O Algodão
Artigos Científicos: O Algodão. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: gicabral • 25/11/2014 • 3.163 Palavras (13 Páginas) • 344 Visualizações
CAPÍTULO I
1.1 O ALGODÃO
O produto pesquisado não tem quem não o conheça, até os recém-nascidos não sabem, mas é consumidor dele, o algodão está em nosso meio desde os primórdios, o mesmo era uma planta arbustiva (considerada de grande porte), de característica vegetativa e reprodução simultânea. Sua utilização ocorre há mais 4.000 anos no sul da Arábia, e existem referências históricas do algodão que estão no Código de Manu (legislação antiga), do século VII a.C., da Índia, de outros fatos que dizem que os Incas do Peru e outras civilizações antigas já utilizavam o algodão em 4.500 a.C.
Escritas antigas, antes da Era Cristã, divulgavam que a Índia era o principal local de cultura e que o Egito, o Sudão e toda a Ásia Menor já faziam o uso do algodão, considerado como produto de primeira necessidade.
O algodão é uma palavra derivada de al-qutum, na língua árabe, porque foram os árabes que na qualidade de mercadores, espalharam a cultura do algodão pela Europa. E o seu vocábulo em inglês é cotton; em francês coton; em italiano cotone; algodón espanhol e algodão em português.
No segundo século da Era Cristã, o algodão se tornou conhecido na Europa, abduzido pelos árabes. Os árabes foram os primeiros fabricantes de tecidos e papéis, a Europa começou a usar regularmente o algodão na época das Cruzadas. Em meados do século XVIII, junto com desenvolvimento de novas máquinas de fiação, a tecelagem passou a comandar o mercado mundial de fios e tecidos. Foi nos Estados Unidos que o algodão começou a ser utilizado como cultura comercial e na Geórgia com a utilização dos primeiros rolos. Em 1792, Eli Whitney fabricou descaroçador de algodão, que conseguiu dividir mecanicamente as sementes das fibras do algodão, lançando uma verdadeira transformação na indústria de beneficiamento de algodão e auxiliando para transformar os Estados Unidos no maior produtor mundial.
1.2 NO BRASIL
Fonte: www.patosemrevista.com
O povo Brasileiro pouco conhece sobre a pré-história dessa planta, já os portugueses quando chegaram aqui, eles perceberam que os índios dominavam sobre seu uso e feitos, sabiam fiá-lo e dele fazer tecidos, tecer e tingir tecidos feitos com suas fibras. Eles transformavam o algodão em fios para a utilização na confecção de redes e cobertores, faziam proveito da planta para alimentação, suas folhas utilizadas para cura de feridas.
Quando os escravos chegaram, por questão de necessidade, os colonizadores foram obrigados a plantar alguns hectares de algodão, para produção de suas vestimentas.
Foi nos Estados da Região Nordeste que a produção do algodão começou, a grande produção deu origem no Maranhão em 1760, exportando para Europa, suas primeiras sacas do produto.
Os produtores se dedicavam ao plantio do algodão arbóreo perene, de fibras mais longas. O plantio do algodão herbáceo, de fibra mais curta, porém mais produtivo, iniciou em São Paulo, firmando como grande centro produtor por um período, com o surgimento de novos produtos da terra, como a cana-de-açúcar e a soja, os produtores foram forçados a procurar novas regiões de plantio como Mato Grosso e Goiás.
1.3 EM MATO GROSSO
Não houve problemas para os produtores de algodão até o final de 1990 em Mato Grosso, embora a região de Rondonópolis (situada 210 km ao Sul de Cuiabá) tenha ficado conhecida como a "Rainha do Algodão" nos anos 1960, predominava sobre os pequenos produtores. Durante a década de 90 deram início ao plantio das primeiras lavouras na região como desempenho empresarial. É quando o cultivo do algodão apareceu como uma alternativa para rotação junto da soja no Cerrado, graças à tenacidade dos produtores que se uniram em torno da Associação Mato-Grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) e aos investimentos em novas tecnologias, a cultura se consolidou no Estado.
Foram cultivados 722.630 hectares em Mato Grosso na safra 2011/12 produzindo 1.134.710 toneladas de pluma, onde 553.691 toneladas foram exportadas. Durante a safra 2012/13, os cotonicultores mato-grossenses optaram por um recuo estratégico na área de plantio, que fechou em 453.993 ha, com uma produção de 695.357 t. O panorama é mais uma vez alterado na safra 2013/14, previsão é de uma área de plantio de 593 mil, produção aproximada de 910 mil t – com crescimento de aproximadamente 30% se comparada com a safra anterior.
Mato Grosso vem mantendo uma posição de liderança na produção de algodão independentemente: o mesmo é o maior produtor brasileiro da fibra, responsável por mais ou menos 50% da produção nacional e aproximadamente 50% das exportações do Brasil, ele se firmou no ranking dos cinco maiores exportadores mundiais de pluma. Ele se destaca também entre os maiores importadores da pluma brasileira, competem com países como Coréia do Sul, Indonésia, China, Paquistão e Tailândia. .
1.4 NA INGLATERRA
Já é meados do século XVIII (1760) e a lã e o algodão é trabalhado manualmente, em equipamentos rudimentares denominados rocas (ou roçadoras), apresentavam baixas receitas. Sua parte positiva é que sua maior parte de exportação era destinada para Índia. O parlamento inglês por sua vez decidiu cobrar tarifas absurdas sobre as importações, acabou que própria indústria de tecidos do país se sentiu incentivada.
No início de 1764, James Hargreaves produziu e inventou, introduzindo no mercado a famosa spinning Jenny, uma máquina de fiar, com capacidade de multiplicar sua produção em vinte e quatro vezes mais, em comparação aos rendimentos anteriores. Em seguida o inventor colocou à disposição no mercado, sua nova criação: chamada lançadeira volante fly-schepel.
Houve um grande avanço com este novo processo de tecelagem com a fiação da spinning Jenny representou uma verdadeira revolução tecnológica, que foi alavancada pela invenção do bastidor hidráulico de Richard Arkwright. Sua criação tornou possível a produção intensiva das tramas longitudinais e latitudinais. Diante da maximização dos novos processos mecânicos, a produção aumentou duzentas a trezentas vezes, comparando ao que
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