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Balanço Patrimonial Analise Vertical

Por:   •  29/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.868 Palavras (8 Páginas)  •  601 Visualizações

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Balanço Patrimonial

Analise Vertical

A partir da Análise Vertical da estrutura patrimonial foi possível verificar que, em 2013, o Ativo Circulante correspondia a 64,97% do ativo total da empresa. Esse total caiu para 58,65% em 2014. As aplicações financeiras no primeiro ano respondiam por 20,22% das contas do Ativo Circulante. Esse percentual caiu para 4,63% em 2014. Nos dois anos analisados, os estoques ocuparam posição de destaque no total dos ativos, participando respectivamente com 13,91% e 16,32%. Esse comportamento se relaciona diretamente com o aumento das vendas. O ativo não circulante correspondia a 30,05% do total de ativos em 2013. Essa relação aumentou para 41,35% em 2014. No Passivo circulante houve um decaimento de percentual passando de 30,18% (2013) para 27,30% (2014), nota-se também uma diminuição dos empréstimos e financiamentos em moeda estrangeira passando de 4,87%, em 2013, para 1,82% em 2014. No passivo não circulante os empréstimos e financiamentos também foram reduzidos, passando de 8,37% em 2013 para 5,98%% em 2014. A conta capital social realizado, do patrimônio líquido, é de grande expressão, correspondendo a 18,58% do total do passivo em 2013 e 17,78% em 2014.

Analise horizontal

A Análise Horizontal mostra, na estrutura do Ativo, uma involução de -2,08% na parcela do Circulante do exercício de 2013 em relação ao de 2014 (ano-base), influenciado, em boa parte, pela diminuição das aplicações financeiras (-75,13%) e dos títulos disponíveis para venda (-75,13%). No ativo não circulante, observa-se um crescimento de 5,65% nos anos analisados, destaque para o aumento de 179,03% no Intangível e 21,28% no Imobilizado em operação, em relação ao exercício de 2013. No Passivo, o Circulante cresceu 10,1% em 2001 e 81%, em 2002. No passivo não circulante houve uma involução de empréstimos, financiamentos e debêntures, que representaram 42% do total do Passivo Circulante. O Exigível a Longo Prazo caiu 10,6% em 2002, em relação a 2001. No patrimônio líquido observa-se uma evolução de 14,52%, influenciados pelo crescimento do capital social, reservas de lucros e ações em tesouraria.

DRE

A Análise Vertical do Demonstrativo de Resultados da Perdigão mostra que a relação das vendas no mercado interno / receita operacional líquida (ROL) caiu de 2000 para 2001, passando de 88,1% para 72,1%. Esse percentual passou para 73,2% em 2002 Por outro lado, a participação das exportações cresceu de 29,1% para 42,5% em 2001, passando para 41,3% em 2002. Esses dados mostram o que já tinha sido concluído na análise horizontal, ou seja, maiores e melhores condições de concorrência no mercado externo, e, por conseguinte, mais receita. O custo das vendas apresentou um comportamento oscilante. Em 2000 representava 75,8% da ROL. Em 2001, esse percentual caiu para 67,1% e, por fim, em 2002 subiu para 72,1%. A análise permite concluir que as despesas com vendas vêm aumentando em relação à ROL. Essas despesas são variáveis de acordo com a receita. O mesmo comportamento foi verificado nas despesas financeiras. Em 2002, o índice foi de 7,5%, ao passo que, em 2001, foi de 5,0%, e, em 2000, de 3,6%. Esse dado pode ser justificado pelo grande aumento das despesas financeiras devido ao aumento do endividamento decorrente da desvalorização cambial, conforme mencionado anteriormente. A variação dessas duas contas de despesas fez com que a relação despesas totais/ROL passasse de 21,3%, em 2000, para 22,9% em 2001 e 27,8% em 2002. Em conseqüência, o lucro líquido correspondeu a 0,3% do ROL em 2002, enquanto que, em 2001, esse índice fora de 6,9% e, em 2000, de 2,6%.

 A Análise Horizontal da DRE mostra que as vendas aumentaram 35,5% em 2001 e 61,7%, em 2002, comparando-se a 2000. Percentualmente, um grande salto ocorreu nas vendas ao mercado externo. Em 2001, foram 102% maiores que 2000 e, em 2002, 135,4% maiores. As exportações da Perdigão não cresceram somente em receita (devido apenas à variação cambial), mas também, em volume. Esse aumento foi propiciado não apenas pela oportunidade gerada pela doença da “vaca louca” (uma vez que o Estado de Santa Catarina era considerado área não afetada) e febre aftosa na Europa, mas também pela conquista efetiva de mercados em países europeus, asiáticos e do Oriente Médio, através da competitividade com custos menores de produção, da inovação tecnológica, da qualidade nos processos e produtos, envolvendo, ainda, a rastreabilidade dos animais. O aumento da receita no mercado interno, 12,9% em 2001 e 37,4% em 2002, é fruto, entre outras razões, da constante preocupação com o atendimento dos anseios do mercado resultando nos lançamentos de novas linhas e produtos. Pode-se citar ainda a estratégia de focar suas operações logísticas no aumento da eficiência e na redução dos custos, construindo centros de distribuição para alcançar longas distâncias através de pontos de cross-dockings. O resultado das vendas impactou positivamente o lucro bruto. Este, em 2001, foi 87,1% superior a 2000 e, em 2002, 90,2% superior ao ano 2000. Em contrapartida, as despesas apresentaram comportamento crescente em 2000, 2001 e em 2002. Em 2002, as despesas com vendas foram 95,2% maiores do que em 2000. O mesmo ocorreu com as despesas gerais e administrativas: 25,3%, em 2002, maiores que 2000. Um grande aumento ocorreu com as despesas financeiras. Em 2001, foram 91% a mais do que em 2000 e, em 2002, 246,7%. O aumento no endividamento líquido foi resultante da desvalorização cambial, dos investimentos realizados e da necessidade de capital de giro adicional, para aumento de estoques de matérias-primas, animais e produtos acabados.

As despesas, no total, cresceram, em 2001, 48% e, em 2002, 115,5% em relação ao ano 2000. Assim, o resultado da atividade (lucro operacional) sofreu grande influência, passando de forte recuperação em 2001 (372,3%) para forte queda em 2002 (redução de 95,1% em relação a 2000). O lucro antes dos impostos sofreu reflexo direto da tendência negativa do lucro operacional, destacando-se o ano de 2001, com forte crescimento (353,1%), mas com decréscimo significativo em 2002 (95,6%). No que se refere ao lucro líquido, verifica-se que o ano de 2001 apresentou um resultado positivo, com crescimento de 270,7%, enquanto que, em 2002, houve uma redução de 81,9% em relação ao exercício de 2000.

A análise vertical, considerado um dos principais instrumentos de análise de estrutura patrimonial, consiste na determinação dos percentuais de cada conta ou cada grupo de contas do balanço patrimonial, em relação ao valor total do Ativo ou Passivo. Do mesmo modo a análise vertical determina a proporcionalidade das contas do demonstrativo de resultado em relação à Receita Líquida de Vendas, considerado como sua base. Em relação ao balanço patrimonial, ela procura sempre mostrar, de um lado, a proporção de cada uma das fontes de recursos e, de outro, a expressão percentual de cada uma das várias aplicações de recursos efetuadas pela empresa. Comparando-se exercícios subseqüentes, podemos constatar a mudança da política da empresa, quanto à obtenção e à aplicação de recursos

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