Estratégias
Artigos Científicos: Estratégias. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: portocalvo • 16/10/2013 • 1.083 Palavras (5 Páginas) • 768 Visualizações
O SONHO DE TODA CRIANÇA: AS FANTASTICAS MARCAS DE CHOCOLATE
“O ano era 1970. O momento era a entrada na universidade. O consolo era o chocolate. Ao sair das aulas do curso de preparação para o vestibular, eu passava diariamente em frente a uma loja da Kopenhagen. O dinheiro era curto, mas sempre havia uma sobrinha para comprar o produto mais cobiçado: Nhá Benta, um bombom recheado de merengue e coberto de chocolate ao leite. O gosto daquele doce não se apaga da memória. Era puro prazer.”
A Kopenhagen é uma das marcas de chocolate mais conhecidas dentre aqueles que buscam um Chocolate de primeira linha e a um preço acessível, quando comparados aos preços dos chocolates importados. Dentre os apaixonados por chocolate, que nunca comeu os famosos bombons Cherry Brandy, a Língua de Gato (as crianças adoram!), os marzipãs, os biscoitos cobertos com chocolate, entre tantos produtos? E quem não tem saudade da famosa bolinha de frutas, um pão de mel recheado com geleia de figo, que saiu de linha há poucos anos.
Durante muitos anos a Kopenhagen reinou sozinha nesse segmento. Fundada em 1928 por um casal de emigrantes da Letônia, começou oferecendo o marzipã, produto pouco conhecido dos brasileiros na época, e que seguia uma receita tradicional trazida da Europa. A primeira fábrica surgiu alguns anos depois, na cidade de São Paulo, introduzindo os chocolates, confeitos, biscoitos e produtos sazonais, como os ovos de páscoa. Hoje a empresa tem mais de 200 lojas, oferecendo 300 itens, personalizados de acordo com as diferentes linhas às quais os produtos pertencem. Emprega cerca de 1.100 funcionários e tem capacidade para processar 500 toneladas de chocolate para épocas especiais.
Mas houve momentos difíceis. Nos anos de 1990, a empresa ainda tinha uma administração familiar que não conseguia fazer a empresa se renovar. Foi então vendida e, para o novo dono, o desfio era reerguer a marca, que vinha enfrentando novos concorrentes que estavam se instalando no mercado, como a Cacau Show.
A Cacau Show surgiu de uma iniciativa de um jovem empreendedor de 17 anos : na páscoa de 1988, ele vendeu 2 mil ovos de uma indústria de chocolate. Mas a surpresa veio na retirada dos produtos: os ovos vendidos, de 50g, haviam saído de linha. Para honrar os compromissos, ele resolveu bancar a fabricação dos ovos, contratando uma senhora que fazia chocolate artesanal. Trabalhou muito, com um prazo apertadíssimo, mas os produtos foram todos entregues. O lucro apurado, cerca de $ 500 dolares, foi o capital inicial da empresa, instalada em um espaço de 12 m2 na casa de seus pais.
A ideia da cacau show era ser uma empresa que oferecesse chocolate artesanal. Começou a desenvolver sua linha de produtos que conta atualmente com chocolates artesanais, mini bolos, trufas, drageados, enfim, uma linha muito semelhante à dos produtos desenvolvidos pela Kopenhagen. Todavia os preços da Cacau Show são bem menores e atendem a uma faixa de público que não pode pagar R$ 150 por um quilo de chocolate.
A Cacau Show, à medida que foi crescendo , mexeu com o mercado de chocolates finos (diferente do mercado de chocolates produzidos em alta escala de por fábricas como a Nestlé e outras). Os produtos. Embora semelhantes ao da Kopenhagen em suas propostas e apresentações, têm características técnicas distintas: O chocolate, o tempo de batimento da massa (que influencia na textura), a origem do cacau, entre outras.
Para fazer frente a essa concorrência, embora os nichos de atuação fossem distintos, a Kopenhagen resolveu abrir uma nova marca que se parece em tudo com a Cacau Show, inclusive no nome: a Brasil Cacau. Seus produtos são mais industrializados do que os da Kopenhagen e atingem a preços cinco vezes menores. A Brasil Cacau abriu suas primeiras lojas próximas às da Cacau Show que, ironicamente, ao entrar no mercado instalou
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