FUSÃO – PÃO DE AÇUCAR
Tese: FUSÃO – PÃO DE AÇUCAR. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: deusantos • 8/5/2013 • Tese • 5.460 Palavras (22 Páginas) • 422 Visualizações
CEAG - Curso de Especialização em Administração para Graduados
NOVOS MODELOS DE EMPRESA
TRABALHO FINAL
Leandro Sant’Anna Giglio RA 306118
Márcia Helena Borré RA 306229
Rafael Cesar Dala Rosa dos Santos RA 306223
Campinas
30 de setembro de 2010
A EMPRESA
Sucesso absoluto em vendas no mercado nacional, a Casas Bahia é considerada nos dias de hoje a maior rede de lojas de departamento e maior anunciante do país. Com mais de 57 mil funcionários espalhados em 565 lojas, dentre eles 17 mil vendedores, a empresa possui presença em dez estados brasileiros além do Distrito Federal. Com relação à suas vendas, que são baseadas principalmente em móveis e eletrodomésticos, a Casas Bahia realiza mensalmente mais de 900 mil entregas por todo o país dos sete mil itens diferentes que comercializa.
Tais estatísticas colocam a empresa entre na 131ª posição das maiores empresas de varejo do mundo, ficando a frente de gigantes globais como a Blockbuster (EUA) e Decathlon (França) segundo a pesquisa “Poderosos Globais do Varejo” publicada anualmente pela consultoria Deloitte.
Tamanho sucesso da Casas Bahia teve seu início na década de 50 em São Caetano do Sul no estado de São Paulo, quando o então imigrante polonês Samuel Klein iniciou a venda de produtos a domicílio, facilitando o pagamento em diversas prestações para que as classes mais humildes tivessem condições de adquirir bens de consumo. Tal iniciativa deu à empresa uma poderosa forma de lucro e fidelização dos clientes chegando a ser estudada em diversas escolas de negócios pelo mundo como exemplo de foco e importância do mercado de baixa renda.
A respeito de sua estrutura de distribuição e atendimento, a empresa possui sete centros de distribuição espalhados pelo Brasil e uma estrutura de logística que a permite a expansão da rede em um raio de mil quilômetros a partir de dois grandes Centros de Distribuição, localizados em Jundiaí/SP e em Duque de Caxias/RJ. Completando a estrutura de distribuição e logística, a Casas Bahia possui uma frota própria de mais de três mil veículos entre caminhões, carros e carretas.
Além da estrutura voltada para o atendimento das entregas e do cliente, a empresa também possui estruturas voltadas para os colaboradores. Construída em Jundiaí/SP, o edifício Chana Klein conta com mais de três mil metros quadrados nos quais são oferecidos serviços de saúde (consultas médicas e ginástica laboral), opções de lazer (aulas de ginástica e dança) além dos espaços voltados à cultura (salas de leitura e cybercafé) e cuidados pessoais (cabeleireiro e manicure).
FUSÃO – PÃO DE AÇUCAR
Tamanha importância e sucesso da Casas Bahia levaram o grupo Pão de Açúcar a anunciar sua compra em Dezembro de 2009. Através do acordo firmado os negócios no setor de varejo e bens de serviço duráveis da Casas Bahia passariam a ser integrados à Globex, controladora do Ponto Frio.
Entretanto, após algumas negociações e análises, a família Klein, dona das Casas Bahia decidiu rever o negócio alegando que o acordo havia sido subavaliado. Desse modo, após seis meses de renegociação de valores e algumas condições contratuais, os dois grupos chegam a um novo acordo de fusão, gerando uma nova empresa chamada Nova Casas Bahia, onde a captação de recursos ficará por parte da Globex. Para tal acordo se concretizar, foi necessária a injeção de R$ 689 milhões por parte Companhia Brasileira de Distribuição, controladora do Pão de Açúcar e liderada pelo empresário Abílio Diniz.
GRUPO PÃO-DE-AÇUCAR
Considerada a maior empresa varejista do Brasil, a Companhia Brasileira de Distribuição, razão social do Grupo Pão-de-Açucar, foi fundada na década de 50 por Valentin Diniz, pai do atual presidente da companhia Abílio Diniz. Com cerca de 140 mil funcionários espalhados em 1582 lojas das 5 bandeiras do grupo (Pão-de-açucar, Extra Hipermercados, CompreBem / Sendas, Assai e Ponto Frio), a empresa atingiu em 2009 um faturamento anual de R$ 26 bilhões.
AMBIENTE EXTERNO
VAREJO - AMBIENTE
Segundo Kotler (1998, p.500) o varejo inclui todas as atividades relativas à venda de produtos ou serviços diretamente ao consumidor final, para uso pessoal e não comercial. Em outras palavras varejo consiste em qualquer empreendimento comercial cujo faturamento provenha principalmente da venda de pequenos lotes no varejo ao consumidor final, seja ele distribuidor, atacadista ou varejista, não importando o modo através do o qual eles são comercializados (estabelecimento comercial, rua, casa do consumidor, telefone, etc.).
Mostrando-se como um dos setores de maior crescimento mundial, o varejo tornou-se uma atividade extremamente rentável evidenciado pela criação e fortalecimento de grandes grupos empresariais. Segundo Marques (2009), as lojas deixaram de ser meros depósitos e aglomerados de produtos e passaram a investir em projetos arquitetônicos que aliam conforto e funcionalidade, buscando tornar a experiência de compra cada vez mais prazerosa para o consumidor.
No que se trata de mudanças. ao longo das últimas décadas o comércio varejista tem passado por diversas transformações, amparadas principalmente pela exponenciação da competitividade e disseminado acesso à tecnologia. Nesse cenário os consumidores passam a comparar, avaliar e obter melhores condições de preços, estruturando um processo irreversível de ampliação do poder. E como afirma Souza (2008), este movimento está longe do seu ápice. Sendo assim, como afirma Parente (2000), a tendência do comércio varejista para as próximas décadas é o aumento do poder do mesmo em relação aos fornecedores. Isso ocorre devido à dependência de alguns fabricantes a poucos varejistas, além da pressão exercida pelas marcas próprias sobre as marcas dos fornecedores.
Dentro desse contexto e de forma generalizada, uma característica fundamental
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