Estratégia e internet
Pesquisas Acadêmicas: Estratégia e internet. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: geovanemm • 13/11/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 11.864 Palavras (48 Páginas) • 128 Visualizações
1. CAPÍTULO 4 – ESTRATÉGIA E INTERNET
A internet é uma ferramenta extremamente importante para o mundo dos
negócios, porém deve ser utilizada de forma estratégica, pois pode ser
perigosa tendo suas consequências bem evidenciadas. É tempo de encara-la
mesma como uma tecnologia capacitadora, devendo ser utilizada de forma
sábia, na condição de componente importante de quase qualquer estratégia.
A questão não é o uso da tecnologia em si e sim a forma que as
empresas devem utilizar desse recurso. Muitas das empresas bem sucedidas
são aquelas que usam a internet como complemento de suas formas de
competição tradicionais e não abandonando seus métodos antigos.
1.1. Os sinais distorcidos do mercado
As empresas que recorreram à tecnologia da Internet têm ficado
confusas por sinais distorcidos do mercado, muitas vezes criados por elas
próprias. É compreensível olhar para o comportamento do mercado como um
guia, porem nos estágios iniciais de qualquer nova importante tecnologia, os
sinais do mercado podem não ser confiáveis.Novas tecnologias são o gatilho
para uma rápida experimentação, tanto por parte das empresas como pelos
consumidores, mas que com frequência é economicamente insustentável.
O comércio online tem ganhado espaço, tanto pela praticidade como
apela redução dos preços, em alguns casos. Finalmente, algumas receitas do
comércio online têm sido recebidas sob a forma de ações, em vez de dinheiro
vivo. Por exemplo, parte dos 450 milhões de dólares de receitas estimadas
com que a Amazon recompensou os seus partners, veio na forma de ações. A
sustentabilidade deste tipo de receita é questionável, e o seu verdadeiro valor
depende das flutuações dos preços das ações. De fato, a Internet fez crescer
uma fileira de novas medidas de desempenho que têm unicamente uma
relação ambígua com o valor econômico, como as medidas pró -forma de
rendimentos que excluem os custos «não recor rentes», como as aquisições.
Por todas estas razões, o verdadeiro desempenho financeiro de muitos
negócios ligados à Internet é ainda pior que o constatado.
1.2. A Volta aos fundamentos
É difícil levar uma firma a entender o impacto da Internet no seu negócio
olhando para os resultados momentâneos, muitos negócios ativos na Internet
são negócios artificiais, em períodos de transição, como o que temos passado,
surgem muitas vezes como se houvesse novas normas de competição.
O valor econômico para uma empresa nada mais é do que a diferença
entre o preço e o custo, e é realmente medido somente pela lucratividade
sustentada. Gerar receitas, reduzir despesas. Muitas pessoas apontaram para
o sucesso dos fornecedores de tecnologia como sendo uma evidência do valor
econômico da Internet. Mas este raciocínio é falso. São os usos da Internet
que, em última análise, criam valor econômico. A estrutura da indústria (setor),
que determina a rentabilidade do concorrente médio; A vantagem competitiva
sustentável, que permite a uma empresa superar o concorrente.
1.3. A Internet e a estrutura social
A Internet criou algumas novas indústrias, como os leilões online e os
mercados digitais. No entanto, o seu maior impacto tem sido possibilitar a
reconfiguração de indústrias já existentes, limitadas pelos altos custos de
comunicação, de armazenagem de informação ou de finalização de
transações. A Internet proporciona uma maneira eficiente de comprar produtos,
mas os varejistas de catálogo com as ligações gratuitas e centros
automatizados de preparação de pedidos existem há décadas. Quer uma
indústria seja nova quer seja velha, a sua atratividade estrutural é determinada
por cinco principais forças da concorrência: 1) a intensidade da rivalidade entre
concorrentes existentes, 2) as barreiras à entrada de novos concorrentes, 3) a
ameaça de produtos ou serviços substitutos, 4) o poder de negociação dos
fornecedores e o 5) poder de negociação dos compradores. Combinadas, estas
forças determinam como o valor econômico criado por qualquer produto,
serviço, tecnologia ou forma de concorrência está dividido entre, de um lado,
empresas que atuam num setor e, do outro lado, os clientes, fornecedores,
distribuidores, substitutos e novos entrantes potenciais.
A Internet tende a reduzir o poder de negociação dos canais
proporcionando às
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