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Gol Acelera Passo Em Fevereiro E Encosta Na TAM

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Por:   •  22/7/2014  •  2.628 Palavras (11 Páginas)  •  391 Visualizações

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18/03/2014 às 05h00

Gol acelera passo em fevereiro e encosta na TAM

Por João José Oliveira | De São Paulo

O desempenho da Gol em fevereiro permitiu à empresa reduzir em 85% a diferença, em termos de demanda, que a separa da líder do mercado TAM, controlada pela Latam, na comparação com os números que existiam no mesmo mês de 2013.

Em fevereiro do ano passado a Gol tinha uma demanda 18,2% menor que a da TAM - em termos de passageiros transportados por quilômetros voados (RPK, na sigla em inglês), indicador mais usado pela indústria da aviação. Mas como no mês passado, a Gol cresceu 19,5% e a TAM teve avanço de apenas 0,5%, nesse mesmo indicador, a diferença entra as duas passou a ser de apenas 2,73%.

Analistas de mercado apontam que enquanto a TAM ainda está em meio ao processo de captura de sinergias após a fusão com a chilena LAN; a Gol já está colhendo os resultados do forte ajuste feito a partir de meados de 2012 - que incluiu o corte de 3 mil funcionários, redução de 15% na oferta, foco em receitas extras por meio de assentos com maior espaço e venda de produtos a borde em vez de distribuição gratuita de alimentos e bebidas.

Com essas ações, a Gol elevou a receita por passageiro (Prask, na sigla em inglês) em 27% em fevereiro, ante o mesmo mês do ano passado. A taxa de ocupação, na mesma base, 12,7 pontos percentuais, a 76,7%. E a combinação desses dois indicadores sustentou o aumento da tarifa paga por cada passageiro (yield) em 6%.

"Os números de fevereiro corroboram o começo de ano positivo para a Gol, um importante indicador antecedente para o desempenho do primeiro trimestre de 2014", disse o analista do Banco do Brasil Investimentos, Mário Bernardes Junior.

Já os analistas do Bank of America Merrill Lynch, liderados por Sara Delfim, ponderaram, em relatório, que a Gol se beneficiou de uma base de comparação baixa em fevereiro de 2013 - naquela época a empresa estava bem no meio do processo de reestruturação. Esses profissionais também apontaram que a aérea foi favorecida por eventos pontuais, como o Carnaval, que começou no último fim de semana de fevereiro e terminou em março.

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) projeta para este ano um crescimento de 7,5% na demanda somada das quatro maiores do setor. Segundo a entidade, os dados de janeiro - os mais recentes já compilados - foram recordes. A demanda consolidada subiu 7,6% acima do registrado em janeiro de 2013, e a oferta avançou 6%.

Analistas de mercado apontaram que a Gol pode estar mais bem posicionada que a TAM para explorar esse crescimento de mercado, desde que o câmbio e o preço combustível não atrapalhem. "Volta a nos preocupar a alta de 8% no custo do combustível, tendo em vista que em janeiro a elevação de 9% já havia sido bastante intensa para aquele período", disse Bernardes Junior, do BB Investimentos. Combustível representa, em geral, 40% dos custos de uma companhia aérea. E, no caso da Gol, mais de dois terços das despesas operacionais são denominadas em dólar e 90% da receita é apurada em reais.

A TAM, por sua vez, que tem por trás o controle da chilena LAN, faz cerca de 50% das vendas em moeda estrangeira - o que funciona como uma proteção cambial natural. Mas especialistas lembram que a TAM atravessa um período de ajuste. Antes do Carnaval, por exemplo, a companhia republicou o balanço de 2012 para incorporar, naquele exercício, mais de R$ 1 bilhão em perdas provocadas por erros na contabilização de receitas de vendas de passagens. A diferença acabou sendo coberta pelos controladores da Latam, conforme publicou o Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, em 5 de março.

Leia mais em:

http://www.valor.com.br/empresas/3482978/gol-acelera-passo-em-fevereiro-e-encosta-na-tam#ixzz2wt6Wk0Bg

26/03/2014 às 05h00

Gol volta a enxergar o lucro no radar

Por João José Oliveira | De São Paulo

Kakinoff, presidente da Gol, diz que tendência traçada por dados operacionais em 2013 permite projetar ganhos em 2014

A Gol atravessou a turbulência formada por valorização cambial e encarecimento de combustíveis para entregar o teto da promessa feita aos investidores em termos de resultados operacionais. Agora, a companhia está pronta para voltar a pintar de azul a última linha do balanço, ampliando mais as margens de rentabilidade para uma faixa entre 3% e 6%, por meio do avanço acelerado de receitas, inclusive em moeda estrangeira. E isso, sem reduzir participação de mercado, disse ao Valor o presidente da companhia, Paulo Kakinoff.

"Fizemos a maior recuperação de margem Ebit da história", disse Kakinoff, referindo-se à virada de 14 pontos percentuais, em 12 meses, no percentual do lucro antes de juros e impostos (Ebit) em relação à receita. Em dezembro de 2012, a empresa tinha prejuízo equivalente a 11,2% da receita líquida. Encerrou 2013 com margem positiva de 3% - a meta era um índice entre 1% e 3%. Neste ano de 2014, esse ganho operacional pode dobrar, e ir a 6%, promete a companhia.

A última linha do balanço ainda é vermelha. Prejuízo no quarto trimestre de 2013 de R$ 19,3 milhões, ante perda de R$ 447 milhões entre outubro e dezembro de 2012, e de R$ 724 milhões no acumulado do ano - praticamente metade do prejuízo de R$ 1,52 bilhão um ano antes. "Se não fosse pelo câmbio e pelo combustível, o resultado seria superior", diz Kakinoff, referindo-se à moeda estrangeira, que subiu 10,5% e ao querosene de aviação (QAV), que ficou 5,7% mais caro.

A Gol vem ampliando receitas a percentuais superiores a 20% por cinco trimestres seguidos. Os custos estão sob controle - recuaram 3,5% em 2013 ante 2012. "Não posso ainda dar um guidance [projeção de resultado], mas os números mostram a tendência", disse Kakinoff. No quarto trimestre de 2013, a receita líquida subiu 28,7%, a R$ 2,7 bilhões, ante mesmo período de 2012. No ano, o ganho cresceu 10,5%, a R$ 8,9 bilhões.

"Fizemos o trabalho que tinha que ser feito em 2012", disse o executivo referindo-se a corte de custos - que envolveu o desligamento superior a 2 mil empregos numa força de trabalho de 20 mil pessoas, pode na oferta por meio de redução de voos e devolução de aeronaves menos eficientes.

Estancar sangria do caixa após prejuízos de R$ 2,2 bilhões entre 2011 e 2012 tornou-se vital. A fatia da demanda detida pela companhia desabou

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