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CUSTOS INDUSTRIAIS

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Por:   •  28/9/2013  •  Tese  •  3.304 Palavras (14 Páginas)  •  456 Visualizações

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2 – DESENVOLVIMENTO

Segundo Martins (2003) até a Revolução Industrial somente havia a Contabilidade Financeira (ou geral) decorrente da Era Mercantilista, que atendia as empresas estritamente comerciais.

No entanto para apuração do resultado no período e a apuração do Balanço era necessário o levantamento dos saldos dos estoques em termos físicos, sendo que seus valores monetários eram extremamente simples. (MARTINS, 2003, p.20).

Com o passar do tempo o advento da indústria tornou-se mais complexa a função do Contador, ou seja, a confecção do Balanço tornou-se complexo, pois antes da apuração do Balanço é necessária à apuração do resultado do exercício e antes da apuração do resultado é necessária à apuração dos estoques, sendo que os valores dos estoques passaram de somente custos com aquisição de mercadoria para custos de produção, no qual envolve vários fatores a serem levados em consideração. (MARTINS, 2003, p. 20).

Desta forma Martins (2003) enfatiza que a Contabilidade de Custos tornou-se uma ferramenta de estratégia no campo dos negócios:

Nesse seu novo campo a Contabilidade de Custos tem duas funções relevantes: o auxílio ao Controle e a ajuda às tomadas de decisões. No que diz respeito ao Controle, sua mais importante missão é fornecer dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de previsões e, num estágio imediatamente seguinte, acompanhar o efetivamente acontecido para comparação com os valores anteriormente definidos. No que tange à Decisão, seu papel reveste de suma importância, pois consiste na alimentação de informações sobre valores relevantes que dizem respeito às conseqüências de curto e longo prazo sobre medidas de introdução ou corte de produtos, administração de preços de venda, opção de compra ou produção etc. Resumido, a Contabilidade de Custos acabou por passa, nessas últimas décadas, de mera auxiliar na avaliação de estoques e lucros globais para importante arma de controle e decisões gerenciais. (MARTINS, 2003, p.22).

Antes de estudarmos os mecanismos utilizados para a contabilização do custo industrial, será necessário conhecer alguns conceitos básicos, que facilitarão o entendimento da matéria. A palavra custo possui significado muito abrangente, pode ser utilizado para representar o custo de mercadorias vendidas em uma empresa comercial ou mercantil, custo dos serviços prestados por uma empresa de realização de serviços e custo de fabricação ou industrialização em uma empresa industrial. Como o objeto de nosso estudo é tão somente a empresa industrial e mais precisamente a função de sua produção, vamos nos ater somente ao terceiro objetivo. Considerando ainda que toda e qualquer empresa tenha por finalidade obter um lucro em suas atividades, temos ainda que o cálculo do preço de custo seja um dos problemas mais difíceis e complexos de uma indústria. Existe uma enorme dificuldade em saber o valor que corresponde a um ou a cada espécie de produto industrializado durante um mesmo período, diante disto veremos alguns tópicos importantes:

2.1 CUSTOS INDUSTRIAIS

Pelo exposto acima, podemos conceituar que Custo industrial, compreende a soma dos gastos com bens ou serviços aplicados ou consumidos na produção de outros bens ou utilidades. Todo o custo é formado por três elementos básicos essenciais de características econômicas que se integram na formação de uma nova utilidade, a saber.

2.2 MATERIAIS

Os materiais empregados ou utilizados na fabricação de um produto podem ser classificados por nomes genéricos, conforme a sua participação física ao produto, tais como:

Matérias primas - são os materiais principais e essenciais que entram em maior quantidade na fabricação do produto. A matéria prima passa para uma indústria de móveis de madeira é a madeira; para uma indústria de confecções é o tecido; para uma indústria de massas alimentícias é a farinha;

Materiais secundários - são os materiais que entram em menor quantidade na fabricação do produto. Esses materiais são aplicados juntamente com a matéria prima, complementando-a ou até mesmo dando o acabamento necessário ao produto. Os materiais secundários para uma indústria de móveis de madeira são: pregos, cola, verniz, dobradiças, fechos, etc. ; para uma indústria de confecções são: botões, zíperes, linha, etc. ; para uma indústria de massas alimentícias são: ovos, manteiga, fermento, açúcar, etc. ;

Materiais de embalagens - são os materiais destinados a acondicionar ou embalar os produtos, antes que eles saiam da área de produção. Os materiais de embalagens, em uma indústria de móveis de madeira, podem ser caixas de papelão, que embalam os móveis desmontados; em uma indústria de confecções, caixas ou sacos plásticos; em uma indústria de massas alimentícias, caixas, sacos plásticos etc.

2.3 MÃO DE OBRA

Compreende os gastos com pessoais envolvidos na produção da empresa industrial, e que consiste tanto no trabalho físico ou mental, sobre a matéria para transformá-la em nova utilidade, tais como: salários, ordenados, encargos sociais e outros benefícios estendidos aos funcionários.

2.4 ESTRUTURAIS

Compreende os demais gastos necessários para a fabricação dos produtos, como: aluguéis, energia elétrica, serviços de terceiros, manutenção da fábrica, depreciação, seguros diversos, material de limpeza, óleos e lubrificantes para as máquinas, pequenas peças paras reposição, telefones e comunicações, etc.

Podem ser classificados em Gastos Gerais Diretos quando incidem diretamente na fabricação, sendo facilmente identificados as suas quantidades e os seus valores em relação aos produtos e Gastos Gerais Indiretos quando não houver meios seguros que permitam perfeita identificação do gasto em relação ao produto.

2.5 UNIDADES EQUIVALENTES DE PRODUÇÃO

Considera - se equivalentes de produção, toda transformação de unidades em processamento em equivalentes unidades prontas, ou seja, a dificuldade é quanto uma unidade em processamento equivale em relação a uma unidade totalmente acabada. Quando ficam produtos em processo no final do período, é preciso determinar o estágio de fabricação (grau de acabamento) em que se encontram essas unidades para poder distribuir os Custos de Produção entre as unidades concluídas e as que ficaram em processo.

Quanto uma unidade em processamento equivale em relação a

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