
Rover (2006), a mensuração dos gastos de origem de um passivo ambiental pode ser em
decorrência de um evento ou uma transação que reflita a interação da organização com o meio
ambiente, cujo sacrifício econômico ocorrerá no futuro. Ou seja, gastos como aquisição de
ativos para contenção de impactos ambientais, pagamento de multas por infrações ambientais
e gastos para compensar danos ao meio ambiente podem ser classificados neste grupo. A
influência dos passivos ambientais nos cálculos de resultados e do valor da empresa tem
ganhado importância e reconhecimento no mercado, conforme concluiu Bae (2005), em sua
pesquisa, ao afirmar que “os resultados são consistentes com a noção de que o potencial
passivo ambiental pode criar ruído em um sistema de contabilidade da empresa em geral e os
seus ganhos em particular.” Para este mesmo autor, “criar ruído” significa menor
confiabilidade na informação.
Farias (2006) tenta demonstrar por meio de conceitos e exemplos que as obrigações
construtivas estão relacionadas, em muitos casos, com a responsabilidade social das empresas
e que tais exigibilidades se diferenciam das obrigações legais pela sua natureza. Para esse
autor, os motivos que levam as empresas a incluir, em seus passivos, as obrigações que
extrapolam os marcos legais são: a consciência da sua responsabilidade social; a necessidade
de manter uma boa imagem perante a sociedade, tendo em vista a aceitação de seus produtos
ou serviços; e, as exigências do mercado.
receita
analisar a natureza de uma receita, Hendriksen e Van Breda (2007) chamam a atenção de que
“em nível mais fundamental, receita é aumento de lucro”. Embora os próprios autores
critiquem o fato de tentar se definir receitas e despesas a partir dos seus efeitos, ou seja, o
Na definição do FASB (1975 apud HENDRIKSEN; BREDA, 2007), “receitas são entradas ou
outros aumentos de ativos de uma entidade, ou liquidações de seus passivos (ou ambos),
decorrentes da entrega ou produção de bens, prestação de serviços, ou outras atividades
correspondentes a operações normais ou principais da entidade”. Essa definição parte da
entrada do dinheiro na entidade, dentro de uma abordagem voltada ao foco de recebimentos à
vista sem considerar o recebimento à prazo e características inerentes à este fim. Em uma
visão mais moderna, tende-se a reconhecer as receitas como um fluxo, mas não um fluxo
financeiro, e sim um fluxo de criação de
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