Sistemas De Produção
Artigo: Sistemas De Produção. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Larilopes • 13/10/2013 • 1.685 Palavras (7 Páginas) • 275 Visualizações
Sistemas de Produção
Vivemos em uma era de transformações. Durante muitos anos, as empresas eram criadas para fazer estoques, e a riqueza da empresa era medida por eles. A chamada produção em massa designava a produção em larga escala de produtos padronizados, o sistema de produção era simples e linear, permitia altas taxas de produção por trabalhador e garantia produtos com preços mais acessíveis.
A produção em massa foi popularizada por Henry Ford, na década de 1920, e prosperou porque havia abundância de recursos e um mercado pouco competitivo e inexplorado.
A história começou a mudar com o pós-guerra. O Japão viu suas empresas de produtos bélicos em decadência e não havia mais sentido em continuar a sua produção. Iniciou-se então uma fase de estímulo às outras indústrias, dentre elas a automobilística. Como os recursos estavam escassos, pois o mundo havia acabado de sair de uma guerra, existia a necessidade de se repensar a maneira de produzir.
A partir da década de 1980, o mundo percebeu que o Japão fabricava carros melhores, mais baratos e com uma produtividade superior a dos paises ocidentais. Neste momento, começa a sair de cena a Produção em Massa e entra o Lean Manufacturing, ou produção enxuta.
Ainda nessa década, as empresas deram os primeiros passos no sentido de modificar o sistema de produção, introduzindo o just in time , o kanban, o kaizen, entre outras ferramentas vindas do oriente, pois a mudança do conceito de qualidade deu o impulso para a transformação da produção.
Taiichi Ohno (1988) um dos autores do conceito de Manufatura Enxuta, alerta que os valores sociais mudaram e, por isso, não podemos vender produtos a não ser que nos coloquemos no lugar dos consumidores, que possuem conceitos e gostos diferentes. Com isso, o autor destaca que o mundo industrial foi forçado a dominar de verdade o sistema de produção múltiplo, em pequenas quantidades.
Desta forma iniciaremos nosso curso de PCP – Planejamento e Controle da Produção, conscientes da importância dessa função em meio a esta era de transformações.
Alguns autores, entre eles Morgan (1996), retratam as empresas como organismos vivos, sistemas únicos, e que têm vida própria. De fato, as empresas podem ser vistas dessa forma, pois cada uma possui um Sistema de Produção que a diferencia das demais.
As empresas podem ser classificadas de diferentes formas:
(1) Quanto à propriedade: estatais, privadas ou mistas.
(2) Quanto ao porte ou tamanho: grandes, médias e pequenas, de acordo com o volume de recursos de cada uma
(3) Quanto ao tipo de Produção:
• Empresas Primárias ou extrativas: desenvolvem atividades de extração, tirando do meio natural a matéria-prima
• Empresas Secundárias ou de Transformação: processam a matéria-prima e a transforma em produto acabado. De um modo geral, estamos falando das indústrias, seja qual for o produto final
• Empresas Terciárias ou Prestadoras de Serviço: executam serviços especializados. Por exemplo, empresas de transportes (rodoviário, aéreo, etc.), hospitais, correios, entre outros.
Como já dissemos, as empresas são organismos vivos e, portanto, funcionam de formas diferentes, utilizando sistemas de produção próprios. Esses sistemas determinam a maneira de produzir de cada empresa e são a base para todo planejamento da produção.
Para Chiavenato (2008, p. 8), um sistema é constituído de vários subsistemas, e todo sistema faz parte integrante de um sistema macro (supra-sistema ou macrossistema). Esta inter-relação provoca a necessidade de comunicação entre as partes para que se obtenham resultados satisfatórios.
Os sistemas podem ser classificados de duas formas: sistemas abertos e sistemas fechados. Começaremos definindo o sistema fechado, aquele que independe do meio externo para desenvolvimento de suas funções. Por sua vez, o sistema aberto tem uma relação de interdependência com o meio ambiente. Pode-se afirmar que as empresas são sistemas abertos, em razão da sua interação com o meio externo.
A empresa capta no meio externo os recursos brutos, processa-os e devolve-os ao ambiente externo em forma de bens, serviços prestados, ou informações, atendendo às necessidades da sociedade. Portanto, faz um intercâmbio com todas as cadeias do meio ambiente.
A escolha de um Sistema de Produção é um fator relevante para as estratégias da empresa. O quadro 1.1 do livro texto, na página 12, contempla a interdependência entre três subsistemas, que geram informações diretamente na produção: o almoxarifado de matéria-prima, a produção e o almoxarifado de produtos acabados. Note que estes subsistemas geram riquezas e, no caso de uma operação produtiva, essas riquezas têm que estar em movimento para o crescimento da empresa.
O nosso foco será a produção, não mais como subsistema, mas como um sistema próprio, como se a parte fosse o todo. Existem vários sistemas de produção. Neste curso, estudaremos três tipos:
1. Produção sob encomenda: É desenvolvida para um cliente específico e cada pedido, quase sempre, refere-se a um produto diferente daquele que foi produzido instantes antes. Isto faz com que as empresas que trabalham com produção sob encomenda tenham grandes dificuldades em sequenciar a produção, já que é difícil prever “o que”, “quando” ou “como” será feita a produção no período seguinte. Para Russomano (1979), as indústrias de produção sob encomenda são aquelas em que o tempo de preparação é grande em relação ao tempo de operação, produzindo pequenos lotes de uma grande variedade de artigos.
2. Produção em lotes ou produção repetitiva dos mesmos lotes de produtos: Este tipo de fabricação, segundo Russomano (1979) e Zacarelli (1987), possui as mesmas características da indústria de produção sob encomenda, com algumas simplificações devido à repetitividade dos lotes. Este sistema de produção é muito utilizado por empresas que produzem uma quantidade limitada de um produto de cada vez. Terminado um lote de produção, a empresa inicia a produção de outro lote e assim sucessivamente, Muitas empresas utilizam esse sistema de produção, como as indústrias cerâmicas, têxteis, entre outras.
3. Produção Contínua: Considera-se uma produção contínua a fabricação de grandes quantidades de um determinado produto que não sofre modificações num longo período de tempo. Essa oficina de fabricação denomina-se flow shop. Nesse tipo de produção, as máquinas estão dedicadas a fabricar o produto, não permitindo
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