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Flexibilidade Nos Sistemas De Produção

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Por:   •  25/11/2014  •  1.174 Palavras (5 Páginas)  •  746 Visualizações

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Resenha do artigo 18: Flexibilidade nos Sistemas de Produção de Henrique L. Corrêa.

Flexibilidade nos Sistemas de Produção trata-se de uma estratégia para a competitividade dos sistemas de manufatura da empresa. A Flexibilidade nos Sistemas de Produção de uma empresa deve considerar os recursos estruturais de produção que tem a seu dispor: tecnológicos (equipamentos usados durante a fabricação, as instalações da empresa... ) humanos (as pessoas que trabalham na empresa).

Com a intenção de auxiliar no entendimento sobre a Flexibilidade nos Sistemas de Produção, analisar as relações entre as variáveis incerteza, variabilidade das saídas e a flexibilidade, Henrique Corrêa, a autor do artigo, realizou estudos de caso com 2 empresas brasileiras e 2 empresas inglesas, ambas trabalham no ramo metal mecânico, pertencentes ao setor automobilístico.

Quanto aos recursos de produção, vários autores classificam-os em estruturais e infraestruturais, porém há duvidas sobre quais recursos devem ser considerados como tal. Segundo o autor do artigo, os recursos infraestruturais incluem os sistemas, relações e canais de comunicação que apoiam o funcionamento dos recursos estruturais- humanos e tecnológicos. Em relação aos recursos infraestruturais, consideram-se os sistemas de suprimento e os sistemas de controle. Os custos de preparação de uma máquina são fatores importantes para se aumentar a flexibilidade do sistema produtivo. Quanto menores forem os custos de preparação, os lotes pequenos se tornam tão econômicos como a fabricação de lotes grandes. Tal fato faz com que possam ser produzidos lotes menores por produto, aumentando a fabricação de produtos diferentes da empresa.

Em relação a redução do tempo de preparação de uma máquina surgem duas vertentes: a primeira sugere a automação flexível (baseada em tecnologia) que seria a mais importante para se atingir níveis mais altos de flexibilidade de equipamentos, tem como principais benefícios a velocidade de troca e a consistência. Porém, há altos custos de capital envolvidos na aquisição de equipamentos e sua implantação e a falta de modularidade e transportabilidade.

Já a segunda vertente sugere uma abordagem baseada em método, seguindo métodos de trabalho, conceitos de organização e a racionalidade do uso de equipamentos convencionais. Com a implantação desse método os custos de preparação podem ser substancialmente reduzidos, mas para isso ocorrer deve haver uma mudança na atitude das pessoas envolvidas e a maior dependência das habilidades dos operadores. Segundo essa abordagem, a redução dos tempos de preparação pode ser feita através da implantação de dois passos: separar as atividades do setup externo e interno, tratando grande parte das atividades como setup externo, reduzindo o tempo necessário para o setup interno. Ou converter setup de interno para externo, modificando as atividades para identificar aquelas que foram erradamente assumidas pelo setup interno e achando formas de converter estas atividades em setup externo.

Em contrapartida, Atkinson (1984) acredita que a melhor forma de se atingir a maior flexibilidade nos sistemas de produção é através de mudanças na organização do trabalho. Ele inclusive propõe o modelo “a firma flexível” que visa implantar políticas diferenciadas que devem ser aplicadas a diferentes grupos de trabalhadores. Para aumentar o nível de flexibilidade de sua força de trabalho a organização deveria favorecer o desenvolvimento de algumas características de seus trabalhadores, tais como: habilidades melhores e múltiplas; habilidade de tomar decisões e resolver problemas; habilidade de trabalhar em equipe; capacidade de comunicação; habilidade de compreender o processo como um todo; habilidade de adaptação a situações novas; e habilidade disposição para o aprendizado contínuo. Para que isso ocorra é necessária a separação entre o planejamento/controle e a execução das tarefas, pois a flexibilidade requer que a tomada de decisões seja descentralizada.

Quanto a flexibilidade dos recursos estruturais de produção o autor da resenha encontrou diferenças entre os métodos utilizados para obter a flexibilidade dossistemas de manufatura das empresas que participaram do estudo de caso. Uma considera que se consegue a flexibilidade através de dos seus recursos humanos, outra acredita que o sistema de informação e o sistema gerencial são fundamentais para alcançar a flexibilidade. Já outra empresa valoriza a adoção de ambas os sistemas e os recursos humanos, já a quarta empresa não se manifestou de forma clara quanto ao melhor tipo de recurso no atingimento de flexibilidade.

O autor constatou ainda que os gerentes das fábricas localizadas no Brasil dispõem de um

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