Explica a história
Tese: Explica a história. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: purim01 • 4/10/2013 • Tese • 2.918 Palavras (12 Páginas) • 336 Visualizações
Explica a história pelo estudo da teoria econômica e ao mesmo tempo faz o contrário, ou seja, explica a economia através do estudo da História. Tem formato didático: é de fácil leitura. Era amigo de Paul Sweezy. - A teoria econômica se torna monótona quando divorciada de seu fundo histórico. PARTE 1 – DO FEUDALISMO AO CAPITALISMO Cap. 1 – Sacerdotes, guerreiros e trabalhadores (p.2) - Os filmes sobre a sociedade feudal mostram os guerreiros, mas não a forma como eles são supridos de suas necessidades. “Armaduras não crescem em árvores, e alimentos precisam ser plantados”. - A sociedade feudal era constituída de três classes principais: sacerdotes, guerreiros e trabalhadores. A última era quem sustentava as outras duas primeiras. - A maioria das terras agrícolas da Europa Ocidental e Central estava dividida em áreas conhecidas como FEUDOS. “Um feudo consistia apenas de uma aldeia e as várias centenas de acres de terra arável que a circundavam, e nas quais o povo da aldeia trabalhava” p. 3. Os feudos variavam de tamanho. Cada propriedade tinha um senhor. A terça parte das terras pertencia ao senhor e era chamada de seus domínios. - Principais características do sistema feudal: a) a terra arável era dividida em duas partes: uma pertencente ao senhor e cultivada somente para ele; a outra dividida entre os arrendatários. b) a terra era cultivada em capôs não-contínuos (faixas espalhadas). c) o arrendatário era obrigado a trabalhar também na terra do senhor, tal serviço devia ter prioridade. - O servo não podia ser vendido separadamente da terra em que morava. “Por pior que fosse seu tratamento, o servo possuía família e lar e a utilização de alguma terra” p. 6. O servo não podia deixar a terra, estava preso a ela.Quando morria seu herdeiro tomava de conta da terra, mediante pagamento de uma taxa. Caso não cumprisse com as obrigações, o senhor poderia expulsar o servo da terra. - Vários tipos de servos (p. 7): vilões, fronteiriço, etc. “Nenhuma descrição do sistema feudal pode ser rigorosamente precisa, porque as condições variavam muito de lugar para lugar” p. 7. - O costume adotado no feudo era como se fosse a legislação atual, a tradição tinha força de lei. A sociedade como um todo estava firmada num princípio de “deveres e obrigações”. “O senhor do feudo, como o servo, não possuía a terra, mas era, ele próprio, arrendatário de outro senhor, mais acima da escala” p. 9. - A necessidade de vassalos era real, a única maneira de obtê-los era cedendo terras. - A quantidade de terras representava a riqueza de um indivíduo. As guerras tinham por objetivo a obtenção de riquezas (terras). - A IGREJA foi a instituição mais duradoura do período, mas poderosa que qualquer coroa. “A Igreja foi a maior proprietária de terras no período feudal” p. 13. “Uma das razões por que se proibia o casamento aos padres era simplesmente porque os chefes da igreja não desejavam perder quaisquer terras da igreja mediante herança aos filhos” p.14. - O clero e a nobreza eram as classes governantes. A primeira prestava ajuda espiritual; e a segunda, militar. CAP. 2 – Entra em cena o comerciante (p.16). - Na idade média, não necessitava do dinheiro para adquirir as coisas. Nada era comprado, pois os meios de subsistência básicos eram adquiridos no próprio feudo, o restante eram trocados. O feudo era auto-suficiente. - Por não haver comércio, a produção do excedente não era regra. - A falta de estradas e os ladrões eram um obstáculo ao comércio. Além do mais, a cada feudo que o comerciante passava, tinha que pagar o pedágio. A moeda variava conforme a região. - O século XI viu o comércio crescer a passos largos. As cruzadas favoreceram muito o florescimento comercial. Ler p. 19-21. - No sul Veneza (elo da Europa com o Oriente) e no norte Flandes: tais cidades dominavam o comércio. - As cidades não podiam manter um comércio permanente por causa da deficiência das estradas. “Os mercados eram pequenos, negociando com os produtores locais, em sua maioria agrícola. As feiras, ao contrário, eram imensas, e negociavam mercadorias por atacado, que provinham de todos os pontos do mundo conhecido” p. 22. A feira era o centro distribuidor. As principais feiras ofereciam aos convidados salvo-conduto. “As feiras tinham, assim, importância não só por causa do comércio, mas porque aí se efetuavam transações financeiras” p. 24. - O comércio forçou o abandono da economia natural. A utilização do dinheiro foi, aos poucos, se tornando uma necessidade. CAP. 3 – Rumo à Cidade (p.26). “Um dos efeitos mais importantes do aumento do comércio foi o crescimento das cidades” p. 26. - As cidades modelos podem ser vistas na Itália e Holanda. Surgem no cruzamento entre duas estradas, ou na embocadura de um rio, etc. No local sempre existia uma igreja e um burgo (zona fortificada). - A expansão do comércio representou melhores oportunidades de trabalho. A emigração foi inevitável. - O feudalismo representava uma prisão em vista do ar de aventura e liberdade ligado à cidade e ao comércio. “Face a face com as restrições feudais que os asfixiavam, mais uma vez se uniram em associações chamadas corporações ou ligas, a fim de conquistar para suas cidades a liberdade necessária à expansão contínua” p. 28. “O ar da cidade torna o homem livre” provérbio da época. - Da cidade a terra passou a ser olhada de forma diferenciada. A possibilidade de vender a terra e utilizar o dinheiro em comércio, aos poucos, foi se tornando inevitável. - As populações urbanas passaram a reivindicar a fundação de seus próprios tribunais. Queriam criar suas próprias leis. As cidades queriam independência. “As associações de mercadores exerciam com freqüência, um monopólio sobre o comércio por atacado das cidades” p. 33. O objetivo era fazer falir os não membros. Eliminar a concorrência. “Os preços das mercadorias deveriam ser fixados pelas associações” p. 34. Os membros tinham que obedecer vários regulamentos. - O comércio acabou por suplantar a terra como fonte de riqueza. Surge a riqueza em dinheiro. CAP. 4 – Surgem novas idéias (p. 36) - Na idade média, o empréstimo não tinha a função de enriquecer aquele que empresta. Não se devia lucrar com a desventura alheia. O imaginário era dominado pelos padrões de conduta da igreja. “O tempo pertence a Deus, ninguém tem o direito de vendê-lo”. A usura era um pecado. CAP. 5 – O camponês rompe amarras (p. 42) - Fatores que possibilitaram a libertação do camponês da terra: crescimento do comércio, introdução da economia monetária, o crescimento das cidades, etc. “Quando surgem cidades nas quais os habitantes se ocupam total ou principalmente do comercio e da indústria, passam a ter necessidade de obter do campo o suprimento de alimentos. Surge, portanto, uma divisão do trabalho
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