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ESTRUTURA DE MERCADO DO SETOR SUPERMERCADISTA

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Por:   •  18/11/2014  •  1.411 Palavras (6 Páginas)  •  371 Visualizações

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3

2 DESENVOLVIMENTO 4

3 CONCLUSÃO .....................................................................................................6

4 REFERÊNCIAS .....................................................................................................7

1 INTRODUÇÃO

O objetivo desta análise é verificar a evolução da concentração do setor de supermercados do Rio Grande do Sul, compreendendo os últimos vinte anos apresentados pelo estudo “Estrutura de mercado do setor supermercadista do Rio Grande do Sul e identificação do seu grau de concentração” (Santos, 2009), e determinar a estrutura de mercado do setor, o que pode ser verificado pela análise das principais características do mercado. A hipótese inicial é de que o setor apresenta alta concentração, em especial devido às recentes aquisições da gigante Wal-Mart, e de que seu funcionamento organiza-se em torno do oligopólio.

É importante salientar, contudo, que mercados concentrados nem sempre geram prejuízos à sociedade. Firmas com maior parcela de mercado costumam gerar lucros extraordinários, que podem ser reinvestidos na criação de inovações para a indústria, que, por uma ótica Schumpeteriana, seria responsável pelo desenvolvimento da sociedade. Além disso, no caso específico dos supermercados, a economia de escala gerada pelo aumento da firma é um fator que, através da redução dos custos, permite claramente uma redução dos preços ao consumidor.

As estruturas de mercado estão condicionadas em: concorrência perfeita, monopólio, concorrência monopolística (ou imperfeita) e oligopólio. Segundo o trabalho de Everson Vieira dos Santos, a estrutura em que operam as empresas tende a influenciar a conduta, a postura e o desempenho das empresas, o que, por sua vez, traz reflexos sobre o grau de satisfação dos clientes das redes varejistas. Também são considerados como fatores das estruturas de mercado, a diferenciação do produto, o número de firmas produtoras no mercado, distribuição e número de vendedores e compradores, existência de barreiras à entrada de novas empresas, integração vertical, elasticidades de demanda e economias de escala de produção.

Em termos de concentração de mercado, observa-se que, de acordo com o trabalho de Everson Vieira dos Santos, as quatros redes analisadas por ele responderam por 41,64% do faturamento do setor em 2003, 42,02% em 2004 e 47,25% em 2005. Nota-se um processo de aumento de participação das quatro maiores redes no faturamento do setor, ou seja, um aumento de seus “market-share” no período de análise, fazendo com que o grau de concentração deste segmento no estado gaúcho aumentasse. Destaca-se que o aumento do índice de concentração de 41,64% em 2003 para 47,25% é explicado em grande parte ao crescimento da participação de mercado do grupo Sonae.

A literatura industrial nos diz que se houver uma firma que detenha ao menos 40% do mercado, não possuindo um rival próximo, então será chamada de firma dominante. Caso as quatro maiores firmas do mercado possuírem mais de 60% de parcela no mercado (market-share), teremos um caso de oligopólio forte. É considerado oligopólio fraco, quando o market-share das quatro maiores empresas não ultrapassar 40% do mercado.

O setor de supermercado do Rio Grande do Sul parece enquadrar-se melhor, como já afirmado, na situação de oligopólio fraco.

O índice de concentração para as quatro maiores empresas (C4) no mercado do Rio Grande do Sul, considerando a soma das suas participações nesse mercado, ou seja, seu market-share em 2005, de 47,25% foi maior do que o índice de concentração ao nível nacional apurado no trabalho de Aguiar & Conha-Amim (2005), que registraram um índice de concentração do setor supermercadista no ano de 2002, de 39%.

A análise dos índices de concentração mostra claramente que o setor de supermercados do Rio Grande do Sul não se constitui em uma estrutura de concorrência perfeita, pois algumas firmas têm parcela de mercado que permite algum controle do setor, de forma que as características da concorrência perfeita, como preços dados pelo mercado e lucro econômico nulo no longo prazo, não sejam observados.

Também se pode dizer que o setor estudado não se trata de um monopólio, já que não existe apenas uma firma dominando o setor e estabelecendo o preço de mercado. A análise dos índices de concentração deixa isso evidente. A hipótese de o mercado estruturar-se como uma concorrência monopolista também é descartada, visto que existem firma que dominam o setor.

As vantagens competitivas dos maiores supermercados do Rio Grande do Sul provêm, em especial, das economias de escala de distribuição existentes no setor e da diferenciação dos produtos, ou seja, da diferenciação dos serviços oferecidos por cada supermercado. Além disso, grandes supermercados se destacam através do marketing, gerando economias de diferenciação que se consolidam pela fidelização dos clientes às marcas. Essas são as principais características do setor.

É importante salientar que, por mais que os produtos vendidos nos diferentes supermercados possam ser praticamente os mesmos, cada supermercado procura se diferenciar dos demais. Essa diferenciação ocorre nos serviços que cada empresa oferece, como formas de pagamento diferenciadas, instalações, atendimento aos clientes, entre outros.

Nos oligopólios concentrados, os produtos são basicamente homogêneos, e a competição é feita através das economias de escala de produção. Apesar da existência de economias de escala, esse não é o tipo de oligopólio observado no setor estudado, pois os supermercados conseguem diferenciar os serviços que oferecem.

Outro tipo de oligopólio que parece ser percebido é

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