DIFUSÃO DE INOVAÇÕES
Ensaios: DIFUSÃO DE INOVAÇÕES. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: jessicaleane • 1/8/2014 • 3.324 Palavras (14 Páginas) • 264 Visualizações
METODOLOGIA PARTICIPATIVA DE CAPACITAÇÃO E MOBILIZAÇÃO DA POPULAÇÃO RURAL.
A metodologia participativa é entendida como um processo contínuo, caracterizado por não ser estático. É uma base para o trabalho com enfoque participativo que precisa ser adaptada, a cada instante, de acordo com cada grupo alvo e sua realidade. Não adianta tentar aplicá-la em cada momento de uma forma igual, usando as mesmas ferramentas, na mesma seqüência e no mesmo ritmo temporal.
Existem seis etapas descritas a seguir, que definem algumas exigências a serem cumpridas, para garantir melhores efeitos do trabalho desenvolvido:
Etapa 1: Sensibilização e Mobilização;
Etapa 2: Diagnóstico Participativo;
Etapa 3: Planejamento Participativo;
Etapa 4: Execução de Atividades e Projetos Específicos;
Etapa 5: Monitoramento, Avaliação, Acompanhamento e Replanejamento.
ETAPA 1: SENSIBILIZAÇÃO E MOBILIZAÇÃO
A etapa da Sensibilização e Mobilização é um pré-requisito para o início do trabalho participativo e passa por algumas seqüências:
• Selecionar municípios e comunidades rurais onde serão desenvolvidos o trabalho de desenvolvimento local sustentável. Esta escolha depende dos critérios elaborados pelo grupo técnico, em conjunto com os representantes das instituições responsáveis. Critérios como, por exemplo, a existência de desejos da população em gerar mudanças e a receptividade às práticas de autogestão. Além disso, há vários outros critérios a serem definidos para desenvolver, eficientemente, este tipo de trabalho;
• Reunir os técnicos facilitadores, representantes dos municípios, comunidades e grupos selecionados, suas lideranças, porta-vozes e parceiros importantes, para explicar e discutir o procedimento do trabalho a ser desenvolvido. É importantíssimo deixar bem claro que o sucesso do trabalho depende, em primeiro lugar, da participação ativa da população envolvida e da sensibilização e mobilização para que as coisas aconteçam;
• Reunir com a comunidade ou grupo escolhido para apresentar o trabalho a ser desenvolvido, perceber a aceitação deste trabalho pela comunidade, discutir datas sugeridas pelo grupo alvo, definir o espaço temporal disponível dos envolvidos e estabelecer os próximos passos.
Não se deve ignorar a disponibilidade sugerida pela população!
A única coisa que não deve ser aceita pelos técnicos facilitadores é o desejo, muitas vezes declarado pelas pessoas, de desenvolver este trabalho nos finais de semana e/ou à noite, porque, assim, os técnicos facilitadores entram em choque com as regras da empresa e as leis trabalhistas(pagamento dobrado nos feriados, finais de semana, etc). Todo o trabalho a ser desenvolvido é um trabalho de respeito mútuo!
No caso de não haver nenhuma restrição para trabalhar nos fins de semana e se todos os envolvidos concordarem, o trabalho nestes dias pode ser tranquilamente desenvolvido.
ETAPA 2: O DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO
Esta etapa é caracterizada pela análise participativa da situação, que prepara o terreno e faz parte do processo de planejamento. Por meio do diagnóstico serão identificados e priorizados, de forma participativa, os problemas e potencialidades da comunidade diagnosticada.
Para o levantamento e análise da realidade através das ferramentas do Diagnóstico Participativo é importante usar, pelo menos, três fontes diferentes de informação, chamada triangulação. Por meio da triangulação podem ser obtidas informações mais precisas e complementares como, por exemplo, dados secundários, entrevistas semi-estruturadas e diversos diagramas que logo serão explicados.
1.ALGUMAS FERRAMENTAS IMPORTANTES
1.1 Análise de Dados Secundários
Objetivo:
Por meio de dados secundários como, por exemplo, dados estatísticos sobre os recursos hídricos, solo, produção, educação e saúde, é possível construir uma visão global sobre uma determinada região e/ou município, conhecendo suas potencialidades e problemas em geral.
Descrição:
O levantamento dos dados ocorre, geralmente, antes de uma atuação prevista pelos técnicos responsáveis. É um momento em que todos os projetos e programas municipais, estaduais e federais existentes, além daqueles pertencentes às organizações não-governamentais que atuem na região, serão conhecidos e pesquisados para que os técnicos responsáveis possam contribuir durante o processo de planejamento estratégico e operacional nas comunidades rurais com informações mais precisas.
Pré-requisitos:
Serão analisadas as estatísticas e pesquisas existentes.
Tempo e recursos financeiros:
Conforme as condições e o ritmo de trabalho de cada técnico envolvido, serão gastos tempo e dinheiro.
1.2 Questionários
Objetivo:
Os questionários são bastante útéis no decorrer do processo de planejamento participativo, quando são definidas as atividades específicas que precisam de informações mais amplas para serem executadas.
Por exemplo: uma comunidade está consciente de que seu principal problema é o acesso à rede de energia, que em algumas partes da comunidade já existe. Para poder negociar com as entidades fornecedoras de energia e com o poder público, é necessário saber a quantidade exata de casas que ainda estão sem acesso, a distância entre as casas, a rede existente e outras coisas mais.
Descrição:
A população precisa ser tecnicamente apoiada com conhecimentos específicos, sobretudo na hora de elaborar, multiplicar e aplicar estes questionários. A necessidade de elaborar e aplicar questionários depende sempre do processo de planejamento participativo. A prática coletiva mostra que as pessoas assumem responsabilidades e entram em ação quando existe uma necessidade comum, produzindo resultados significantes.
Pré-requisitos / Tempo:
Conforme as condições e o ritmo do processo de planejamento
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