Estratégias Executivas

DESTILARIA QUATRO IRMÃO RUMO AO SUCESSO EMPRESARIAL

RESUMO

Este artigo apresenta as estratégias executivas elaboradas para o caso Destilaria Quatro Irmãos, onde se resgata um pouco da história da cachaça no Brasil e suas formas de consumo e diferentes utilizações na culinária brasileira. As orientações aqui demonstradas são baseadas na análise dos problemas de ordem macro e micro ambiental encontrados no estudo do caso. Defini-se mudanças na gestão administrativa, criação de formas de aproximação junto aos públicos alvos permitindo um novo cenário que visa inserir a empresa em um contexto mais competitivo no mercado em que atua.

Palavras-chave: Caso. Destilaria. Quatro Irmãos. Macro e Micro Ambiental. Cenário.

ABSTRACT

This article show the executive strategies elaborated for the case "Distillery Four Brothers", where recover a little of the history of the "cachaça" or "Brazilian white rum" in Brazil and the ways of comsumption and utilisation in Brazilian cookery. The orientation showed here are based in the analysis of the macro and micro enviromental problems find in this case study. In administration, the changes are definided as creation of ways together with the public, allowing a new scenery that aim to insert the company in a new context more competitive in the act market.

Keywords: Case. Distillery. Four Brothers, Macro and Micro Enviromental. Scenery.

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1 Trabalho de conclusão de Curso apresentado como requisito à obtenção do Título de Master Business Administration Marketing e Vendas da Anhanguera Educacional – FAC.

2 Graduado em Gestão de Recursos Humanos pela Anhanguera Educacional - FAC E-mail: [e-mail] 3 Graduada em Gestão Comercial pelas Faculdades Integradas - IPEP E-mail: [e-mail] 4 Graduada em Letras pela Anhanguera Educacional – FAC E-mail: [e-mail] 5 Publicitário Faculdades Integradas Metropolitanas de Campinas – Metrocamp E-mail: [e-mail] 6 Graduada em Pedagogia pela PUC Campinas E-mail: [e-mail]

INTRODUÇÃO

As orientações aqui apresentadas são baseadas no estudo do caso Destilaria Quatro Irmãos – Tradicional Destilaria localizada na região Canavieira de Capivari no interior de São Paulo. De origem familiar e fundada em 1959 pelos Irmãos da família Almeida, a Destilaria passa em 1986 a lutar pela exportação. Crescendo gradativamente, ela muda sua gestão administrativa com a chegada da segunda geração da família assumindo o comando dos negócios em 1999, época em que passa a fornecer a tradicional bebida brasileira para o Paraguai. Com a ampliação da infra-estrutura efetivada pela nova gestão, criou-se um processo de qualidade na produção que visava a certificação do seu produto e para tanto, adquiriram novos equipamentos de alta tecnologia que transformaram a figura do operário obsoleta e a empresa demitiu 70 funcionários, especialmente os mais antigos. No cenário atual, a Destilaria conta com 180 funcionários produzindo cinco marcas, especialmente a “Cachaça da Boa” produto tipo Premium que é o caro chefe da empresa. Apesar do bom momento, os novos diretores vivem em constante disputa pelo poder e tal relação conflituosa passa a interferir negativamente nos resultados da empresa que começa a perder mercado com o seu principal produto. Para agravar a situação, a Destilaria Quatro Irmãos sofreu um processo trabalhista de grande repercussão na comunidade. Visando retomar o mercado e reposicionar seus produtos, a empresa criou um processo de concorrência entre agências de comunicação que deverão criar ações mercadológicas para criar e solidificar a imagem do seu produto carro-chefe.

O PRODUTO

ÁGUA-ARDENTE, CACHAÇA OU PINGA, nomes diferentes para um mesmo produto, conhecido e presente em todas as classes sociais. A famosa “pinga” faz parte do dia-a-dia de milhões de brasileiros que freqüentam bares, presentes em várias esquinas de todas as cidades de nosso país, e podem consumir o produto a partir de R$ 0,30 (trinta centavos de reais) a dose. Já em uma outra faixa social, a pinga é adquirida por valores mais elevados, como por exemplo, a Cachaça Germânia que custa em torno de R$ 62,00 o litro. De acordo com o PROF. CARLOS ROSA (2006), pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o segredo na fabricação de uma pinga está no fungo Saccharomyces cerevisiae que, além de ser o principal agente de fermentação na produção de pães e bebidas, é também um organismo experimental padrão em laboratórios de Genética. De acordo com as pesquisas do PROF. CARLOS ROSA (2006) o reinado do S. cerevisiae na produção artesanal de cachaça não é absoluto, só começa a predominar quatro ou cinco dias depois do início da fermentação. Graças ao trabalho do Professor Carlos e sua equipe, que identificaram pelo menos 2500 tipos do fungo Saccharomyces cerevisiae, hoje algumas cachaças podem contar com métodos modernos de isolamento e manutenção das linhagens de S. cerevisiae que lhe conferem um sabor e qualidade característica. Ao utilizar linhagens pré-selecionadas de S. cerevisiae o produtor poderá padronizar o processo de fermentação e conseqüentemente obter safras de sabor e qualidade reproduzíveis.

Porém, a famosa “pinga” tem outras finalidades além da de ser consumida simplesmente em bares de esquinas e restaurantes chiques. Existem várias receitas que requerem a famosa “branquinha” como ingrediente principal. Os pratos variam entre salgados, sobremesas e petiscos, e nesses pratos a pinga dá um realce todo especial. Algumas dessas receitas são: bolo de pinga, biscoito de pinga, lombo na pinga, lingüiça na pinga, geléia de pinga, mousse de chocolate com pinga e bombom de pinga.

Nos mais famosos Shoppings Centers podemos encontrar quiosques que vendem variados tipos de chocolates, com diversos recheios, e um dos mais vendidos é o bombom de pinga.

Uma outra forma de produção são as aguardentes produzidas a partir de insumos diferentes da cana-de-açúcar – acerola, pitanga, abacaxi, rapadura e até flores – conquistam pelo aroma, baixo teor alcoólico e paladar suave. Ideais para coquetéis, as águas da vida, ou eau-de vie como são conhecidas na França, também casam na harmonização com sobremesas e charutos.