TEORIA DE MERCADO
Casos: TEORIA DE MERCADO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Antoniajf • 23/4/2014 • 2.372 Palavras (10 Páginas) • 392 Visualizações
TEORIA DO MERCADO
Autor: Prof. Marcelo Roque da Silva
A partir de agora continuaremos a estudar a economia de mercado, porém o enfoque aos poucos
deixa de ser histórico, filosófico ou analítico para ser prático. Você bem sabe da importância
fundamental que os preços têm para os sistemas capitalistas, e também sabe que os preços são
formados nos mercados. Pois bem, a partir desse momento nosso objeto de estudo será saber
como o mercado forma os preços. É o que chamamos de Teoria do Mercado.
Teoria do Mercado
Os mercados são formados por dois elementos básicos: compradores e vendedores de um
determinado bem ou serviço. O mercado de chocolate em São Bernardo do Campo é formado pelos
compradores e pelos vendedores de chocolate da cidade. Quem compra um bem faz parte da
demanda (também conhecida por “procura”) desse bem, e quem vende um bem faz parte da oferta
desse bem. Ambas, oferta e demanda, interagem nos mercados para formar o preço.
Há diversos tipos de mercado: monopólio, oligopólio, concorrência monopolística, concorrência
perfeita, etc. Nesta apostila iremos considerar os mercados como sendo competitivos – mercados
em que os bens vendidos são todos iguais, e nos quais o número de compradores e vendedores é
grande o suficiente para que nenhum deles tenha capacidade de influenciar os preços no mercado.
Tanto compradores como vendedores “recebem” o preço do mercado, e vendem e compram o bem
pelo preço que o mercado determinar (são tomadores de preço). Mesmo que nem todos os
mercados sejam competitivos é útil analisá-los sob esta ótica, uma vez que muitos deles se
aproximam dessa situação. Vamos primeiramente compreender a demanda e depois a oferta.
Teoria da Demanda
Demanda é o desejo de comprar. É uma relação que mostra as quantidades de um bem que os
compradores estariam dispostos, e seriam capazes, de comprar a diferentes preços.
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A demanda vale para uma população específica e para um período específico de tempo. É um fluxo
por unidade de tempo, por exemplo, desejo de uma pessoa comprar um jornal por dia, duas
camisas por mês, etc.
Relação Entre Quantidade Demandada e Preço do Bem
Todos nós compramos coisas, e para fazer isso levamos em consideração certos fatores. O primeiro
fator a considerar em uma compra é se você quer ou não aquele bem, se ele lhe interessa. Se
interessar, esse bem passa a ser uma “necessidade” para você, e você desejará adquiri-lo. O
segundo fator é se você possui dinheiro suficiente para comprar o bem desejado. Caso contrário
você estará impossibilitado de adquiri-lo e nem fará parte da demanda do bem, pois só quem o
quer e pode pagá-lo faz parte de sua demanda. O terceiro e último fator é o preço do bem. Quanto
a ele iremos nos alongar um pouco mais.
O preço do bem influencia as compras não só impossibilitando alguns de adquirir o produto como
também desinteressando ou interessando outros, tudo dependendo se esse preço é alto ou baixo.
Vou explicar: eu desejo comprar meu chocolate preferido, vou à cantina e pergunto o preço;
digamos que a resposta seja R$ 2,50. A esse preço me interessa adquirir três barras, eu as compro
e vou embora. Mas imagine que o preço tivesse sido R$ 5,00, nesse caso eu teria comprado as
mesmas três barras? Não! provavelmente eu teria comprado menos barras, digamos uma. Coisa
semelhante teria ocorrido se o preço fosse R$ 0,50 por barra – nesse caso eu provavelmente teria
adquirido mais de três barras, digamos sete.
O exemplo acima serve para explicar a chamada “Lei da Demanda”.
Lei da Demanda: Quando o preço de um bem aumenta, as quantidades demandadas desse bem
diminuem. Quando o preço de um bem diminui, as quantidades demandadas desse bem
aumentam, ceteris paribus.
Eu sei, há dois termos nesse enunciado que é necessário definir. O primeiro é “quantidades
demandadas”. Por quantidade demandada entende-se a quantidade do bem que o consumidor está
interessado em consumir, e que ele tem condições de comprar. No exemplo do chocolate, para
cada um dos três preços me interessava comprar quantidades diferentes do produto, estas
quantidades são chamadas de quantidades demandadas. Mas cuidado, quantidade demandada é
diferente de demanda. Demanda, conforme veremos adiante, é uma curva, não é uma quantidade.
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O segundo termo é “ceteris paribus”. Ele é uma expressão latina que significa “outras coisas sendo
iguais”. No mundo muita coisa acontece ao mesmo tempo, e o economista, que procura estudar
como a sociedade leva a vida, depara-se freqüentemente com situações nas quais o objeto
estudado está sofrendo diversas alterações simultâneas. É impossível estudar objetos que sofrem
muitas alterações simultâneas,
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