Dior
Monografias: Dior. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lalinda • 16/6/2013 • 739 Palavras (3 Páginas) • 512 Visualizações
Reposicionamento de marca no setor de luxo
1. Empreendedorismo e arte na alta costura
Christian Dior, como muitos empreendedores, amargou dificuldades no
caminho que o levaria à posição de grande ícone da alta costura. Não conseguiu
concretizar sua paixão pela arquitetura; e depois de pós-graduar-se em Cências
Políticas, a galeria de arte que abriu e em que chegou a exibir pintores de fama foi
arrasada pela crise financeira de 1929. Esse criativo e determinado francês da
Normandia passou a desenhar moda para casas de costura parisienses.
Reconhecido, tornou-se designer dos renomados Robert Piguet e Lucien Lelong. Em
1946, o milionário da indústria textil Marcel Boussac, percebeu o potencial de Dior e
financiou a instalação da maison Dior num endereço que ficaria famoso e abriga a
empresa até hoje, a Avenue Montaigne, 30, em Paris. O clima em seguida à 2ª
Guerra Mundial era propício para suas inovações. A economia, a cultura e os
sentimentos se reconstruíam depois de uma guerra sangrenta em que, pela primeira
vez, cidades inteiras foram alvo de bombardeios de ambas as partes. Em 12 de
fevereiro de 1947, Christian Dior apresentou sua primeira coleção. Carmel Snow,
editora da revista Harper´s Bazaar, ao vê-la, exclamou “It´s a new look!”. Ao
contrário da moda prática da igualmente icônica Coco Channel, o New Look de Dior
valorizava a feminilidade e o glamour, num momento em que o mundo ansiava por
alegrias e emoções. O “tailleur Bar”, o mais famoso da coleção, sugeria a
extravagância luxuosa que caracterizou a marca e que, hoje, voltou à Dior como
traço da sua personalidade. Casaquinho de seda beige, ombros naturais, saia ampla
quase até o tornozelo, cintura estreita e bem marcada. Estava lançado o padrão
estético da moda de luxo dos anos 50.
Rapidamente, Dior tornou-se uma referência da alta costura e a empresa,
diretamente ou sob licenças, passou atuar nos mais importantes mercados do
mundo.
Após a morte do fundador, em 1957, quem assumiu a posição de estilista da
maison Dior foi seu assistente, Yves Saint-Laurent. Jovem e irriquieto, chegou a
provocar polêmica, com a criação de peças vistas por alguns como contrárias às
tradições da marca. Em 1960, Saint-Laurent foi convocado para servir na guerra da
Argélia e, depois, em 1962, abriu sua própria casa. Marc Bohan, um renomado
estilista, ocupou seu lugar. Em seguida a ele, o italiano Gianfranco Ferrè. Mas
nenhum desses três nomes conseguiu perpetuar com a mesma intensidade o brilho
característico do fundador. A mais reverenciada marca da moda, Dior tornou-se uma
Bela Adormecida.
2. Expansão empresarial: Bernard Arnault, Dior e o Grupo LVMH
A explosiva renovação de uma marca tradicional e conceituada do mercado
de luxo, como aconteceu nos últimos anos com a Dior, não se dá sem uma visão
aguçada de empreendedorismo e gestão. Em 1985, o empresário Bernard Arnault
adquiriu a Christian Dior. Como bom francês, Bernard tinha consciência do que o
nome
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