Eudora

A Eudora nasceu como a primeira empresa nacional no segmento a atuar por meio de três estratégias de venda que inclui venda direta, comércio eletrônico vinculado às redes sociais além de lojas para a experimentação de produtos.

Com sede em São Paulo a marca foi lançada em 2011 com cerca de 300 itens de perfumaria, maquiagem, cuidados para o corpo e acessórios.

O Grupo Boticário difundiu a empresa com o intuito de desbancar grandes nomes no segmento da venda direta como Natura e Avon, oferecendo produtos de apelo sexy, estilo Victoria’s Secret’s, que não obtiveram os níveis de venda esperados.

Este trabalho tem como objetivo a análise dos problemas enfrentados pela empresa Eudora, primeira das seis marcas lançadas nos últimos anos pelo Grupo Boticário, de temas relacionados às disciplinas de Marketing de Mercado, Diagnóstico Organizacional, Custos e Formação de Preços, Ética Política e Sociedade e Metodologia Científica, por meio da reportagem “Quem disse que seria fácil” realizada pela revista ISTOÉ e dos conteúdos ministrados ao longo das aulas.

2 DESENVOLVIMENTO

Ao longo dos anos o Grupo Boticário veio adotando a estratégia de multimarcas, lançando diversas linhas de cosméticos e acessórios paralelas às já conhecidas e bem sucedidas da “marca mãe”. Sendo a primeira dessas, a Eudora, após dois anos de lançamento, sempre apresentou problemas de aceitação no mercado de venda direta.

A marca foi lançada com apelo sexy, prometendo ser a Victoria’s Secret’s brasileira, com logomarca em cores quentes e propagandas sugestivas de cunho sensual, iniciativa esta que não decolou.

No entanto, de acordo com a reportagem o problema não é a imagem, mas sim o modelo do negócio. A venda direta é bem diferente do varejo tradicional e costuma apresentar mais dificuldades relacionadas à maturação e retorno financeiro.

Falando em venda direta é importante ressaltar alguns aspectos acerca do mix de comunicação e suas reais funções. O mix de comunicação é composto por propaganda, promoção de vendas, eventos, venda pessoal, relações públicas e marketing direto.

“[...] Marketing é um processo social pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam por meio da criação, a oferta e da livre troca de produtos e serviços de valor com os outros” (KOTLER; KELLER apud MARQUES, 2009, p. 1).

O grande problema do Grupo Boticário com a marca Eudora tem sido a falta de estímulo para a compra em PDV ou na loja, diante disso existem algumas estratégias que podem ser tomadas com relação ao Merchandising e suas principais funções.

De acordo com o material de estudo merchandising é mercadoria, é toda atividade desenvolvida no ponto de venda com a finalidade de gerar visibilidade e disponibilidade de um produto. E PDV é conjunto dos instrumentos de comunicação, promoção, demonstração, e exposição do produto.

Para a empresa Eudora, o Grupo Boticário investiu em sensualidade, modernidade e urbanidade. Investiram em produtos com as características da mulher do Século XXI usando em sua linha e lojas cores quentes, demonstrando força, feminismo e sensibilidade.

Sabemos que alguns fatores situacionais influenciam o processo decisório de compra do consumidor entre eles a atmosfera da loja, vendedores, demonstrações de produtos, promoções e embalagens.

A atmosfera da loja, suas cores e até mesmo a disposição física de seu espaço é capaz e influenciar o comportamento dos clientes levando-o à compra.

Por exemplo, o ambiente físico pode ser usado para induzir o comportamento dos consumidores. O uso de texturas, odores e da luminosidade também pode criar uma atmosfera que gere nos consumidores as respostas desejadas. (IWACAURA, 2013, p. 133).

De acordo com Iwacaura (2013) o processo de compra começa antes de um cliente ter o produto e vai muito além do ato de consumir. Por isso as empresas necessitam entender o processo de decisão de compra próprio da categoria de seu produto.

A medida que o mercado evolui, os consumidores mudam e com eles suas exigências. Para isso as lojas devem rever seus conceitos, preparar seus vendedores situando-os da importância que exercem sobre o comportamento dos clientes

Sabendo-se disso os funcionários de determinada loja devem estar atentos às necessidades de seus clientes, pois são eles, os vendedores, que fornecem as informações contidas nas ações de marketing.

Iwacaura (2013) afirma que as demonstrações de produtos na loja, as promoções e as embalagens podem influenciar no processo decisório de compras.

Fontes de experimentação: os consumidores podem também experimentar produtos, por exemplo, manuseando-os, cheirando, provando ou testando. Um exemplo são os test-drives de veículos recém-lançados, oferecidos aos potenciais clientes pelas concessionárias de automóveis. (IWACAURA, 2013, p. 126).

Para Iwacaura a aparência da mercadoria, a embalagem e o rótulo podem influenciar o processo de compra do indivíduo. Embalagens ou rótulos atraentes podem introduzir o produto no conjunto considerado do consumidor.

De acordo com as aulas e materiais de estudos pode-se afirmar que existem vários fatores que podem levar uma empresa à falência. São eles: Falta de planejamento; má gestão por falta de experiência; falta e um diferencial competente; falta e capital de giro; impostos altos/tributos; baixa clientela; concorrência; problemas familiares; localização da empresa.

Muitas decisões tomadas por empreendedores revelam-se incorretas e não lucrativas, prejudicando os resultados do negócio. No entanto, as grandes empresas sobrevivem porque têm recursos financeiros ou podem compensar as perdas. Em negócios pequenos ou emergentes, uma decisão errada pode resultar em falência (LIMA, 2013, p. 113).

Com base em informações do site Macauhub, a empresa mineira “Noventa”, com ativos em Moçambique declarou falência do ano de 2012, pois não obteve o financiamento do qual necessitava.

Os motivos foram as difíceis condições do mercado e o interesse limitado dos investidores que fizeram com que a obtenção do empréstimo não fosse bem sucedido.

Os grandes pecados cometidos pelas empresas e que podem gerar crises ocasionando falência são chamados de “10 pecados capitais”. Entre eles podemos citar o uso do dinheiro da empresa para pagar contas pessoais; Falta de plano de negócios; descontrole dos custos; investimento sem planejamento;