Metodo De Ressuprimento
Artigo: Metodo De Ressuprimento. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: flaviomanga • 26/4/2014 • 1.355 Palavras (6 Páginas) • 2.203 Visualizações
Métodos de Ressuprimento
O método de cálculo do Lote Econômico de Compras responde à questão de saber quanto pedir a cada momento. Entretanto, torna-se importante responder quando realizar o pedido, pois se a reposição não ocorrer em tempo, haverá um esvaziamento do estoque, implicando em potencial atraso ou não entrega de encomendas e pedidos, ou na interrupção de uma linha de produção. Por outro lado, uma antecipação da compra implicará em acúmulo do estoque na área de armazenamento, gerando custos elevados de guarda. Os métodos de ressuprimento atendem à necessidade de equilibrar essa balança de movimento contínuo.
Como métodos devem atender de forma geral para formação de modelos de acompanhamento e controle, os métodos de ressuprimento mostram para cada ítem de suprimento o comportamento da demanda com detalhes capazes de apoiar o controle efetuado pelos setores responsáveis de uma organização. É claro que a utilização dos métodos será de grande valia, mas ainda assim muitos ainda preferem utilizar de “controles pessoais” para seus estoques.
De qualquer maneira, conheceremos dois métodos de ressuprimento, mas antes vamos conhecer alguns elementos necessários ao entendimento dos métodos.
2 – A curva Dente de Serra
Esse gráfico representa a movimentação de um item de suprimento onde o eixo das abscissas representará o Tempo decorrido no consumo, normalmente em meses, e o eixo das ordenadas representará as quantidades, em unidades, do mesmo item.
É claro que a situação refletida acima está caracterizada por condições ideais:
a) O consumo constante e sem alteração;
b) Não existem falhas administrativas que provoquem interrupção;
c) Não existem atrasos do fornecedor;
d) Nenhuma rejeição ocorreu.
Como a prática nos mostra que estas condições são praticamente impossíveis de ocorrer, teremos a frequente ocorrência de demandas irregulares, falhas administrativas, atrasos de fornecedores e rejeições de itens entregues. Todas essas condições serão absorvidas pelo modelo matemático de forma a demonstrar com clareza os eventos mencionados. Desta forma teremos os seguintes elementos:
2.1 – Ruptura da Estoque
A situação mostra que o estoque ficou descoberto, causando prejuízos em entregas, produção, etc. O tempo mostrado pela linha pontilhada será o tempo de falta, ou seja, o período no qual o material faltou. Já linha pontilhada horizontal mostrará a quantidade que faltou e deverá ser comprada “a mais” para a reposição do estoque. Por fim a linha pontilhada restante representará a demanda reprimida, isto é, a demanda que devería ocorrer durante o tempo de falta.
2.2 – Estoque Mínimo
Para se proteger de tal ocorrência, a organização valer-se-á da figura do modelo de estoque de segurança ou estoque mínimo ou estoque de proteção. Independente da denominação, este estoque será uma quantidade mínima, determinada por vários métodos em função da característica da demanda, que assegurará a continuidade do processo ao qual o estoque esteja vinculado. Tal quantidade deve cobrir por tempo necessário, a fim de evitar as consequência de uma falta. Deste modo teremos:
Para que o estoque mínimo possa ser calculado uma informação importante deve ser apurada, o tempo de reposição, isto é o tempo gasto entre a verificação da necessidade de ressuprir o estoque e a chegada do material. Este tempo pode ser desmembrado da seguinte forma:
a) Identificação da necessidade de ressuprimento;
b) Informação ao setor de compras;
c) Pesquisa de fornecedores;
d) Análise da melhor opção de compra;
e) Fabricação ou separação;
f) Despacho;
g) Transporte;
h) Desembaraço, em caso de importação;
i) Inspeção, recebimento e controle;
Vale ressaltar que estas etapas podem ser resumidas em tempo de reposição interno ( etapas a, b, c, d e i ), e tempo de reposição externo (etapas e, f, g e h), sendo que nesta última existe a interferência da organização, marcada pelo “follow-up” ou acompanhamento da encomenda, mas o controle está fora do alcance. Graficamente o tempo de reposição fica assim:
Em virtude de sua grande importância este tempo deve ser determinado do modo mais realista possível, pois as variações ocorridas durante esse tempo podem alterar toda a estrutura do sistema de estoques. Existem determinados materiais e/ou fornecedores cujo tempo de reposição não pode ser determinado com certeza. Para estes casos existe um critério diferenciado para o cálculo do estoque mínimo.
Nota: A demanda representada por este modelo de curva, não tem um comportamento constante, para compensar esse problema a curva dente de serra utiliza o conceito de demanda média, ou seja, a coleta de informações durante um período é tratada de forma a retornar um valor de demanda que representará a amostra utilizada. Assim a demanda média ou DM será calculada com : DM = (D1 + D2 + D3 + ... + Dn) / n, onde n é o número de períodos utilizados e D, a demanda de cada um dos períodos.
Nota: A demanda média é a chave para o estudo do dimensionamento e controle dos estoques, pois trata-se do valor provável de consumo. Parte-se do pressuposto de que não existirão flutuações na demanda, nem alterações da demanda média mensal. Sem estas alterações este valor expressa a quantidade da demanda.
Nota: Dentro do modelo da curva dente de serra, temos ainda o estoque médio (EM), que representa o nível, em torno do qual, as operações de compra e consumo se realizaram. Ele é representado como Q/2, sendo Q a quantidade que será comprada para atender a demanda.
Com esses elementos temos a determinação do seguinte parâmetro:
Estoque Máximo (Emáx) = Estoque de Segurança (Eseg) + Q/2, onde Q/2 também pode ser substituído pelo Lote de compra.
Obs.: O Lote de compra pode ser econômico ou não. Nas
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